Ibirité – Capela Nossa Senhora do Rosário
A Capela Nossa Senhora do Rosário, em Ibirité-MG, é um prédio típico da década de 1940.
Prefeitura Municipal de Ibirité-MG
Nome atribuído: Capela Nossa Senhora do Rosário
Localização: Av. São Paulo, nº 2271 – Fazenda do Rosário – Ibirité-MG
Decreto de Tombamento:Decreto n° 1972/2004
História do bem: A Capela de Nossa Senhora do Rosário está localizada no Bairro Rosário, às margens da Avenida São Paulo nº2435 na propriedade da Associação Pestalozzi de Minas Gerais a qual pertence. Tombada através do decreto Municipal nº 1972 de 26 de Março de 2004.
Projetada pelo arquiteto Daniel Perti, a pedido da diretoria da sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, sob a presidência de D. Helena Antipoff, a construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário teve início em Setembro de 1942. Não há um registro exato de quando foi concluída, mas existem fortes indícios de que teria sido por volta do ano de 1947.
Se considerarmos que D. Helena Antipoff iniciou suas atividades na Fazenda do Rosário em Ibirité em 1º de Janeiro de 1940, poderemos concluir que a edificação da Capela teve caráter prioritário, uma vez que o projeto geral era extenso e complexo. Poderemos constatar também sua preocupação em dar um sentido espiritual a sua obra. Numa demonstração de respeito às crenças
religiosas, costumes tradições da localidade por ela escolhida, D. Helena providenciou a construção de um templo para realização dos ritos da Igreja Católica Apostólica Romana, com intuito de promover a fé católica dos internos e moradores da região. Vale considerar que sua religião era a católica Apostólica Ortodoxa, ramo dissidente da Católica Romana.
Conforme já ficou registrada, a construção da Capela teve inicio no alvorecer do que se constitui o extenso e complexo Centro de Educação Especial da Fazenda do Rosário. E para que o projeto fosse concluído não faltaram contribuições das professoras antigas alunas de D. Helena, cada uma doando cinco mil réis. E não faltou também a participação dos primeiros alunos da Fazenda do Rosário que colaboraram com o trabalho braçal. Pe. Álvaro Negromonte, então Vice Presidente da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, orientou a construção sob o ponto de vista religioso e muito colaborou na busca de recursos.
A escolha do local obedeceu aos costumes da época, inclusive o da edificação do templo no local mais alto da propriedade. Dessa maneira o tanger dos sinos podia ecoar pelos vales e baixadas da redondeza chamando os fieis para o culto divino. Durante várias décadas a capela de Nossa Senhora do Rosário foi o templo escolhido para a realização de festejos de caráter religioso. Era lá também que as alunas internas da Escola Normal e as menores internas da Fazenda do Rosário assistiam missa, recebiam sacramentos, enfim, cultivavam a sua religiosidade.
Outras igrejas católicas foram construídas nas proximidades ao mesmo tempo em que proliferam com espantosa rapidez os diversos cultos evangélicos com seus templos construídos quase sempre em tempo recorde. Tudo isso somado à invasão da área denominada Sumidouro, mais o trânsito excessivo na rodovia MG 040, fizeram com que a freqüência de católicos á antiga Capelinha diminuísse consideravelmente. Atualmente a Associação Pestalozzi empresta o templo para católicos da Vila Sumidouro (Recanto das Árvores) e os residentes do bairro Jardim Rosário. As missas são celebradas aos domingos além de diversas outras atividades durante a semana, tais como catequese e encontro de jovens.
A Associação Pestalozzi continua sendo a única responsável pela manutenção, limpeza e conservação do prédio e seu entorno. E apesar de seu funcionamento haver diminuído a velha Capelinha lá esta, no alto do morro, atestando que a fé e a esperança daqueles que lutaram por sua por sua edificação, continuam acesos como lâmpada votiva, levando a levando a Deus a homenagem daqueles que o reconheceram como criador do Universo.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Descrição: A Capela de Nossa Senhora do Rosário é um prédio típico da década de 1940. É composta por uma porta principal de madeira, uma porta lateral, 06(seis) janelas com grades e vidros. O material empregado para sua construção é composto fundamentalmente de tijolo, madeira, vidro, aço, pedras e dois tipos de cerâmica.
