Maria da Fé – Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes


Imagem: Arquidiocese

A Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes foi tombada pela Prefeitura Municipal de Maria da Fé-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Maria da Fé-MG
Nome atribuído: Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes
Localização: Praça Nossa Senhora de Lourdes, s/n – Maria da Fé-MG
Decreto de Tombamento: I. 004/1999

Descrição: Edificação do início do século XX, a igreja Nossa Senhora de Lourdes é de estilo eclético, destacando-se o gótico-romano Com obras de pintura de autoria dos irmãos italianos Pietro e Ulderico Gentilli. Pela sua beleza, sua importância na religiosidade do povo mariense, seu valor afetivo e histórico a Igreja Nossa Senhora de Lourdes é um monumento que foi tombado como Patrimônio Histórico Municipal em 31 de maio de 1999.
E em 1939, na passagem do ano, aconteceu a inauguração dos sinos da matriz, que foram doados por Cel. José Goulart Santiago Breu e senhora e por Elpídio Costa e senhora. O relógio foi encomendado na Alemanha pelo Cônego João Aristides.
Maria da Fé conserva boas recordações de duas personalidades que participram da vida religiosa local nas últimas cinco décadas: os padres Joaquim Carneiro Filho e José de Anchieta Ribeiro de Noronha.
O primeiro, conhecido como padre Juca, dirigiu a paróquia Nossa Senhora de Lourdes entre 1957 e 1970. Percenbdo a musicalidade do povo mariense, incentivou a formação da banda masculina Lira Nossa SEnhora de Lourdes e da Corporação Musical Feminina Santa Cecília. . Os dois grupos foram criados como propósito de acompanhar a Procissão do Encontro e chegaram a gravar um disco no Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Padre Juda destacou-se também como educador. Encabeçou o movimento para a construção do Ginásio Nossa Senhora de Lourdes (atualmente escola estadual), após a qual tornou-se diretor e professor da instituição.
O paroquiato do padre Anchieta (1970 a 1982) está igualmente presente na memória do povo de Maria da Fé. No auge da Teologia da Libertação, o então pároco realizou trabalhos sociais com os pobres e idosos, além de unir-se com os vicentinos para criar a Festa de Agosto, de cunho filantrópico. Padre Anchieta é lembrado como grande entusiasta de movimentos ligados à juventude, como TLC, ECLAM e Olho de Cristo.
Fonte: Câmara Municipal.

Histórico do município: Vindos de Cristina, João Carneiro Santiago e José Correia de Carvalho, obtiveram uma sesmaria formada por terras do local denominado CAMPOS, perto daquele município.
Mais ou menos em meados do século XIX, foi a gleba dividida em duas partes onde cada um instalou sua fazenda, começando com seus escravos e familiares as culturas agrícolas e a exploração das riquezas existentes.
Com a morte de seus primitivos donos, as duas grandes fazendas foram sendo repartidas entre os herdeiros, e isto, aliado às constantes chegadas de moradores, determinou o progresso da região.
A cidade propriamente dita começou a edificar-se em terras de João Ribeiro de Paiva que foi quem primeiro instalou uma casa comercial, de sociedade com o Sr. Honório Costa.
Em seguida construíram-se outras casas e o povoado foi progredindo, até que, em 1859 foi elevado à categoria de distrito, com o nome de CAMPOS DE MARIA DA FÉ e pertencendo ao município de Cristina.
A estação ferroviária foi inaugurada no dia 27 de junho de 1891, trazendo em seu nome a qualificação da emblemática Dona Maria da Fé. Para além de uma simples homenagem à fazendeira pioneira da região, a referida estação acabou por representar a matriz geradora da nova vila que surgia: a VILA DE CAMPOS DE MARIA DA FÉ.
Pode-se inferir que a partir da utilização sistemática da linha férrea, o próprio cotidiano dos moradores apresentou significativas mudanças – como escolas, igreja e pontos comerciais ? as quais simbolizavam a nova fase de crescimento do antigo distrito.
No que toca às questões político-administrativas, a emancipação do município acompanhou a própria dinâmica do desenvolvimento da região: após a criação da Paróquia de Maria da Fé nos idos de 1908 (A Lei nº 566, de 30 de agosto de 1911, emancipou o Distrito, que passou a município com o nome de CAMPOS DE MARIA DA FÉ), a elevação de categoria à cidade foi promulgada no dia 1º de junho de 1912. A sede municipal permaneceria com o nome de Campos de Maria da Fé por mais de vinte anos, e, somente em 07 de setembro de 1923 a denominação passou a ser Maria da Fé, permanecendo até os dias atuais.
Apogeu e crise na economia mariense posteriormente ao movimento emancipatório, a cidade iniciou uma série de obras infra-estruturais, cujos principais aspectos objetivaram dinamizar os serviços de atendimento à população: aberturas de ruas e novas estradas; construções de praças e jardins públicos; instalações dos sistemas de água e eletricidade; formação de grupos escolares e colégios ginasiais; essas e outras realizações acabaram por representar significativas mudanças em Maria da Fé.
Articuladas a esse panorama de prosperidade, as lavouras de batata despontavam como principais responsáveis pelo crescimento sócio-econômico do município. Grande parte dos moradores da região estava envolvida no processo da bataticultura, a qual contemplava as etapas de plantio, colheita, armazenamento e distribuição do produto. A produção atingiu seu respectivo apogeu nas décadas de 70 e 80, época em que Maria da Fé se tornou a maior produtora de batatas no território nacional, com o volume anual de 46 mil toneladas.
Entretanto, no início dos anos 90, observou-se uma acentuada crise na cultura desse gênero, tendo em vista a conjugação dos seguintes fatores: sucessivas pragas nas sementes utilizadas para o plantio; cortes sistemáticos nos investimentos governamentais; dificuldades oriundas da baixa mecanização no campo e competitividade com outros mercados, principalmente Argentina e Santa Catarina. Nessa medida, as principais fontes de renda e de trabalho sofreram consideráveis impactos, ocasionando no aumento crítico do desemprego e da falta de recursos.
Fonte: IBGE.

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