Itabirito – Capela do Senhor Bom Jesus do Matosinhos
A Capela do Senhor Bom Jesus do Matosinhos foi tombada pela Prefeitura Municipal de Itabirito-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Itabirito-MG
Nome atribuído: Capela do Senhor Bom Jesus do Matosinhos
Localização: R. Matosinhos, s/n – Bairro Matozinhos – Itabirito-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 3376/1999 – Decreto n° 7694/2006
Descrição: A capela do Senhor Bom Jesus de Matozinhos localiza-se no alto da ladeira de mesmo nome, num adro aberto e gramado, avistando-se parte da cidade. A construção data de 1765, sendo o projeto de autor desconhecido. A capela é de dimensões reduzidas com a sacristia lateral recuada, nave única, sem capela-mor. Toda a construção é em alvenaria de pedra de mão.
No interior, encontra-se o altar-mor em estilo rococó, sem grandes ornamentações, com pinturas nas cores vermelho, ocre e dourado, hoje. Há uma grande imagem do Cristo na cruz e, abaixo, o sacrário encimado por conchas. O altar-mor é elevado por supedâneo em pedra lavrada almofadada, com quatro degraus ao meio. O piso é em lajes de pedra. A sacristia, também pequena, possui janela com conversadeira em cantaria e duas pias em formato de conchas, também em cantaria.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.
Descrição: A capela localiza-se no alto da ladeira, num adro aberto e gramado, avistando-se parte da cidade. A construção datada de 1765, encomendada por Silvério Francisco dos Reis. Segundo o Padre Miguel Fiorillo,atual pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem da qual pertence a Capela, o projeto desse templo foi elaborado pelo Cônego Manoel Ribeiro Soares (Fiorillo, 1996). A capela é de dimensões reduzidas com sacristia lateral recuada; possui portas em duas folhas almofadadas e vãos com verga abatida, encimada por um medalhão em cantaria com inscrições; ladeando o medalhão, existem duas janelas sineiras em cantaria com verga abatida; no frontispício um óculo encimado por cruz.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: No fim do século 17, as descobertas de ouro nas imediações de Sabará e Ouro Preto provocaram um grande deslocamento de pessoas para a região central de Minas Gerais. Colonos e imigrantes de vários lugares começaram a povoar as terras que, em pouco tempo, transformaram-se em arraiais, freguesias e vilas.
Segundo o historiador mineiro Augusto de Lima Júnior, a chegada do Capitão-mor Luiz de Figueiredo Monterroio e de Francisco Homem Del Rey à região do Pico de Itaubyra (atual Pico de Itabirito), em 1709, deu início aos primeiros núcleos fixos de habitantes e a intensificação da extração de ouro no atual distrito-sede de Itabirito. As minas de Cata Branca e Córrego Seco, situadas na localidade de Arêdes, são parte deste período.
Inspirados pela imagem de Nossa Senhora presente no retábulo retirado da Nau do Capitão-mor, os habitantes começaram a denominar a localidade como Arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem de Itaubyra do Rio de Janeiro. Na parte alta dessa localidade, foi construída a Ermida de Nossa Senhora da Boa Viagem que, posteriormente, tornou-se uma capela curada. Em 1745, devido ao crescimento da população, o arraial foi elevado à categoria de freguesia, passando a ser denominado como Itabira do Campo, e a capela transformada em matriz.
A economia de Itabira do Campo, apesar da crise econômica provocada pela diminuição do ouro em Minas Gerais a partir de 1760, continuou sendo alimentada pelos trabalhos de extrações auríferas e pelas atividades agrícolas e pecuárias. Na Mina de Cata Branca, por exemplo, a empresa inglesa The Brasilian Company Ltda estruturou um dos principais processos tecnológicos de mineração subterrânea existentes no Brasil durante a primeira metade do século XIX. No entanto, o desabamento dessa mina, em 1844, e os maus rendimentos de outras lavras colaboraram para que a crise econômica aumentasse os seus efeitos na freguesia de Itabira do Campo.
Esse cenário arrastou-se até a década de 1880, quando as instalações dos trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II e a abertura de empresas nos ramos da siderurgia, tecidos e couro acarretaram no crescimento da população, que passou a modificar a feição da freguesia. A antiga paisagem colonial começou a ser substituída pela paisagem industrial. Esse desenvolvimento tornou a base de sustentação para os desejos de emancipação municipal. Em 7 de setembro de 1923, nascia a cidade de Itabirito que, em tupi guarani, significa “pedra que risca vermelho”.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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- Imagem: Google Street View
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Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais