Elói Mendes – Capela do Hospital Nossa Senhora da Piedade


Imagem: Google Street View

A Capela do Hospital Nossa Senhora da Piedade foi tombada pela Prefeitura Municipal de Elói Mendes-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Elói Mendes-MG
Nome atribuído: Capela do Hospital Nossa Senhora da Piedade
Outros Nomes: Prédio da Capela do Hospital Nossa Senhora Da Piedade
Localização: Av. Capitão João Alves Pereira, nº 49 – Centro – Elói Mendes-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 962/2006

Descrição: Em 1949 foi lançada a pedra fundamental da Capela do Hospital Nossa Senhora da Piedade. A construção da Capela com detalhes neoclássicos foi feita com a cooperação da população local e de algumas dignas pessoas religiosas e cidadãos Eloienses, que não mediram esforços para o êxito de tão importante feito, visto a necessidade de construir o Templo de Deus, sendo de justiça salientar como das maiores contribuições as que foram prestadas pelo Sr. José Carvalho da Silva (José Generoso), importante fazendeiro desse Município, que doou o terreno para essa construção. O sino da Capela do Hospital “Nossa Senhora da Piedade” foi doado em 1950 pela Sra. Natália de Souza Mendes, mãe do Sr. José Machado Mendes. Em dezembro de 1951, foi realizada a tão esperada inauguração, com uma missa inaugural pelo Provedor Monsenhor José Umbelino de Melo Reis contando com a presença do vice provedor Sr. José Ferreira Mendes, com toda diretoria do hospital, muitos visitantes ilustres, grande parte da população que tanto ajudou nesse feito e os demais amigos eloienses. Apesar de não ser uma construção muito antiga, a Capela do hospital tem sua importância baseada na religiosidade de seu povo e dos serviços de assistência religiosa que vem sempre prestando à comunidade. O Bem Imóvel “Capela do Hospital Nossa Senhora da Piedade”, está tombada pelo Decreto Nº 962, de 06 de março de 2006, e sujeito à proteção especial, de acordo com a Lei Municipal.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Entre muitas pessoas que se deslocaram para a região, veio o casal Domingos Rodrigues Coimbra e dona Francisca do Espírito Santo.
Próximo ao Ribeirão da Mutuca foi, um dia, levantada a Fazenda do Morro Preto, de propriedade deste casal casal, procedentes de Jacareí, no extremo do Estado. De Jacareí, aliás, vieram outros casais para Mutuca e todos dedicaram à agricultura. Dona Francisca do Espírito Santo ficou viúva com quatro filhos. Logo depois da morte do marido, a viúva católica muito devota, fez erguer em sua Fazenda uma capela, porque as igrejas eram extremamente distantes, por volta de 1800, e que foi dedicada ao Divino Espírito Santo. (No adro desse templo foi também ela sepultada, no ano de 1813). A mencionada Fazenda era distante da atual localidade cerca de seis quilômetros. Foi D. Frei Cipriano de S. José, Bispo de Mariana, quem permitiu a ereção da Capela. Estando S. Exa. em visita Pastoral em Campanha, corria o mês de agosto de 1800, houve por bem despachar a competente provisão. E os moradores dispuseram-se em levantá-la o quanto antes. Campanha, em cuja jurisdição estavam essas terras, era de difícil acesso para aquela época e a freguesia do Espírito Santo das Catanduvas (Varginha) igualmente.
“Quando se incrementou o povoado do nosso sertão, sobretudo na metade do século XVIII, os sesmeiros, com suas famílias, em pleno deserto” como costumavam dizer, em seus documentos, sentiam a necessidade de assistência espiritual. Surgiam, assim, as ermidas, a capela, a aplicação. O fazendeiro, às vezes construía uma ermida em sua fazenda. A ermida era umas capelas particulares, cuja licença deveria ser renovada periodicamente, junto ao Bispo. Já a capela era pública, e para sua construção, deveria ser requerida licença ao bispo, que exigia, antes de a conceder, doação de um patrimônio (Waldemar de Almeida Barbosa. Dicionário da terra e da gente de minas, publicação do arquivo público mineiro, edição de a 985, pág. 23).
Assim, em 1807, com a autorização da paróquia de Campanha, começou a ser construída a capela do Divino Espírito Santo, onde hoje se encontra a Igreja Matriz de Elói Mendes. Mesmo antes do término das obras, em volta da capela, eram sepultados os mortos do pequeno arraial da Mutuca, que ia formando-se nesta colina. Monsenhor Lefort conta que em 1792, foi enterrado em Campanha um morador da Mutuca.
Com as terras do patrimônio doadas pelos fazendeiros tenente João Batista Coelho e Joaquim Marques Padilha, o povoado começa a se desenvolver. Em setembro de 1828, foi o arraial elevado a Distrito de Paz, subordinado a Varginha.
A boa qualidade da terra atrai moradores, sendo o Distrito de Paz elevado à Paróquia a 01 de junho de 1850, pelo art. 1 da lei nº 471, e à freguesia, unida ao termo de Campanha, pela lei nº 769 de 02 de maio de 1856, sendo a Paróquia desmembrada de Varginha, (só a Paróquia Canônica) com o nome de Espírito Santo da Mutuca. Tendo como primeiro vigário o Padre Luiz da Costa Pereira, a pequena capela foi se ampliando e já distinguia pelo ano de 1870, duas tímidas torres entre as indecisas ruas do povoado. O arraial passa a ser um amontoado de casas em torno e nas proximidades da Capela formando assim o largo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais


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