ipatrimônio

A Lenda do Caboclo Tabajara foi registrada pela Prefeitura Municipal de Cariacica-ES por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Cariacica-ES
Nome Atribuído: Lenda do Caboclo Tabajara
Localização: Rod. Governador José Sete, n° 7 – Vila Tabajara – Cariacica-ES
Bem de natureza imaterial

Descrição: Reza a lenda que o Caboclo Tabajara era um índio de origem inca, que vivia no alto da Cordilheira dos Andes. Um dia, durante suas orações para o Deus Sol, recebeu a missão de resolver o conflito de outras tribos e levar a paz para povos irmãos. Assim, o indígena fez uma grande viagem descendo as margens do Grande Rio, reconhecido atualmente como rio Amazonas. O espírito de Tabajara reencarnou por 33 vezes entre caciques de várias regiões até cumprir seu objetivo. Assim que foi instaurada a paz, a alma do índio pôde descansar, não precisando mais reencarnar, ainda que continue atuando no campo astral, por meio de médiuns. Esta história é contada no romance “E O Sol Brilhou”, escrito por uma das fundadoras da Fraternidade Tabajara, Maria de Lourdes Labuto.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A missão de Tabajara, segundo a tradição, começou com a sua vinda para a Amazônia, reencarnado como descendente dos Incas. Seguindo previsão espiritual dada aos Imperadores Incas (história relatada no livro “E o sol brilhou”, da Cabocla Rosa de Jurema por meio da médium Maria de Lourdes Poyares Labuto), o filho primogênito teria que, aos quinze anos, partir para encontrar seu destino, fundando um novo agrupamento humano. Desde cedo, Chimovita (nome do primogênito) fora preparado para esta missão, com todos os ensinamentos conhecidos para a sua sobrevivência, na sua futura jornada.

Assim, no tempo previsto, desceu dos Andes, seguindo o Grande Rio – o Amazonas. Em meio à floresta, veio mais tarde, a encontrar uma bela índia chamada Rosa. Passando a conviver juntos, construíram a Taba onde chegaram outros irmãos encarnados, formando a Tribo Tabajara, em seus primórdios de existência nas plagas brasileiras.
Com o passar dos tempos, ambos continuaram a reencarnar no meio do povo Tabajara, e o espírito do Caboclo expandiu a tribo pelo Norte e Nordeste do Brasil, chegando a alcançar o Ceará.

Como Cacique, reencarnou por 33 vezes. Vários espíritos se tornaram amigos com o passar dos tempos e, juntos, reencarnavam e progrediam, expandindo os ideais de progresso material e espiritual de todos. Dentre tantos, destacam-se os espíritos Cabocla Rosa de Jurema, Iracema, Arary, Aranubiassú, Muriassú, Indaiá, Jacy, Jaceguay, Jaguary, Jandaia, Yucan. Com a colonização do Brasil por Portugueses e a presença dos espanhóis, seu espírito passou a ter outras missões junto ao comando da Pátria Brasileira.

A sucessão destas reencarnações estreitou os laços entre espíritos amigos, que nos dias correntes trabalham em conjunto na Planície Tabajara, levando adiante os propósitos de evolução espiritual da Pátria Brasileira e da Humanidade. Seu espírito não mais necessita reencarnar. Trabalha no Astral através de vários médiuns  spalhados pelo Brasil e outros países.

Antes de reencarnar em Chimovita, o Caboclo Tabajara já havia encarnado no Oriente, donde vem a sua vibração de Yogui, assumindo o nome de Monte Azul. Também reencarnou na África, donde vem a sua vibração como Preto Velho, assumindo o nome de Rei Congo, bem como outras reencarnações no velho continente. As várias falanges de espíritos hoje colaboradores e irmanados, sob a égide da egrégora Tabajara, com as bênçãos de Deus, Jesus, Maria, João Batista e José, trabalham em prol da humanidade, atuando em vários setores caritativos, dedicados as pessoas e ao progresso do plano terrestre.

A Planície Tabajara é, sob a égide dos mais evoluídos espíritos Mentores da Terra, ambiente de trabalhos diversos no socorro espiritual, no desenvolvimento da natureza, das artes, das ciências, de pesquisas. Possui reformatórios, abrigos, hospitais, laboratórios e escolas, bem como ministra palestras e outras atividades necessárias para a evolução espiritual da Terra e de tudo a ela relacionado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico da fraternidade tabajara segundo a tradição: O Espírito Pae João de Aruanda deu início às primeiras reuniões-etapas da Fraternidade Tabajara e convocou o Espírito Tabajara para dirigir a “Grande Obra”, de alta importância espiritual, que se iniciava na Terra. As primeiras reuniões eram realizadas na propriedade do Irmão Fundador na Terra, Octávio Ferreira Paes, na Vila Tabajara, numa humilde cabana de sapé, com assentos em tocos de madeira. Constituída a Diretoria, foi eleito Presidente o Irmão Geofredo Adolpho Silva, que dirigiu a entidade até o seu desenlace corpóreo. Passou então a entidade, com seu pequeno templo construído, por um período de pausa, fechando suas portas ao público. O Irmão José Baptista de Carvalho foi o médium-chefe durante este período inicial.

O Irmão Octávio Ferreira Paes, conversando com o Espírito Pae João, incorporado na médium Marieta Carvalho de Moura Dias, no Rio de Janeiro, foi instruído a adquirir um terreno na região, hoje denominada de Bairro Tabajara, em Cariacica, para ali abrir um Terreiro de Umbanda. O Irmão Paes adquiriu uma fazenda de cinco alqueires de terra, onde construiu uma cabana de sapé com tocos de madeira como assentos. Assim, iniciouse a obra de alta importância espiritual. No dia 25 de dezembro de 1952, foi inaugurado parcialmente o novo Templo Tabajara (atual Santuário de Umbanda Tabajara em Cariacica), cujas obras tiveram administração do construtor Irmão Becacicci, sob determínio dos Mentores Espirituais, por intermédio da médium Maria de Lourdes. Nesta
data, foram criados o Departamento Juventude Tabajara e o Jornal O Tabajara, hoje parte do Departamento Comunicação Social Tabajara. No dia 24 de junho de 1953, foram inaugurados a Pia Batismal, no Congá de Pae João, e o Vitral Sagrado no Setor de Fluidificação de águas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

BENS REGISTRADOS RELACIONADOS:
Cariacica – Lenda do Caboclo Tabajara
Cariacica – Templo Espírita Tabajara

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