Felisburgo – Câmara Municipal


Imagem: Google Street View

A Câmara Municipal foi tombada pela Prefeitura Municipal de Felisburgo-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Felisburgo-MG
Nome atribuído: Prédio da Câmara Municipal de Felisburgo
Localização: R. Antônio Alves de Oliveira, nº 16 – Felisburgo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 008/1999

Histórico do município: As terras que compõem o atual Município de Felisburgo, até as primeiras décadas dos anos de 1.800, integravam os vastos territórios dos implacáveis índios boruns. Boruns: palavra indígena que significa “homens verdadeiros”, ou “botocudos”. (tipo de rolha utilizada em Portugal para tampar barril de cachaça). No início do século XIX aumentaram os desencontros entre os índios e os brancos que viviam no baixo Jequitinhonha. Estes índios eram acusados de beber o sangue dos portugueses e comer-lhes a carne. Tais reclamações, somadas aos interesses econômicos fez com que a Metrópole decretasse guerra oficial aos índios, “até que o último botocudo seja morto”. E assim se fez! Os indígenas botocudos foram durante muito tempo caçados até que desapareceram. Todos foram mortos…

Entre os anos de 1862 a 1.869, foi criado um foco de resistência quilombola, o Paraguai, por Manoel Antônio de Matos, advindo do quilombo Mumbuca, sediado no município de Jequitinhonha-MG. As famílias Matos, Marques e Vaz são oficialmente as fundadoras do Paraguai. Todas provenientes do Serro e de Diamantina. Todas fugitivas, pois eram escravas. A região do quilombo recebeu o nome de Paraguai depois de uma grande caçada aos macacos que povoavam as matas fechadas da localidade e que eram acusados de causarem prejuízos às lavouras. Naquela caçada foram mortos, aproximadamente, 200 primatas.
“É a guerra! A Guerra do Paraguai!” – gritou um dos caçadores.
Daquele dia em diante, o quilombo se tornou Paraguai.

O Alferes Prudenciano José Ferreira Souto tido como fundador do Comercinho do Rubim ou Rubim de José Ferreira, atual Felisburgo, chegou à região dos botocudos e do quilombo Paraguai no ano de 1871, enviado pela Sátima Divisão Militar, com a finalidade de pacificar os constantes conflitos entre indígenas e sertanejos pela posse das terras. Mas, acometido pela malária, José Ferreira foi levado primeiro a Governador Valadares, onde faleceu, e depois, ao Rio de Janeiro, sua terra natal, para ser sepultado. Em 1902, o precursor Manoel Albino iniciou a construção de uma capela em louvor a São Sebastião, onde atualmente localiza-se a Praça Tranquilino Pinto Coelho,oficializando desta forma, a fundação do povoado. No ano de 1.903 foi celebrada a primeira Missa no povoado, pelo Frei Emereciano, pároco de São Miguel do Jequitinhonha, atual cidade de Jequitinhonha. E entre 1910 a 1911 foi inaugurado o oratório de Nossa Senhora do Rosário, onde atualmente encontra-se construída a Escola Municipal Euplínia Magalhães Barbosa. Dentre os principais pioneiros destacamos o diamantinense João BaptistaBrazil Lopes de Figueiredo que ainda jovem chegou à região e fixou morada na “Fazenda Ramayana”. Em 1918, Baptista Brazil, encaminhou a Olinto Martins da Silva, então Presidente da Câmara Municipal de Jequitinhonha, a solicitação para mudança do nome do povoado para Felisburgo. O topônimo Felisburgo é o resultado da fusão de duas palavras oriundas do latim: felix e burgo.
Felix = feliz e burgo = cidade.
Felisburgo significa “feliz cidade”.
Literalmente: FELICIDADE.

Em 1948, quando Joaíma elevou-se a Município, automaticamente, Felisburgo passou a ser um dos seus distritos. Enquanto Distrito de Joaíma, entre 1954 e 1956, foi construída a igreja de N.Sra do Rosário, substituindo a precursora capela de São Sebastião. Foram Criadas as Escolas Reunidas (1.958) e o Social Ilusão Clube (1.960).Estas instituições muito contribuíram para o desenvolvimento educacional e cultural do distrito. Em 1º de Março de 1963, Felisburgo deixa a condição de distrito e passa a ser Município. Chega assim, a Emancipação político-administrativa.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *