Guaxupé – Antigo Prédio Jacob Miguel Sabbag e CIA Ltda.
O Antigo Prédio Jacob Miguel Sabbag e CIA Ltda. foi tombado pela Prefeitura Municipal de Guaxupé-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Guaxupé-MG
Nome atribuído: Antigo Prédio Jacob Miguel Sabbag e CIA ltda.
Localização: Av. Conde Ribeiro do Valle, nº 320, esquina com R. Pereira do – Guaxupé-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 1007/2002
Descrição: Esta ampla e elegante edificação em estilo italiano, foi construída em 1924 a mando do imigrante sírio-libanês, Jacob Sabbag, para abrigar uma filial da firma Abrão Miguel & Cia, fundada em Guaxupé pela família Sabbag no ano de 1914. Alguns anos depois, dada a necessidade de ampliar os negócios da empresa, os sócios acordaram em transferir a sede da sociedade para São Paulo. A partir de então, esta firma apresentou invejável surto de progresso, tornando-se uma das mais prestigiadas importadoras paulistas.
A filial em Guaxupé, de responsabilidade de Jacob Sabbag e localizada agora no coração da cidade (na esquina da Av. Conde Ribeiro do Valle com a R. Pereira do Nascimento), também se consolidava cada vez mais como um importante estabelecimento comercial. Durante décadas, o armazém abasteceu todas as fazendas do município e da região com as mais variadas mercadorias: de sal a tecidos finos.
Na década de 1950, com o Brasil e o mundo passando por crises políticas e econômicas, a loja Jacob Miguel Sabbag e Cia Ltda teve que fechar suas portas. Era o fim de uma das mais bem-sucedidas casas comerciais de Guaxupé. O prédio, que por longo tempo foi sinônimo de prosperidade e que simbolizava a importância e a força do comércio em nossa cidade, ficou abandonado até 1982, quando foi adquirido pelo Governo de Minas Gerais. Em seguida, o edifício passou por uma ampla reforma para abrigar a agência bancária da Caixa Econômica de Minas Gerais (popularmente conhecida como Minas Caixa). Inaugurada em 1984, a agência da Minas Caixa funcionou ali até 1991, quando também fechou as portas. Mais uma vez, o prédio ficou abandonado. Até que, finalmente, em 1997, instalou-se ali a Agência da Administração Fazendária de Guaxupé, órgão ligado à Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG).
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Até o começo do século passado, o território em que se situa Guaxupé era mata virgem. As mais antigas referências dão conta de que somente em 1813 pés de homens civilizados pisaram a região que era habitada pelos primitivos “Caminho das Abelhas”, significado indígena da palavra Guaxupé, é a versão mais aceita para a denominação que ficou até hoje. Tomou esse nome, por volta de 1814, o ribeirão e mais tarde o arraial, denominado Dores de Guaxupé. O documento mais antigo sobre posse de terras até agora conhecido tem a data de 28 de outubro de 1818: É uma escritura passada em Jacuí e pela qual João Martins Pereira e sua mulher Maria de Jesus do Nascimento vendiam a Antônio Gomes da Silva “terras de cultura de matos virgens e serrados”na paragem do Ribeirão do Peixe vertente para o Rio Pardo, junto a terras do próprio Gomes da Silva, que foi então ao que tudo indica, o segundo proprietário das terras em que depois surgiu a cidade.
Mais tarde, as terras foram transferidas a Paulo Carneiro Bastos, que doou 24 alqueires para a fundação da Capela de Nossa Senhora das Dores. Essa área era parte da Fazenda Nova Floresta, e nela em 1837, celebrou-se a primeira missa, num ato que pôde corresponder ao ato de fundação de Guaxupé. Paulo Carneiro Bastos, Francisco Ribeiro do Valle, o licenciado José Joaquim da Silva e o tenente Antônio Querubim de Rezende, são os nomes que os anais registram como fundadores de Guaxupé. A capela foi construída em 1839 e ao redor dela construíram-se as primeiras casas, exatamente no local onde está hoje a Avenida Conde Ribeiro do Valle, de onde derivava o “caminho de Santa Barbara das Canoas”, atual rua Barão. Por volta de 1850, o Arraial de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé já contava com 180 casas, 07 ruas e engenhos. Em 1853 a povoação foi elevada a Distrito de Paz, na jurisdição de Jacuí e em 1856 criava-se a Paróquia de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé, pertencente à Câmara Eclesiástica de Caconde, no bispado de São Paulo. Iniciou-se então a construção da nova igreja na atual praça Américo Costa. Francisco Ribeiro do Valle, ao falecer em 1860, 13 de abril, legou “quatrocentos mil réis” à Paróquia. Em 23 de junho de 18 54, o povoado foi elevado a Freguesia, no termo de Jacuí e Município de São Sebastião do Paraiso. O município de Guaxupé foi instigado pela lei 556, de 30 de agosto de 1911, com território desmembrado de Muzambinho, e instalado solenemente em 1º de junho de 1912, data em que se comemora. Era uma conseqüência da grande expansão econômica que tomara vulto desde 1904, quando chegaram os trilhos da Mogiana. A Comarca foi criada em 1925, pela lei 879 de 25 de janeiro. Eis, pois, os traços essenciais da bela história de Guaxupé, a “Cidade das Abelhas”.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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- Imagem: Prefeitura Municipal
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Bom dia! Estava lendo uma matéria sobre o Centenário de Guaxupé no site do Correio do Sudoeste, quando me deparei com um grave engano na matéria sobre a “Loja de Jacob Miguel Sabbag & Cia Ltda” e me achei na obrigação de fazer a correção para que o material histórico não perpetue o erro.
Diz-se que “ Na década de 1950…..a firma teve que fechar suas portas. Era o fim…” . Esse foi o primeiro grande equívoco: a empresa Jacob Miguel Sabbag & Cia Ltda foi fechada por seus sócios no final da década de 1970, após a morte de um deles.
“ O prédio que por longo tempo foi sinônimo …. ficou abandonado até 1982.”
Segunda inverdade, pois o prédio jamais ficara abandonado. Após o encerramento da empresa Jacob Miguel Sabbag & Cia Ltda, no prédio da Avenida Conde Ribeiro do Valle esquina com a Rua Pereira do Nascimento, funcionou a empresa Irmãos Sabbag e Cia Ltda, também da família Sabbag. Foi então que o prédio foi vendido para o Governo de Minas Gerais, para o funcionamento da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais, a MinasCaixa, em 1982.
Assim peço que retifiquem o texto, pois como integrante da segunda geração de Jacob Miguel Sabbag não posso permitir que a história do casarão da família Sabbag, que jamais esteve por ela abandonado, fosse assim perpetrado. Agradeço a atenção, Vânia Sabbag.
Ola vania, sou isabella sabbag, se possível entre em contato comigo 11.97956-1536 tenho muito interesse em saber mais sobre a história da familia sabbag.