Confins – Gruta Lapa Mortuária


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

A Gruta Lapa Mortuária foi pesquisada pela primeira vez em 1926, pelo Dr. Padberg-Drenkepol, arquólogo suíço, em missão do Museu Nacional.

Prefeitura Municipal de Confins-MG
Nome atribuído: Gruta Lapa Mortuária
Outros Nomes: Lapa Mortuária, Lagoa Vargem Bonita (Lagoa de Baixo e Lapa Mortuária)
Localização: R. Rui de Souza – Confins-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 174/2003

Descrição: A Lapa Mortuária é uma gruta com formação calcária localizada há 1,5 km a leste do perímetro urbano de Confins, próximo à lagoa Vargem Bonita. Encontra-se num rochedo isolado a trinta metros acima do nível do solo. Nesta caverna, foram desenvolvidas importantes pesquisas arqueológicas e paleontológicas desde o início do século XX. Em 1926, foi pesquisada pela primeira vez pelo Dr. Padberg-Drenkepol, arquólogo suíço, em missão do Museu Nacional. Ele fez escavações, inclusive aquelas que desobstruíram a entrada da gruta. Nesta pesquisa, foram coletados 80 esqueletos e, por acreditarem se tratar de um cemitério indígena, os pesquisadores deram-lhe o nome de Lapa Mortuária. Entre os anos de 1933 e 1935, membros da Academia Mineira de Ciências, liderados por Harold Walter, realizaram escavações em que encontraram fragmentos de animais pleistocênicos como a ilhama e cavalo. A descoberta mais importante, entretanto, foi um esqueleto humano, cujo crânio ficou conhecido por “Homem de Confins” que foi objeto de discussão em relação à contemporaneidade entre a megafauna extinta e o Homem de Lagoa Santa.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Descrição: Em 1926, o Museu Nacional enviou o naturalista Padberg-Drenkpol à região de Lagoa Santa para esclarecer a antiguidade da presença humana no Brasil. Em uma única gruta, a Lapa Mortuária, ele recuperou fragmentos de mais de 80 esqueletos humanos, mas nenhuma prova do convívio entre o Homem e os mamíferos extintos. A partir de 1933, os pesquisadores Harold Walter, Arnaldo Cathoud e Aníbal Mattos, da Academia de Ciências de Minas, passaram a investigar a questão e descobriram na Lapa dos Confins, em Lagoa Santa, dados que apontavam para a associação entre humanos e a fauna extinta, aumentando a controvérsia. Mais duas missões do Museu Nacional foram à região nos anos seguintes: uma só com brasileiros, em 1937 e outra mista de brasileiros e norte-americanos, em 1956. Esta usou o método de datação Carbono 14, que certificou a antiguidade dos achados com precisão e comprovou que Lagoa Santa já era habitada por humanos há pelo menos 10 mil anos.
Fonte: Museu Nacional.

Histórico do município: A história de Confins se confunde com a da vizinha Lagoa Santa. Ambas abrigam lagoas e grutas que foram, a partir de 1835, objetos de pesquisa do renomado paleontólogo Peter Wilhelm Lund, famoso pela teoria sobre as origens da raça humana na América do Sul. Antes disso, o povoado servia de ponto de parada para tropeiros e bandeirantes que passavam pelo lugar. A cidade recebeu o nome de Confins devido à sua localização extrema, já que se encontrava, à época, nos limites das fazendas instaladas em toda a região.
Confins é referência obrigatória para os estudiosos de arqueologia, paleontologia e de formações minerais. Ossadas pré-históricas foram retiradas das grutas de Confins, assim como de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, e fazem parte do acervo do Museu de História Natural da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Já o Museu de Copenhague, na Dinamarca, guarda o crânio que ficou conhecido como ‘O Homem de Confins’, um exemplar encontrado na Gruta de Confins. Na Lapa Mortuária, uma missão arqueológica feita por norte-americanos em 1950 encontrou 44 esqueletos, que hoje também estão no museu do Rio de Janeiro. Antes disso, Lund já havia achado três esqueletos em suas escavações no local. Outra importante área de estudo é o sítio paleontológico e arqueológico da Lapa do Galinheiro.
Fonte: IBGE.

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
Fausto Luiz de Souza Cunha
IBGE
Museu Nacional
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais


1 comments

  1. douglas moreira |

    Nesta pesquisa, foram coletados 80 esqueletos e, por acreditarem se tratar de um cemitério indígena, os pesquisadores deram-lhe o nome de Lapa Mortuária. Entre os anos de 1933 e 1935,

    Na Lapa Mortuária, uma missão arqueológica feita por norte-americanos em 1950 encontrou 44 esqueletos, que hoje também estão no museu do Rio de Janeiro
    Gostaria de entender melhor este assunto por se tratar do mesmo tema com números diferentes de esqueletos.

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