Ervália – Cachoeira da Usina


Imagem: Samuel Rossi Altoé

A Cachoeira da Usina já abrigou a sede de uma pequena Usina Hidroelétrica Esperança. Que forneceu energia elétrica entre 1922 e 1957.

Prefeitura Municipal de Ervália-MG
Nome atribuído: Cachoeira da Usina
Localização: Estrada Ervalha / Muriaé – a 5km do Centro de Ervalha – Zona Rural – Ervália-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 011/2005 – Inscrição nº 001/2005

Descrição: A Cachoeira da Usina já abrigou a sede de uma pequena Usina Hidroelétrica, denominada Usina Esperança. Essa Usina forneceu energia elétrica para o município de Ervália no período de 1922 a 1957, quando foi desativada. A construção dessa Usina foi de grande importância para o desenvolvimento do município e região.
Por volta de 1920, o distrito de Herval já havia atingido um certo desenvolvimento comercial e industrial. Assim, já não era possível aos antepassados conviverem com lamparinas e lampiões.
Américo Taveira, homem de ideal progressista, percebendo a necessidade da construção de uma usina hidroelétrica, esteve à frente desse grande empreendimento para, dessa forma, atender as necessidades do distrito.
Sabendo que a região era bem servida de potencial hidráulico, sentiu-se encorajado para realizar a construção dessa importante obra. Existia a possibilidade de serem aproveitadas as águas do ribeirão dos Bagres, que nasce nesse município nas proximidades da Serra das Aranhas, divisa com São Sebastião da Vargem Alegre (na época pertencia a Miraí), indo desaguar no Rio Ubá, perto da cidade de Guidoval, continuando seu curso até Rio Pomba e, em seguida, ao Rio Paraíba, formando a Bacia hidrográfica do Paraíba do Sul. Bem próximo da sede do município, a cerca de 6,5 km de distância, encontra-se uma cachoeira no Rio dos Bagres, onde Américo Taveira, aliando-se a outros homens com o mesmo ideal, formaram uma sociedade para construir a Usina.
Após a negociação com os proprietários das terras, em 1919, iniciou-se a construção da Usina Força e Luz Hervalense, a primeira Usina Hidroelétrica desta região.
Em 08 de dezembro de 1920, em honra de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, foi inaugurada a Usina. Nesse dia, foi celebrada missa na Igreja Matriz e a benção da distribuidora, com procissão pelas principais ruas. Os moradores ornamentaram as ruas para a passagem da procissão, dando assim maior esplendor aos festejos de inauguração da luz.
Com o passar dos tempos as dificuldades foram surgindo, as dívidas aumentando, chegando ao ponto de ter que vender a Usina para o Sr. Antônio Lopes de Faria Sobrinho (Toni de Faria). Nesta época, estava a usina sob o comando de Flávio Taveira, filho do Sr. Américo Taveira.
Em 1935, quando foi vendida a Usina passou a ser denominada “USINA FORÇA E LUZ ESPERANÇA”.
Toni de Faria e sua esposa Enelvina Rezende de Miranda, não tendo descendentes diretos, resolveram, em 29 de abril de 1946, doar todo o acervo da referida Usina para a Igreja Matriz de São Sebastião de Ervália. Dom Helvécio Gomes de Oliveira, Arcebispo de Mariana, juntamente com o pároco Padre Geraldo Valadares, receberam tal doação.
Em 1957, na gestão do Prefeito José Caetano de Mattos (Zico Caetano), a Igreja, na pessoa de seu pároco, o Padre Theófilo Lopes de Andrade, arrenda por cinco anos a usina para a Prefeitura Municipal, com o direito de ampliar a capacidade da referida usina. Ainda em sua gestão, antes de vencer o prazo de arrendamento, foi negociada a compra da mesma, sendo autorizada a transferência dos bens da Usina para a Prefeitura, de acordo com a resolução nº 1601, de 14 de janeiro de 1959, publicada no Diário Oficial de 24 de janeiro do mesmo ano.
Logo em seguida, toma posse o Prefeito Edivarde de Freitas Rezende, que juntamente com Padre Theófilo, legalizaram a compra da Usina no valor de CR$2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros), efetuando o pagamento em parcelas. Tiveram também a iniciativa de pedir a Dom Oscar de Oliveira, então Arcebispo de Mariana, a transferência do acervo da Usina Força e Luz Esperança para a Prefeitura M. de Ervália. De acordo com o Decreto nº 02 de 30 de janeiro de 1960, o Prefeito Edivarde de Freitas Rezende efetua a compra da referida usina. Em 18 de agosto de 1960 foi realizada a escritura pública.
Com o desenvolvimento da cidade, a antiga usina de 18 HP tornou-se insuficiente e precário o consumo de energia elétrica em Ervália. Era necessária a construção de uma nova usina de 400 KWA.
A nova usina foi construída pelo Prefeito Edivarde de Freitas Rezende na Cachoeira Matilde, nas proximidades da antiga, porém na divisa dos municípios de Ervália e Guiricema. Para isso, a Prefeitura M. de Ervália teve que se submeter à aprovação da Divisão de Águas do DNPM (Departamento Nacional de produção Mineral), do Ministério da Agricultura.
A nova usina foi inaugurada em 30/09/1962, marcando na história de Ervália um progresso sempre crescente.
