Ladário – Base Fluvial


Imagem: BFLa

A Base Fluvial, em Ladário-MS, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto das Fortificações Brasileiras – Base Fluvial de Ladário, incluindo 15 (quinze) peças de artilharia a carregar pela boca
Localização: Av. 14 de Março, s/n – Centro – Ladário-MS
Número do Processo: 1613-T-2010
Livro do Tombo Histórico: Inscrição homologada

Descrição: Localizado as margens do Rio Paraguai, no vilarejo de Ladário, contou inicialmente com pessoal e material provenientes do extinto Arsenal de Marinha da Província de Mato-Grosso, instalado em Cuiabá desde 1827, e do Arsenal de Reparações da Ilha do Cerrinto, que apoiava a Esquadra em operações no Rio da Prata. Depois da invasão da cidade de Corumbá, por ocasião da Guerra do Paraguai, ficou patente que a zona de atrição do Baixo Paraguai não podia ser defendida pelo Arsenal de Marinha da Província de Mato Grosso em Cuiabá, em face da difícil navegabilidade do Rio Leverger e da obsolescência de suas instalações. Portanto, em 1862, o Ministro da Marinha, Joaquim Raimundo de Lamare, determinou a instalação de um novo Arsenal à jusante do canal do Tamengo e, em 14 de março de 1873, o Capitão-de-Fragata Manoel Ricardo da Cunha Couto lançou a pedra fundamental do Arsenal de Marinha do Ladário, tendo concluído sua instalação no final de 1874. Pelo Decreto n.º 38.101, de 18 de outubro de 1955, passou a denominar-se Base Fluvial de Ladário, extinguindo também, o Arsenal de Marinha de Ladário.
A partir de 1994 com a implantação da sistemática de Organização Militar Prestadora de Serviços, a BFLa, além de cumprir a tarefa de prestar o apoio logístico aos navios e às OM subordinadas ao Comando do 6º DN, vem aprimorando seus processos administrativos e métodos de gestão, de modo a reduzir as despesas administrativas e os custos de produção, otimizando a aplicação dos recursos que lhes são disponibilizados e, ao mesmo tempo, aperfeiçoando-se nas técnicas de reparos navais e nos serviços prestados.
A BFLa tem passado por intenso programa de qualificação de pessoal e atualização de seu parque industrial, com a aquisição de novos equipamentos para as oficinas, revitalização de instalações e por meio da realização de diversos cursos para aprimoramento de seu quadro técnico, com reflexos diretos na qualidade dos serviços por ela prestados na reparação de navios e em apoio as organizações militares e órgãos extra-Marinha sediados na área do 6º Distrito Naval.
Fruto desse trabalho destacam-se os grandes reparos estruturais realizados no Navio Patrulha “Poti”, no Navio Transporte Fluvial “Paraguassu ” e no Navio de Apoio Logístico Fluvial “Potengi”, que teve sua quilha recuperada, assim como 80% do chapeamento das obras vivas, originalmente rebitado, e substituído por chapeamento soldado.
Ao longo desses anos, diversas gerações têm vencido as dificuldades da fronteira oeste com histórico denodo e hoje, ainda, os militares e servidores civis que aqui servem, perseguem a busca da excelência, prontos a enfrentar os desafios do novo milênio, seja na reparação de meios, na preparação do homem ou no apoio às demais OM do Complexo, contribuindo para manter elevado o conceito da Marinha nos rincões do Pantanal Matogrossense.
Fonte: BFLa.

MAIS INFORMAÇÕES:
Site da instituição
Wikipedia


Comentários

  1. Maria Alice Peixoto Rull |

    Senhores, gostaria de saber se a Base Naval de Ladário conta com algum projeto dentro da Arqueologia Subaquática, ou outro projeto semelhante de salvaguarda dos bens aí depositados.
    Ingressarei no curso pós-graduação Arqueologia Subaquática em outubro no IPT (Portugal) e estou buscando um tema para minha tese.
    Já sou pós-graduada em Gestão do Patrimônio Arqueológico pelo mesmo IPT, mas resido em Brasília.
    Agradeço a atenção.

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