Mariana – Grupo Zé Pereira da Chácara


Imagem: Rede Social do Grupo

O Zé Pereira da Chácara surgiu em Mariana-MG no séc. XIX em meio às folganças carnavalescas que faziam parte do cotidiano dos moradores, como o Entrudo.

Prefeitura Municipal de Mariana-MG
Nome atribuído: Grupo Zé Pereira da Chácara (formas de expressão)
Localização: Mariana-MG
Decreto de Tombamento: I. 001/2015
Livro de Registro das Formas de Expressão

Descrição: O Zé Pereira da Chácara surgiu em Mariana no século XIX em meio às folganças carnavalescas que faziam parte do cotidiano dos moradores, como o Entrudo.
Fonte: Rede social do grupo.

Descrição: “Viva o Zé Pereira e viva o carnaval…”. O tradicional bloco do Zé Pereira da Chácara vai animar os dias de carnaval da criançada, adultos e idosos. Não tem que não se encante com os bonecões que chegam a medir três metros de altura. Ao som das tradicionais marchinhas de carnaval, cerca de 40 bonecos, incluindo um novo componente que ainda é surpresa, sairá pelas ruas de mariana. Os desfiles desse ano terão mais cor e a presença do boi e do cavalo que foram a novidade do ano passado. O bloco Zé Pereira da Chácara é um dos mais antigos do país, existe desde 1852.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Essa brincadeira surgiu originalmente no Rio de Janeiro e se difundiu pelas cidades de Ouro Preto, Olinda e Mariana. Nos finais do século XIX o Zé Pereira havia se convertido em uma das principais referencias culturais da população. Os catitões, como são chamados, tornaram-se a versão marianense da Queima do Judas, mas com a especificidade de que eram utilizados para os desfiles e não para os tradicionais linchamentos. Apesar das reclamações quanto ao seu caráter grotesco, a população marianense prosseguia na preparação de vestimentas irreverentes e no emprego dos bonecos como um brinquedo para a rua. Sendo assim, na década de 1960 a brincadeira seria retomada como uma importante alteração, os bonecos ganharam destaque, tornando-se o principal atrativo juntamente com as cantorias, batidas de latas e batuques que são características dos desfiles. Além de campo, quadra, área de lazer e vestiários, também se verifica a existência de um galpão no qual os bonecos são alojados. Portanto temos hoje em dia a Toca do Zé Pereira como um símbolo da identidade nacional.
Ao final da década de 1990, o desfile começa a contar com bonecos confeccionados com caricaturas de personalidades do meio televisivo, todos os anos os participantes se reúnem para confeccionar, reparar e trajar os catitões. Atualmente, iniciativas particulares e prefeituras fornecem verbas e auxílios. Por ser um desfile popular e antigo para a comunidade, o desfile ocorre em outras épocas do ano além do carnaval, como o Dia de Minas, pois, sua presença é sempre requisitada em eventos de Mariana e região. Os bonecos possuem em média, dois metros, mas podem chegar aos cinco metros de altura e peso médio de dez quilos. Para a produção de um boneco inteiramente novo a primeira providência é a obtenção de varas de bambu, taquara, papelão, cola e espuma (para os suportes). Por ser largamente conhecido em Mariana, o Zé Pereira abre o carnaval em Mariana, os foliões vestem os trajes e concentram em frente a Escola Estadual Dom Benevides, após o cortejo, os participantes do desfile os desmontam e já fazem alguns ajustes se possível, sempre contando com o bom humor. O Zé Pereira sempre aborda um personagem de telenovela ou então uma personalidade pública que teve destaque em determinado período, além de personalidades marianenses.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Primeira capital, primeira vila, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia.
Em 16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas liderados por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça encontraram ouro em um rio batizado de Ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens nasceu o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que logo assumiria uma função estratégica no jogo de poder determinado pelo ouro. O local se transformou em um dos principais fornecedores deste minério para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se a primeira vila criada na então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Lá foi estabelecida também a primeira capital.
Em 1711 o arraial de Nossa Senhora do Carmo foi elevado à Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo. Em 1745 o rei de Portugual, Dom João V, elevou a vila a categoria de cidade, nomeada como Mariana, uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, sua esposa. Transformando-se no centro religioso do Estado, nesta mesma época a cidade passou a ser sede do primeiro bispado mineiro. Para isso, foi enviado, do Maranhão, o bispo D. Frei Manoel da Cruz. Sua trajetória realizada por terra durou um ano e dois meses e foi considerada um feito bastante representativo no Brasil Colônia. Um projeto urbanístico se fez necessário, sendo elaborado pelo engenheiro portugues militar José Fernandes Pinto de Alpoim. Ruas em linha reta e praças retangulares são características da primeira cidade planejada de Minas e uma das primeiras do Brasil.
Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão, autor do poema “Caramuru”.
Pioneira em comunicação, nas suas terras foi instalada a primeira agência dos Correios no Estado, em 1730. Na época conhecida como “Correio Ambulante”, ela estabelecia a comunicação entre Rio de Janeiro, São Paulo e a capital mineira.
Em 1945, Mariana recebe do presidente Getúlio Vargas o título de Monumento Nacional por seu “significativo patrimônio histórico, religioso e cultural” e ativa participação na vida cívica e política do país, contribuindo na Independência, no Império e na República, para a formação da nacionalidade brasileira.
Todo ano, em 16 de julho, Dia de Minas, o Governo do Estado de Minas Gerais instala-se na cidade, realizando cerimônia alusiva na Praça Minas Gerais que, pela harmonia e beleza plástica de seus monumentos, é um expressivo conjunto urbano da Minas colonial.
A extração do minério de ferro é a principal atividade industrial do município, forte geradora de empregos e receita pública. Seus distritos desenvolvem atividades agropecuárias e apresentam artesanato variado, expressando a diversidade cultural de Minas Gerais.
Tudo isso faz da “primeira de Minas” um dos municípios mais importantes do Circuito do Ouro e parte integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real. Uma cidade tombada em 1945 como Monumento Nacional e repleta de riquezas do período em que começou a ser traçada a história de Minas Gerais.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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