Cuiabá – Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico


Imagem: Iphan

O Conjunto Histórico, Arquitetônico e Paisagístico de Cuiabá-MT foi fundado com a mineração no início do séc. XVIII que, apesar de intensa, só durou de 1722 a 1730.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Cuiabá, MT: conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico
Localização: Cuiabá-MT
Número do Processo: 1180-T-1985
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 107, de 24/03/1993
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 534, de 24/03/1993
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 601, de 24/03/1993

Descrição: Cuiabá foi fundada com a mineração no início do século XVIII que, apesar de intensa, só durou de 1722 a 1730. A formação urbana se deu através de uma bipolarização que, nos primeiros 15 anos, foi fundamental para traçar a rede interna básica do aglomerado, adensando-o na margem direita do córrego da Prainha no sentido Sul-Norte, adotadas as balizas Igreja do Bom Jesus do Cuiabá-Sítio da Mandioca. “Na margem esquerda do córrego, duas capelas constituíram-se em pólos de atração e expansão posterior: a de Nossa Senhora do Bom Despacho (existente já em 1726) e a de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (possivelmente dos anos 1730). Em 1727, o Arraial do Cuiabá e/ou “Minas Novas”, recebeu o título de Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, instalando-se ali terminais burocráticos e arrecadadores”.
“Nos anos subsequentes o espaço de poder foi consolidado no quadrilátero do Largo da Matriz: aí foram implantados o Pelourinho, as Casa de Câmara e Cadeia, a residência dos Ouvidores/Juízes-de-Fora”. Com a descoberta de ouro na região do Guaporé (1730-1734), a Vila de Cuiabá assumiu uma função de “metrópole”, apresentando, durante toda a segunda metade do século XVIII, desempenho econômico e população superiores aos de Vila Bela. No restante do século, a Vila Real se expandiu acompanhando o desenho do córrego. De 1807 a 1821, ao espaço urbano foram acrescentadas novas construções, como a Santa Casa de Misericórdia, um espaço para exercícios militares, o Campo d’Ourique, em torno do qual residências foram construídas. Em 1818, Cuiabá foi elevada à categoria de cidade.
Em 1835, foi ungida Capital da Província.
Após a Guerra do Paraguai, com a abertura do rio Paraguai à navegação, o espaço urbano ganhou novo dinamismo, com equipamentos de ferro, jardins com chafarizes e coretos; ” a penetração de capitais e mercadorias europeias foi acompanhada de mão-de-obra qualificada; e engenheiros e mestres de obras dotaram a cidade com edificações, fachadas, desenhos de praças, calçamentos que rompiam definitivamente com os modelos coloniais”. O processo de expansão, interrompido por duas décadas, foi retomado durante o Estado Novo. Este só foi suplantado em relação aos efeitos urbanos, na segunda metade dos anos de 1960 e 1970, “quando a partir da demolição da Matriz, tudo era permitido”, sob a indiscutida justificativa da “modernização”.
Portanto, nos dias atuais, apenas uma pequena área se mantém na forma original. “Nesse conjunto estão as ruas mais antigas de Cuiabá e equipamentos que documentam momentos marcantes da história da cidade, desde o colonial até as primeiras décadas desse século, quer no que se refere aos materiais e técnicas de construção, quer no que respeita a estilos. Ao mesmo tempo, reúne edificações da elite e típicas pequenas casa das camadas subalternas”.
Fonte: Iphan.

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Monumento, p. 442
Patrimônio de Influência Portuguesa


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