Lima Duarte – Árvore “Sete Cascas”


Imagem: Prefeitura Municipal

A Árvore “Sete Cascas” foi tombada pela Prefeitura Municipal de Lima Duarte-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Lima Duarte-MG
Nome atribuído: Árvore Samanea Tubulosa (Benth), conhecida como “Sete Cascas”
Localização: Praça Juscelino Kubitschek, à esquerda do prédio da Prefeitura Municipal – Centro – Lima Duarte-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 05/2000

Descrição: Samanea tubulosa (Benth) Barneby & grimes
Família Leguminosae – Mimosoideae
Nomes populares – alfarobo, abobreira, farinha seca, sete cascas, feijão-cru, pau-de-cangalha, inga-de-pobre.
Características morfológicas: Altura de 4,18 m dotada de copa arredondada. Tronco mais ou menos ereto e cilíndrico, revestido por casca grossa, fissurada e muito suberosa, de 25 – 45 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, com eixo comum (pecíolo + raque) tomentoso de 8 – 28 cm. Pinas opostas ou alternas em número de 1-4 pares, com eixo comum de 1-7 cm. Folíolos opostos, discolores, glabescentes na face superior e tomentosos na inferior, curto-peciolulados, de 2-5 cm de comprimento por 1-4 cm de largura. Inflorescências em capítulos terminais, em agrupamentos de 6-15, cada um com 12-20 flores, sobre pedúnculos de ___ cm de comprimento. Fruto legume séssil, indeiscente, 1-2 por geralmente eretos, de 10-18 cm de comprimento, com 20-30 sementes. É muito semelhante à espécie Samanea inopinata (Harms) Barneby & Grimes que ocorre na mata higrófita sul baiana.
Ocorrência: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso no Pantanal Mato-Grossense e Chapada dos Guimarães, sul do Pará e Baixo Amazonas e Bahia no Vale de São Francisco. Também no Paraguai, Bolívia e Peru.
Madeira: Pesada (densidade 0,78 g/cm³), dura, textura média, grã direita, de media resistência mecânica e moderadamente durável.
Utilidade: A madeira é empregada apenas localmente para marcenaria, moirões e para lenha. A árvore é ornamental e muito cultivada na arborização rural. A vagem é forrageira para o gado vacuno.
Informações ecológicas: planta caducifólia, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, característica da mata semidecídua do Pantanal Mato-Grossense, da mata caducifólia do Vale do São Francisco e das savanas Amazônicas. Apresenta freqüência geralmente baixa, com dispersão bastante descontinua e regular ao longo de sua área de distribuição. Ocorre preferencialmente em capoeiras e áreas abertas como colonizador em várzeas aluviais e beira de rios, onde o solo é bem suprido de água e de boa fertilidade. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, disseminadas por animais domésticos.
Fenologia: floresce durante os meses de agosto a novembro. Os frutos amadurecem no final da estação chuvosa (maio-julho).
Obtenção de sementes: colher os frutos (vagem) diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhe-los no chão sob a planta-mãe logo após a queda. Em seguida devem ser abertos manualmente para retirada das sementes. Um kg contém aproximadamente 1.200 unidades.
Produção de mudas: colocar as sementes para germinação logo que colhidas em canteiros de semeadura a pleno sol contendo substrato orgâno-arenoso. Em seguida cobri-las com uma camada de 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 4-6 semanas e a taxa de germinação geralmente é baixa. A sua escarificação melhora na germinação. O crescimento das plantas no campo é rápida.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Lima Duarte teve, provavelmente, a mesma origem da maioria das cidades mineiras: um grupo de colonos se estabeleceu a beira das estradas que davam para as minerações aí se formou um pequeno núcleo colonial ao redor de uma capelinha que a fé dos nossos antepassados se apressava em erguer. Sua primeira denominação foi Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe, e a origem deste nome se deve a Santa padroeira da primeira capelinha de Nossa Senhora das Dores, mais o fato de ser o município banhado pelo rio do Peixe. Passou a ser chamado mais tarde ?LIMA DUARTE? , em homenagem a um médico e político barbacenense, que muito contribuiu para a emancipação do município, e se chamava José Rodrigues de Lima Duarte.
Conta-se que, em 1781, corria o boato de que no rio do Peixe haviam-se descoberto faisqueiros de bom rendimento, fazendo-se extrativos pela Ibitipoca, apesar da proibição por parte do Governo. Foi apurada a veracidade dom fato, e tendo o próprio governador percorrido a área comentada, foi recebido no nascente arraial do Rio do Peixe com festividades, aproveitando os moradores para lhe pedirem terras de cultura. Reconhecendo a inutilidade das proibições feitas, resolveu o governador permitir se cultivassem aquelas matas e o arraial passou a crescer. A paróquia foi criada em 1881, sendo então dada a denominação de Vila do Rio do Peixe a sede que, ao ser elevada à cidade em 1884, recebeu o nome que conserva ainda até hoje. O primitivo distrito de Rio do Peixe foi criado em 1839 e elevado a freguesia 20 anos depois, em 1859.
Fonte: IBGE.

MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
Prefeitura Municipal


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