Na parte frontal, vê-se uma torre, composta por 01(um) sino e 01(um) vitral redondo com uma cruz ao centro. Na parte superior da torre encontra-se uma cruz de metal. Na área externa, uma ampla área verde com predominância de coqueiros da espécie macaúbas, comuns na região.
Em seu interior vários bancos em madeira, 09(nove) imagens sacras, 01(um) sacrário, além da mesa do altar. As lâmpadas são as de modelos fluorescentes. A parte superior interna não possui forro.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: O povoamento da área correspondente ao município de Ibirité remonta aos séculos XVII e XVIII quando se iniciou as primeiras entradas e bandeiras nas áreas centrais da capitania das Minas Gerais com o intuito de descobrir ouro. A corrida do ouro ocasionou o surgimento de várias cidades como Vila Rica, Mariana, Sabará, Caeté e Congonhas das Minas do Ouro cidade conhecida atualmente como Nova Lima que foi palco de grande especulação aurífera onde se empregava grande contingente de mão de obra escrava . Conseqüentemente os escravos e as pessoas que se deslocaram para estas paragens precisavam de uma provisão de víveres para se manterem, evidenciando o surgimento de fazendas especializadas no cultivo de gêneros alimentícios e criação de gado . Com o sortimento, a proliferação das fazendas surgiu os povoados, como o de Ibirité.
As terras de Ibirité foram concedidas pelo imperador através da política sesmeira desencadeada por D. José I. As cartas de sesmaria eram concedidas aos cidadãos por meio de petição requerida ao governador da capitania. As cartas de sesmaria concedidas começaram no passado, ainda nos tempos do I Império, quando o alferes português Antônio José de Freitas recebeu de D. Pedro I uma carta de sesmaria, abrangendo do alto da serra do Rola Moça à Fazenda do Pintado e do Barreiro à cachoeira de Santa Rosa, incluindo a serra da Boa Esperança, região de Vargem do Pantana. Em 02 de junho de 1890, o povoado foi elevado a distrito de Sabará, criando-se então o primeiro Conselho Distrital de Vargem do Pantana (entidade com certa autonomia de governo para administrar os distritos), presidido por José Pedro de Souza Campos e formado pelo alferes Antônio José de Freitas e por Hilário Ferreira de Freitas. Este Conselho conseguiu fundar a primeira escola da Vila e adquiriu seis alqueires de terra para servir de logradouro público, lugar onde se podiam construir moradias com licença do Conselho.
Cinco famílias deram origem a Ibirité: Ferreira, Diniz, Pinheiro, Freitas e Campos. Em 1880, foi criado o povoado da Vargem da Pantana, na freguesia de Contagem, Município de Sabará.
• Em 1890, passa a categoria de Vila, ainda pertencendo a Sabará.
• Em 1897, passou a pertencer ao Município de Santa Quitéria (Esmeraldas).
• Em 1911, passa para o Município de Contagem.
• Em 1923, tem sua denominação mudada para Ibirité, palavra indígena que significa “Terra Firme”, “Chão Duro”.
• Em 1938, passa a figurar com o nome atual de Ibirité (Decreto Lei n° 148) e como Distrito, passa para o município de Betim.
• Em 30/12/62 passa a categoria de Município (Lei n° 2764) com os distritos Sede e Sarzedo.
• Em 01/03/63, o Governador do Estado “Magalhães Pinto” nomeia um intendente municipal o Sr. Chaffir Ferreira.
• Em 30 de junho de 1963, ocorre a 1ª eleição para Prefeito […].
No ano de 1976 é criado o Distrito de Duval de Barros e em 1985 o Distrito de Mário Campos.
Em 04/01/88 através da Lei Estadual n° 9.548/88 Ibirité, passa à categoria de Comarca.
Em 1° de junho de 1990 dá-se a implantação da Comarca.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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Mto triste ver uma capela linda se deteriorar ,olhando por uma fresta vemos sujeira e um total abandona com um bem cultural .