Lavras – Casa de Cultura


Imagem: Prefeitura Municipal

A Casa de Cultura foi tombada pela Prefeitura Municipal de Lavras-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Lavras-MG
Nome atribuído: Casa de Cultura
Localização: R. Santana, nº 111 – Centro – Lavras-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 3.933/2002

Descrição: O belo sobrado do capitão Silvestre Alves de Azevedo foi construído por volta de 1849, quando este era presidente da câmara de Lavras do Funil. Em 12 de março de 1907 seus netos venderam o prédio ao poder público, para ser instalado o Fórum da Comarca de Lavras. A inauguração foi feita em 24 de fevereiro de 1909, pelo juiz dr. Alberto Gomes Ribeiro Luz, que tem seu nome homenageado na rua que ladeia a Casa da Cultura.
Ao longo do Século XX, o edifício ainda veria instalado em suas dependências a agência dos correios, radiotelegrafia, prefeitura, Câmara Municipal, biblioteca pública, Secretaria Municipal de Educação, e, finalmente, desde 1984, a Casa da Cultura “Sílvio do Amaral Bi Moreira”.
Em 1999, o famoso casarão da Rua Sant’Ana, n.º 111, foi tombado como Patrimônio Histórico de Lavras. Em 2012 sua fachada começou a ceder, ameaçando com desabamento o fim dessa bela história. Em 2013 o governo do então prefeito Marcos Cherem realizou em uma grande obra de reconstrução e a Casa da Cultura que, estruturalmente recuperada, foi entregue novamente à população para exercício das atividades culturais.
Atualmente ele abriga a Gerência de Cultura do Município, o coral das Meninas Cantoras de Lavras, a Academia Lavrense de Letras, a Associação para Promoção de Arte e Cultura, a Associação Lavrense dos Artesãos e Arte Culinária, o Cineclube de Lavras, além de estar aberta para eventos de toda comunidade lavrense.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Francisco Bueno da Fonseca (c. 1670-1752), líder de uma revolta contra um desembargador português em São Paulo em 1712, veio, junto de seus filhos e outros sertanistas, a se estabelecer na região dos rio Capivari e rio Grande abaixo pelos anos de 1720 ou 1721. Estes primeiros habitantes eram paulistas da vila de Santana do Parnaíba, e poucos anos depois de sua chegada, fundariam o arraial dos Campos de Sant’Ana das Lavras do Funil, em 1729. Nesta região, a família de Bueno da Fonseca estava empenhada na busca do ouro e também na abertura de novos caminhos até às Minas dos Goiases. Em 1737 os exploradores receberiam do governador Martinho de Mendonça uma carta de sesmaria confirmando a ocupação da terra, que se despontava na agricultura e pecuária.
Em 18 de junho de 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, neto do famoso Anhanguera e genro de Francisco Bueno da Fonseca, partiu do povoado à frente de sua tropa de quatrocentos homens, convocados de toda a capitania, para desbaratar a confederação quilombola do Campo Grande. A influência dos capitães-mores da família Bueno da Fonseca contribuiu para o rápido desenvolvimento do povoado: em 1760 este já possuía mil habitantes, o dobro de Carrancas, o que determinou a transferência da sede paroquial para a localidade mais populosa. Em 1813 o arraial fora elevado à categoria de freguesia, quando do desmembramento de Carrancas. Possuía então 6 capelas curadas e 10.612 almas.
Já na época do Império, a freguesia obteve sua emancipação política e administrativa passando à condição de vila, em 1831, e cidade, em 1868, quando houve alteração na toponímica municipal de “Lavras do Funil” para “Lavras”. Um dos acontecimentos mais marcantes deste período foi a participação de Lavras na Revolução Liberal de 1842. Por pouco mais de um mês, entre 14 de junho e 22 de julho daquele ano, liberais e conservadores mantiveram seus respectivos quartéis no largo da Matriz de Sant’Ana, atual Praça Dr. Augusto Silva. Os liberais derrotados se refugiaram ou foram presos, sendo posteriormente anistiados pelo governo imperial.
O final do Século XIX e início do Século XX foi um momento de rápido desenvolvimento em Lavras, a começar pelas novas ligações fluviais e ferroviárias criadas. Em 18 de dezembro de 1880 foi inaugurada a navegação fluvial de 208 km entre os portos de Ribeirão Vermelho (município de Lavras) e de Capetinga (município de Piumhi), feita pelo barco a vapor “Dr. Jorge”. Em 14 de abril de 1888 a Estrada de Ferro Oeste de Minas era inaugurada a primeira estação em Ribeirão Vermelho, e em 1.º de abril de 1895 inaugurava-se a estação na cidade de Lavras. Mais tarde, em 1911, seria criado uma linha de bondes, sendo Lavras uma das poucas cidades do interior do Brasil a possuir esse sistema de transporte.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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