Coqueiral – Igreja Matriz do Divino Espírito Santo
A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo foi tombada pela Prefeitura Municipal de Coqueiral-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Coqueiral-MG
Nome Atribuído: Igreja Matriz do Divino Espírito Santo
Localização: Praça Dom Pedro II – Coqueiral-MG
Descrição: A localidade, sob o patrocínio do Divino Espírito Santo, teve os nomes de Sertão, Sapé e Coqueiros. Pertenceu eclesiasticamente à jurisdição de Lavras e foi fundada por volta do ano de 1767. Alguns garimpeiros sertanistas chegaram ao local e ali fizeram seu primeiro acampamento.
Fonte: Diocese.
Histórico do município: Seguindo a vocação caminheira e ousada de seus ancestrais, de Taubaté, em São Paulo, partiu bem escudado Matias da Silva Borges. Um forte descendente de bandeirantes piratininganos, em cujas veias corria o sangue fervente de violador de sertões e plantador de cidades.
Por volta de 1767, esses sertanistas garimpeiros chegaram a essa terra, lugar exato onde hoje está construída a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, e, em plena floresta multi-secular, fizeram seu primeiro acampamento. Foi com uma prece à sombra da cruz abençoadora do alvorecer do Brasil, que os descobridores renderam ao alto suas graças.
Nos dias seguintes à chegada, deixando ainda acesso o lume, a caravana de homens de espadagão à cinta, chapéu de abas largas, tomou o rumo do Morro do Chapéu, na esperança de ouro localizar. A preciosidade não foi encontrada, mas Matias Borges no local decidiu ficar, fundando assim o povoado do Espírito Santo dos Sertões. Não achou as suspiradas gemas e muito menos as sonhadas esmeraldas cor da esperança, mas como os seus antepassados, que plantavam em cada cruz que levantaram a semente de tantas cidades do Brasil, semeou nas terras o embrião do que hoje é o município de Coqueiral.
Logo após a fundação, Matias Borges promoveu a vinda de sua esposa, Mariana Joaquina do Sacramento, que veio acompanhada de parentes e outros companheiros, com os quais pouco tempo depois foi rezado o primeiro culto. Feita a profissão de viva crença em um Deus, que não era um simples Tupan, o fundador e seus companheiros iniciaram as suas atividades agrícolas, tratando, sobretudo da lavoura de cana de açúcar. Havia ainda a carência de mão de obra para a lavoura e de gente para povoar o recém-fundado povoado, Matias então providenciou a vinda de novos companheiros, que por sua vez atraíram outros. Espalhada a notícia, pouco tempo depois, de São João Del Rei aportou nas terras, o Capitão João Manoel de Siqueira Lima e seus amigos.
De acordo com os registros, o casal Matias Borges e Mariana Joaquina, teve apenas dois filhos; João e José Matias Borges, que venderam suas heranças. Ao que se sabe os filhos do fundador não deixaram filhos; sabe-se apenas, pelo relato de pessoas que residiam no local, que mortos, no velho cemitério aldeão, foram sepultados.
Em 1873, no povoado chegaram os Missionários Capuchinhos; vieram pregar as missões, prosseguir com as obras de construção da Igreja do Rosário e erguer o atual cruzeiro da Praça Sete de Setembro. Já o antigo cruzeiro hoje existente na Praça Santos Dumont foi festivamente erigido em 1904, que então mandou abrir a atual rua Tiradentes. Reza a lenda, que em documento contido em uma garrafa enterrada ao pé do cruzeiro conta os nomes dos patronos.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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