São Paulo – Capela da Venerável Ordem Terceira do Carmo


Imagem: Google Street View

A Capela da Venerável Ordem Terceira do Carmo, em São Paulo-SP, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela da Venerável Ordem Terceira do Carmo
Localização: São Paulo-SP
Número do Processo: 1176-T-85
Livro Belas Artes: Nº inscr. 616, vol. 2, f. 041, 17/05/1999
Livro Histórico: Nº inscr. 554, vol. 2, f. 047, 17/05/1999
Observação:O tombamento compreende: frontaria, nave, capela-mor, sacristia, biblioteca, sala de reuniões, obra de talha, imaginária e pinturas aí localizadas, especialmente a obra pictórica do Padre Jesuíno do Monte Carmelo, incluindo também o conjunto de 18 (dezoito) painéis provenientes do antigo Recolhimento de Santa Teresa expostos no corredor lateral da igreja, assim como o acervo de bens móveis e o arquivo da confraria.

Descrição: A primitiva capela dos Terceiros Carmelitanos é de fins do séc. XVII (1676-1691), edificada anexo à nave da igreja da Ordem Primeira. A capela nova, a definitiva, teve sua edificação iniciada em 1747 e concluída em 1758. Construída em taipa de pilão, ao lado da igreja dos frades, alinhava-se aos demais edifícios – torre, igreja e convento numa composição cuja feição não deixou nenhum registro. Isso porque, em 1772, após aguardarem a conclusão das obras dos vizinhos frades, com que haviam aumentado os corpos de seus edifícios, deixando a Capela dos Terceiros um pouco recuada ao alinhamento fronteiro, os Terceiros iniciam a construção de um novo frontispício, utilizando do mesmo expediente dos frades, qual seja, avançando o corpo da igreja por meio de uma galilé, com três arcos faturados em pedra de cantaria. As obras dessa nova frontaria foram contratadas a dois pedreiros, mas por mal execução do segundo, foi inteiramente executada pelo legendário Tebas, mulato escravo que pertencera ao Mestre Pedreiro Bento de Oliveira Lima. A capela porém sofreria reformas depois da perda da vizinha igreja da Ordem Primeira (1929), com a qual formara um conjunto de original beleza e harmonia; razão porque, relativamente ao edifício, o Conselho do IPHAN concluiu pelo tombamento restrito ao frontispício, à nave, capela-mor, sacristia, biblioteca e sala de reuniões, tomando-se as frontarias lateral e posterior, bem como os acréscimos à direita, como elementos definidores de seu retorno. Todavia, o que de mais valioso existe na capela, muito além de sua boa e harmoniosa decoração, são as pinturas que ornam os tetos de sua capela-mor e nave (com exceção do painel central), executadas pelo também mulato Padre Jesuíno do Monte Carmelo, que Mário de Andrade considerou a obra mais plástica que Jesuíno nos deixou, a que menos se preocupa desenhisticamente de contar, mas a que mais constrói e decora. Vale ainda destacar na capela dos Terceiros do Carmo de S. Paulo o painel da sacristia, de autoria de José Patrício da Silva Manso, considerado um dos quadros mais lindos da pintura paulista. Também protegidos pelo decreto-lei 25 está o acervo de talhas, retábulos e elementos arquitetônicos coetâneos das pinturas de Jesuíno, bem como o conjunto de imagens, alfaias e o valioso arquivo documental da Ordem.
Fonte: Processo de Tombamento.

CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
Localização:
Avenida Rangel Pestana s/n – São Paulo-SP
Resolução de tombamento:
Resolução 47/92

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
wikipedia


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