Lima Duarte – Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e Acervo


Imagem: Prefeitura Municipal

A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, em Mogol – Lima Duarte-MG, tem estilo simples em forma retangular, com uma sacristia externa do lado do Evangelho.

Prefeitura Municipal de Lima Duarte-MG
Nome atribuído: Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e acervo
Outros Nomes: Conjunto Arquitetônico da Igreja Nossa Senhora dos Remédios de Mogol, bem como todos os móveis, alfáias, imaginárias, paramentos litúrgicos e documentos pertencentes a esta Igreja e ainda a praça situada em torno da igreja incluindo a Capela de Bom Jesus do Pião, o coreto e o pequeno chafariz do povoado de Mogol. (Decreto). , Conjunto arquitetônico e bens integrados da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Mogol., Igreja de Nossa Senhora dos Remédios do Mogol e acervo
Localização: Povoado de Mogol – Lima Duarte-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 05/1999

Descrição: O povoado de Mogol pertence ao município de Lima Duarte e está situado numa encosta da Mantiqueira. Sua origem vem da exploração do ouro no século XVIII.
A Igreja tem estilo simples em forma retangular, com uma sacristia externa do lado do Evangelho. Sua fachada em linhas retas com a porta em arco e óculos laterais. Acima três entradas de luz de forma retangular. A platibanda é em formas arredondadas com obeliscos nas extremidades; o campanário no centro é encimado por uma cruz de metal. A pintura externa é de cor bege. O telhado é em telha francesa com duas águas e com platibanda na fachada.
Seu interior apresenta três divisões: nave, o santuário e a parte do altar-mor. Este é em madeira de cor azul com entalhes e centrado no oratório de Nossa Senhora dos Remédios que é encimado por um cruzeiro. O arco cruzeiro é em linhas simples, mas todo de madeira. O altar é composto por duas mesas em degraus. Todo este conjunto é muito singelo e simples. Do lado do Evangelho encontra-se o altar de São Sebastião e do lado a Epístola, o altar de Nossa Senhora de Fátima. Os dois altares são idênticos, de madeira, pintados em azul rei e com detalhes em branco. Trata-se de um rico trabalho de talha com características romanas (colunas), mourísticos (arcos) e o colonial brasileiro. Na parte inferior possui cofres e na parte superior, nichos encimados por cruzes. Datam do século XVIII.
Possui nos fundos o coro cujo acesso é feito por uma escada reta com corrimão de gradil em madeira. O piso é em cerâmica e o forro em saião.
Francisco Brant, afirma: “A pedra e cal constitui espécie de papiro onde está escrita a experiência do passado histórico, que não se repete e está cheio de lições. Por isso, há de se zelar pela preservação das igrejas e seus preciosos acervos, as edificações civis e os conjuntos Arquitetônicos coloniais, importantes testemunhas da religiosidade do labor e de expressão apaixonada dos nossos precedentes.”
A meta de trabalho do Conselho de Patrimônio Histórico é traçada em nossa fé na importância de transcendência humana e na necessidade de promover, na consciência das novas gerações, esse mesmo sentimento de compromisso histórico que moveu homens e mentes na construção deste templo.
A povoação de Mogol foi erguida junto às areias brancas no século XVIII, com a exploração do ouro. A existência do povoado já era mencionada em 1780, no relatório do Cabo de Esquadra José Delgado Motta, que relaciona posseiros em torno de seus ribeirões.
A sua primeira e tosca ermida data de início da povoação. Em 1885, Francisco Antônio de Paula fez construir uma outra igreja no lugar da antiga.
Em 1917, o Sr. Antônio José Rodrigues ampliou e deu as atuais reformas arquitetônicas à capela, sendo incorporada a ela oito hectares de terras que pertencem a Chico Marculino.
Conta à lenda que apareceu um andarilho carregando uma imagem, feita em pedra, de Nossa Senhora e que dizia ser dos Remédios. Este ia de casa em casa, usando a imagem para esmolar. A Sr. Antônio José Rodrigues trocou-a (comprou-a) do pedinte e usou do mesmo estratagema, ou seja, pedindo ajuda para construir o atual templo.
Em 1940, estando totalmente arruinada a capela do Pião na Serra de Ibitipoca, os moradores de Mogol em procissão transladaram a imagem de Bom Jesus, padroeiro da dita capela, para este povoado. Atrás da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios construíram uma pequena ermida para ele. Esta se encontra ligeiramente voltada em direção ao Pião (Serra de Ibitipoca), o que segundo a lenda, teriam sido forças invisíveis as responsáveis pelo desnivelamento da mesma.
Durante o mês de março do corrente ano, a Comunidade de Mogol, liderada pelo Sr. Joaquim de Almeida Pacheco, promoveu ampla reforma e pintura do Templo.
Em abril de 1998 e 1999, o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico Cultural de Lima Duarte tombou esta Igreja e todo o seu acervo (imaginárias, alfaias, vestes, ornamentos e documentos). O Conselho fez restaurar as imagens de Nossa Senhora dos Remédios, Crucifixo e Bom Jesus do Pião, trabalho executado pelo artista plástico José Carlos Riback e a limpeza e reforma das alfaias. Na oportunidade queremos registrar o expressivo apoio do Pe. Luiz Carlos de Paula e da Prefeitura Municipal de Lima Duarte e os moradores de Mogol nossos agradecimentos pela compreensão e a amizade. Estamos felizes em ajudá-los a preservar seus valores.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Lima Duarte teve, provavelmente, a mesma origem da maioria das cidades mineiras: um grupo de colonos se estabeleceu a beira das estradas que davam para as minerações aí se formou um pequeno núcleo colonial ao redor de uma capelinha que a fé dos nossos antepassados se apressava em erguer. Sua primeira denominação foi Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe, e a origem deste nome se deve a Santa padroeira da primeira capelinha de Nossa Senhora das Dores, mais o fato de ser o município banhado pelo rio do Peixe. Passou a ser chamado mais tarde ?LIMA DUARTE? , em homenagem a um médico e político barbacenense, que muito contribuiu para a emancipação do município, e se chamava José Rodrigues de Lima Duarte.
Conta-se que, em 1781, corria o boato de que no rio do Peixe haviam-se descoberto faisqueiros de bom rendimento, fazendo-se extrativos pela Ibitipoca, apesar da proibição por parte do Governo. Foi apurada a veracidade dom fato, e tendo o próprio governador percorrido a área comentada, foi recebido no nascente arraial do Rio do Peixe com festividades, aproveitando os moradores para lhe pedirem terras de cultura. Reconhecendo a inutilidade das proibições feitas, resolveu o governador permitir se cultivassem aquelas matas e o arraial passou a crescer. A paróquia foi criada em 1881, sendo então dada a denominação de Vila do Rio do Peixe a sede que, ao ser elevada à cidade em 1884, recebeu o nome que conserva ainda até hoje. O primitivo distrito de Rio do Peixe foi criado em 1839 e elevado a freguesia 20 anos depois, em 1859.
Fonte: IBGE.

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