Conselheiro Lafaiete – Chafariz da Praça Barão de Queluz
O Chafariz da Praça Barão de Queluz foi tombado pela Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete-MG
Nome atribuído: Chafariz da praça Barão de Queluz
Localização: Praça Barão de Queluz – Conselheiro Lafaiete-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 022/2000
Descrição: A Praça Barão de Queluz foi o local que deu origem ao povoado Campo Alegre dos Carijós, antigo nome dado a atual Cidade. Caminho obrigatório para os Bandeirantes, os descobridores do ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o aldeamento cresceu com a fixação de algumas famílias ao seu redor, passando posteriormente a denominar Largo.
Em meados do século XIX, a Igreja Matriz e a Praça Barão de Queluz foram palco de um embate da Revolução Liberal de 1842.
Com passar dos anos, o Largo da Matriz, como era chamado na época, passou por diversas transformações. Em 1926 havia grande número de árvores altas, que foram cortadas para que em 1934 a Praça passasse por um grande projeto urbanístico.
Na década de 1940, a Praça passou por mudanças, como a colocação dos caramanchões e aterramento do quarto degrau do Chafariz, e centralização do seu canteiro.
No final da década de 1950, foram plantadas novas árvores, algumas delas existem até hoje, e a colocação de novo calçamento.
Na Praça encontram-se o Chafariz e a placa comemorativa aos expedicionários.
Um dos fatos mais importantes ocorridos na Praça foi a Batalha da Revolução Liberal de 1842, onde os liberais de Queluz combateram os soldados imperiais. Desse episódio histórico, restaram as marcas de balas na fachada da Igreja Matriz.
Disponível em: http://conselheirolafaiete.mg.gov.br/portal/pontos-turisticos/pracas/. Acesso em: jan. 2017.
O Chafariz teve seu projeto encomendado à Fundidora M. J. Medeiros Cia, em 1878, junto com o projeto de mais quatro chafarizes pequenos, que seriam colocados em diversos pontos da cidade.
O grande Chafariz, instalado na Praça Barão de Queluz, foi colocado sobre um pedestal formado por quatro degraus de granito (os mesmos que outrora serviram ao pelourinho, erigido a 19 de setembro de 1790), medindo aproximadamente três metros de altura, por um metro e meio de circunferência. Possuía quatro bicas de bronze, pelas quais jorrava água. Abaixo das bicas, havia quatro mesas ou banquetas, redondas, trabalhadas em ferro, para apoio de latas e vasilhas usadas no carregamento de água. Entre as mesas e as bicas havia um ornamento com folhas de fumo, em bronze. Na parte superior uma grinalda de flores , que ainda se conserva, em cima de um lado, por uma placa com a data 1881, e do lado oposto outra com a frase “Assíduo vir propositi tenax omnia vincit”. No capitel, uma fruteira contendo diversos tipos de flores e frutas, tendo ao alto um abacaxi, símbolo da realeza.
Com a instalação da luz elétrica na cidade, em 1971, foram afixados, no capitel do chafariz, quatro braços de ferro com luminárias. Com a implantação da Companhia Energética de Minas Gerais S. A. (Cemig), as luminárias foram retiradas. O monumento Chafariz é tombado pelo Município.
Fonte: IBGE.
Histórico do município: A primeira notícia que se tem da história de Conselheiro Lafaiete é por volta de 1683, dada pela bandeira de Garcia Rodrigues, que fala no arraial de garimpeiros e índios chamados Carijós.
Esses carijós, pertencentes ao grupo lingüístico tupi-guarani, tinham vindo do litoral fluminense, fugindo às hostilidades de outras tribos e às maldades dos caçadores de escravos.
De acordo com o arqueólogo Dr. José Vicente César, esses índios já tinham sido catequizados.
Foram feitas plantações, levantaram-se choças e a vida decorria tranqüila até que, na última década do século XVII, começou a corrida em busca de riquezas nas minas auríferas da região. O arraial de Carijós era a passagem obrigatória para Itaverava, Guarapiranga, Mariana e Catas Altas. Tornou-se pouso para os viajantes e entreposto de mercadorias.
Em 1694, a grande bandeira paulista de Manuel Camargo, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Miguel Garcia de Almeida Cunha e João Lopes de Camargo oficializou a existência do arraial, que teve, então, um grande desenvolvimento.
Por essa época teria sido erigida uma capela ou igreja de pau-a-pique, dedicada ao culto da Imaculada Conceição, provavelmente onde hoje é a Praça Nossa Senhora do Carmo, de acordo com o que se deduz da Carta de Sesmaria concedida a Jerônimo Pimentel Salgado que, juntamente com Amaro Ribeiro, tiveram reconhecidas as posses de várias léguas de terra em 1711.
Em 1711, chegou a Carijós o Caminho Novo, que encurtava o tempo de viagem entre o Rio de Janeiro e as minas.
Quando o ouro diminuiu e a cobrança dos quintos sobrecarregou a população, houve um grande clima de descontentamento, sendo forte em Carijós o movimento da Inconfidência.
Em 1872 foi criada a Comarca de Queluz. O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934, em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, quando se comemorava o centenário de seu nascimento.
Fonte: IBGE.