Congonhal – Companhia de Reis
A Companhia de Reis foi tombada pela Prefeitura Municipal de Congonhal-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Congonhal-MG
Nome atribuído: Companhia de Reis (Celebrações)
Outros Nomes: Companhias de Reis
Localização: Bairro da Grota Rica – Zona Rural – Congonhal-MG
Decreto de Registro: Decreto n° 1962/2010
Livro de Registro das Celebrações
Descrição: A literatura indica que a tradição da “Folia de Reis” teria chegado ao Brasil por intermédio dos portugueses no período da colonização, uma vez que, essa manifestação cultural era realizada por toda a Península Ibérica sendo comum a doação e recebimento de presentes a partir da entoação de cantos e danças nas residências. Nessa linha de argumentação, a Folia de Reis teria surgido no Brasil no século XVI, por volta do ano de 1534, por meio dos Jesuítas, como crença divina para catequizar os índios e posteriormente os negros escravos. Dessa forma, a Folia de Reis brasileira passou a ser composta pelas manifestações culturais de diversas etnias e povos, com variações regionais, seja quanto ao estilo, ao ritmo e ao som, entretanto, mantendo a mesma crença e devoção ao Menino Jesus, a São José, à Virgem Maria e aos Reis Magos.
[…]
Para Moura, a Folia de Reis seria um grupo de cantoria,constituído pelos seguintes personagens: representantes dos três reis magos; palhaços que levam sacolas para a coleta de donativos; cantores e instrumentistas. A interpretação de Castro e Couto é que a folia seria composta por amigos, parentes, compadres e aliados do mestre, os quais se reúnem para a jornada dos Reis.
Vale a pena salientar as figuras dos palhaços na folia. De modo geral, apresentam-se em dois ou três e são, sobretudo, os dançarinos do grupo. Eles costumam se chamar de irmãos e possuem obrigações e proibições específicas, como jamais dançar diante da “Bandeira”. Além disso, realizam acrobacias com um bastão, usam máscaras, utilizam um apito, buscando apontar a chegada e a partida da “Bandeira”. Nas exibições dos palhaços, os espectadores procuram atiram moedas ao chão, em sua homenagem. Estes, por sua vez, brincam entre si e empurram as moedas com um porrete para que o outro nas as pegue, ao mesmo tempo em que instigam o público a jogar mais dinheiro.
Um outro componente da folia é o coro, constituído geralmente por seis pessoas, os quais são ao mesmo tempo, cantores e instrumentistas. Porém, o número varia de região para região. Cada membro do coro tem sua função, no entanto, o mestre é o principal personagem da folia, ou ainda, chefe da folia, pois ele organiza o trajeto, o horário e os instrumentos para sair com o grupo.
Em alguns lugares ele também é chamado de “embaixador”, uma vez que é o responsável improvisar os versos cantados nas residências.
Outro representante da folia é o “bandeireiro” ou “alferes da bandeira”. Sua função é carregar respeitosamente a bandeira do grupo, a qual é apresentada ao chefe da residência onde a folia chega e na qual recebem os donativos oferecidos pelas famílias. É preciso, contudo, reportar-se à função da “bandeira”.
Fonte: Vera Lucia Pergo.
MAIS INFORMAÇÕES:
Rede social da associação
Vera Lucia Pergo