Conceição do Mato Dentro – Serra da Ferrugem


Imagem: Prefeitura Municipal

A Serra da Ferrugem foi tombada pela Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro-MG
Nome atribuído: Serra da Ferrugem
Localização: Conceição do Mato Dentro-MG
Decreto de Tombamento: Resolução 003/2004

Descrição: Também conhecido como Mirante da Torre ou Mina da Torre, a Serra da Ferrugem é a moldura da paisagem que abraça a cidade, sendo a origem do seu nome em face da constituição mineral ferrosa. Com uma área de 867 hectares, foi transformada em monumento natural em maio de 2007, preservando toda a paisagem da serra, além de ter seu conjunto arquitetônico tombado como patrimônio histórico-cultural pelo município.
Sua importância turística deve-se, sobretudo, à beleza majestosa de seu conjunto paisagístico. E também pelo mirante natural, de onde é possível se avistar toda a cidade, o vale onde está encaixada, a Serra do Intendente, a Serra de São José e o Pico do Itambé. A região também é utilizada para a prática de esportes de aventura como o voo livre, praticado no Mirante da Torre ou no Pico do Soldado. As caminhadas até o alto da serra e as cavalgadas também são opções de roteiros para os turistas que chegam à cidade.
Devido à aridez do solo, o local guarda importantes conteúdos de espécies da fauna e da flora adaptadas a estas condições que são únicas em nossa região. Somente nestas áreas, encontramos a biodiversidade típica de campos de canga ferruginosa, tão rica em espécies raras e ameaçadas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Uma das paisagens que mais chamou a atenção de Saint-Hilaire em Conceição do Mato Dentro foi a vista da serra da Ferrugem do Coreto do Largo do Rosário situado em frente a Igreja de mesmo nome.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A exemplo de tantas cidades mineiras, a história de Conceição do Mato Dentro está ligada à corrida do ouro, no início do século XVIII. Segundo registros, foi entre os penhascos da Serra da Ferrugem e os espigões do Campo Grande e Cotocorí, local onde os bandeirantes se entrincheiraram contra os primeiros habitantes, os ferozes índios botocudos, em que se encontravam as mais ricas lavras auríferas de toda a Região Nordestina da Capitania.
Desde o alto do córrego Vintém até as planícies da Bandeirinha, o metal brotava, como que por milagre, das entranhas da terra. Foi nas areias do minguado córrego Cuiabá que Gabriel Ponce de Leon encontrou, em uma única bateada, cerca de 20 oitavas de ouro. Sem dúvida, era o Eldorado. Começava, então, uma corrida por todos os ribeirões em busca do precioso metal e, consequentemente, da tão sonhada fortuna.
Contudo, relatos dão conta de que a primeira expedição para Conceição do Mato Dentro teria chegado à região em meados do século XVI (1573), comandada por Fernandes Tourinho. Entretanto, foi em janeiro de 1701 que um grupo de bandeirantes, partindo de Sabará sob o comando do Coronel Antônio Soares Ferreira atingiu, ao fim da jornada, a região conhecida como Ivituruí, ou Serro Frio. Entre os sertanistas, Gaspar Soares, Manoel Corrêa de Paiva e Gabriel Ponce de Leon.
Em 1702, Gabriel Ponce de Leon, ao se deparar com a riqueza da região, ergueu uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, iniciando o processo de povoamento em função da descoberta de ouro nas margens do Ribeirão Santo Antônio e seus afluentes. Durante todo o século XVIII, o arraial teve sua economia voltada para a mineração. Após o término das lavras, o local passou a viver da agricultura de subsistência e da pecuária extensiva. Mais tarde, já no século XIX, John Pohl, quando passou pelo local, deixou o seguinte relato em seu livro Viagem pelo Interior do Brasil:
“este arraial, que está entre as maiores povoações da Capitania, distingue-se dos demais pela sua situação bela e salubre. A outrora abundante produção de ouro deu lugar à fundação deste, cujos grandes edifícios dão testemunho suficiente da antiga abastança dos habitantes. Mas, observa-se, com clareza, a decadência de hoje… O número de edifícios pode elevar-se a 200. Muitos deles assobradados. As igrejas, em número de 4, são todas bem edificadas. Os habitantes que, antes, viviam da extração do ouro, vivem, hoje, geralmente, de suas plantações.”
Fonte: Prefeitura Municipal.

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