As festividades de inauguração tiveram início às 4h00 horas com uma belíssima alvorada. Ainda pela manhã, às 7h00 horas, houve Missa de Ação de Graças na Igreja Matriz. Às 11h00 horas, na Praça Getúlio Vargas, retreta executada pela Filarmônica São Luiz Gonzaga, sob a regência do maestro João Bernardino Tavares. Logo em seguida, abrilhantou a festa o desfile dos estudantes das Escolas de Ervália e do Tiro de Guerra 97 de Visconde do Rio Branco. No mesmo dia, às 15h00min horas, ocorreu na Câmara Municipal sob a presidência do Senhor Vereador Geraldo Taveira, uma reunião para homenagear o Deputado Dr. Último de Carvalho, o patrono da Usina Hidroelétrica. Às 18h30min horas, encerraram-se as festividades com a inauguração oficial do novo serviço de eletricidade.
Por alguns anos a nova usina atendeu às necessidades da sede do município. Com o desenvolvimento da cidade, a produção de energia elétrica tornou-se insuficiente.
Na década de 1970, a situação ficou ainda pior. Enchentes danificaram a usina; as peças tornaram-se difíceis de serem repostas porque eram importadas. Nas casas, os aparelhos elétricos (televisão, chuveiro) só funcionavam mais tarde da noite, ou com transformador bem potente. As ruas tornaram-se muito escuras, impossibilitando as saídas à noite. Algumas pessoas pensaram em abrir fábricas, mas a energia não possibilitava. Isso estava retardando o progresso de nosso município.
Por estas razões, o Prefeito José Dias Sant’ Anna, amparado pela Lei nº 483 de 07/01/1977, resolve transferir a concessão de fornecimento e distribuição de energia elétrica através de uma linha de transmissão da subestação de Coimbra. Por um bom tempo funcionou assim até ser reconstruída a nova usina pela CFLCL. Para isso foi necessária a autorização da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que resolveu reativar a usina localizada na Cachoeira Matilde no Ribeirão dos Bagres.
A CFLCL, para aumentar a sua capacidade de geração e garantir o fornecimento de energia elétrica para os municípios de Ervália, Guiricema e outros, construiu no município de Ervália uma enorme  barragem, formando um grande lago. A casa da Usina e as tubulações encontram-se no município de Guiricema.
Para isso, a Companhia teve que negociar a compra de alguns terrenos que seriam ocupados pela represa. Ela não só resolveu a questão das terras, mas também se preocupou com o meio ambiente, procurando proteger os seres vivos do reservatório da pequena Central Hidrelétrica de Ervália.
Em 19/03/1978, o Prefeito José Dias Sant’ Anna, juntamente com a CFLCL, inauguraram os novos empreendimentos e colocando Ervália em destaque na geração de energia elétrica em Minas Gerais.
A cachoeira da Usina, atualmente é um dos poucos lugares onde a população de Ervália e a região utiliza como local de lazer, por este motivo fizeram do local um balneário particular.
Todas as classes sociais utilizam suas margens e suas águas para acampar, pescar e nadar. A Cachoeira da Usina apresenta grande beleza cênica e também grande importância histórica. O fato de atrair turistas faz com que a cachoeira contribua para movimentar a economia local, principalmente nos meses mais quentes do ano, quando a visitação é maior.
A Cachoeira da Usina constitui um marco referencial para o município de Ervália. Trata-se de uma paisagem natural marcada pela exemplaridade e unicidade, inserida na ambiência da malha rural e paisagística local, de grande relevância histórica, paisagística, turística e cultural para os ervalenses.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: FAntonio Rodrigues Arzão em 1639 (1693), esteve em nosso município à procura de índios e ouro, na região da “CASA DE CASCA”.
As primeiras famílias que chegaram ao povoado foram Lucas Pereira Franklin (dono de muitos escravos e do primeiro armazém), José Ferreira Cassiano e Lucas Maciel (escravo), Manoel Caetano Ribeiro, Manoel Joaquim de Lima, Manoel Gonçalves Fontes, Manoel Francisco Sales, Sargento Antônio Francisco Andrade, Antônio Lopes Valente.
A primeira capela do povoado está localizada na Praça Getúlio Vargas (antigo Largo Dom Viçoso). O povoado tinha o nome de CAPELA NOVA e em seguida de São Sebastião dos Aflitos, talvez por causa das grandes dificuldades de comunicação e conflito entre os habitantes e falta de recursos médicos e farmacêuticos, também caracterizava-se a fé ardente de um povo religioso.
Lei 147 de 1839: passou a distrito.
Lei 654 de 17/06/1853: foi elevada a Freguesia, desmembrando-se do município de Ubá (São Januário de
Ubá), passando-se ao município de Viçosa (Santa Rita do Turvo).
Lei Provincial nº 1034 de 06/07/1859: foi criada a Freguesia de São Sebastião dos Aflitos.
Lei 3387: passou a chamar São Sebastião do Herval, em 10/06/1886
Lei 843 de 07/09/1923: passou a se chamar Herval.
Lei 1058 de 31/12/1943: denominou-se Ervália.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
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Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais


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