Maricá – Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo
A Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo em Maricá-RJ foi tombada por sua importância cultural para a cidade.
INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Localização: Praça Nilo Peçanha – Maricá – RJ
Processo de Tombamento: E-18/300.427/84
Tombamento Provisório: 16/12/1985
Descrição: A Paróquia de Nossa Senhora do Amparo está situada em uma pequena elevação no núcleo da cidade. Ela obedece ao plano inicial de implantação das vilas urbanas, marcado pela presença, num mesmo espaço, dos poderes religioso e administrativo. O grande edifício apresenta planta de nave única, com batistério à esquerda. Seu estilo classicizante é característico da arquitetura religiosa brasileira no século XIX. A pedra fundamental foi lançada em 1788 e no ano de 1802 o templo era consagrado, embora sua construção se alongasse por muitos mais anos. O campanário só atingiu a altura final na reforma efetuada entre 1948 e 1952, quando o piso original da igreja foi substituído por mármore. A igreja está localizada na Praça Medeiros Corrêa.
Fonte: IBGE.
Descrição: Praticantes de religiões da matriz africana em Maricá realizaram no último sábado (14/01/2017), a tradicional lavagem da escadaria da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo. Há dezoito anos consecutivos o ritual homenageia Oxalá, um dos orixás de maior ascendência no culto africano. O evento, realizado pela Fonte de Orientação às Religiões de Matriz Africana (Forma), e outras instituições, além dos grupos de capoeira Filhos do Kikongo (Rio do Ouro) e Paz e Liberdade (Engenho do Mato), contou com o apoio da Prefeitura de Maricá, através das secretarias municipais de Cultura e de Turismo.
O babalorixá Antonio Jonas Marreiros, o Pai Liminha, foi o responsável pela organização do evento, que iniciou às 18h, na Praça da Bandeira, saindo em cortejo pela Avenida Nossa Senhora do Amparo até a matriz. Carregando vasos brancos com o peregun (folhas do santo), e quartinhas com água de cheiro, as filhas de santo (iaôs) procederam à lavagem da escadaria, orientadas por suas lideranças, que invocaram proteção para o município e paz e união entre os homens.
Terminada a lavagem, o cortejo seguiu para a Praça Orlando de Barros Pimentel. Ali, ao som dos atabaques, foi entoado pelo ogã (músico religioso) Xandico, o xirê, cânticos em homenagem aos orixás, que embalaram o samba de roda. As canções folclóricas, de luta e de trabalho (chulas, quadras e ladainhas) animaram os jogos da roda de capoeira dos Filhos do Kikongo e do grupo Paz e Liberdade, liderado por mestre Jabá, ele também Ogã de Oxossi, um dos orixás. “Kikongo é uma etnia e a língua falada por um povo que ainda habita entre os rios Kwili e Kwuango, em Angola, na África”, explica Robson da Costa Dias, 52 anos, o mestre Robson, vestido de marinheiro, um dos personagens tradicionais da roda de samba. Robson faz parte dos conselhos estadual e nacional de Cultura e é fundador há 23 anos, do grupo de capoeiristas que tem sua sede no Ciep Almerinda Azevedo, em Rio do Ouro.
“Este ano nosso lema é: Queremos a paz para todos”, disse Pai Liminha, mostrando árvores envolvidas com laços brancos e galhardetes pendurados na praça, com os dizeres de Fé, Paz, Amor e Alegria. Ana Clara Ribeiro Correa, a Ana de Oxum, é ialorixá (mãe de santo) do terreiro Kue Seja Esim Roazi, que em língua jeje quer dizer Casa das Águas. “A Prefeitura está de parabéns por ter incluído esse evento no calendário turístico da cidade. O apoio ajuda na reflexão e no combate à intolerância religiosa. Temos direito histórico de exercer nossa religião. Afinal, o negro ajudou a construir este país”, comentou.
Mauriléa dos Santos Souza, 52, moradora de Araçatiba, é filha e irmã de ialorixá, e levou toda a família para assistir ao evento – a filha mais nova Íris, 11 anos, a mais velha, Luana, 28, a neta Aline, 2 anos e o genro Washinton, 28, capoeirista do Grupo Muzenza. “Minha mãe, Nazareth dos Santos, já falecida, era mãe de santo, função que transmitiu à minha irmã Vitória. Somos três gerações de umbandistas e acho que a tolerância e o respeito devem prevalecer entre as religiões”, disse. A coordenadora municipal do segmento religioso afro, Danielle Pacheco, do Axé Gantois, declarou que as religiões de matriz africana têm um histórico de resistência, desde sua chegada ao Brasil. “Os negros têm uma cultura milenar, representada por sua religião, culinária, indumentária, música e dança, que foi proibida pelo colonizador. Finalmente, as religiões de matriz africana estão se organizando. Existe mais informação e interesse na defesa da cultura afro, mas é preciso mais respeito e tolerância da sociedade. Estamos montando um cronograma de eventos para 2017, e o próximo deverá acontecer no dia 21 de janeiro, Dia de Combate à Intolerância Religiosa”.
Fonte: Prefeitura Municipal.
CONJUNTO:
Maricá – Casa de Câmara e Cadeia
Maricá – Fazenda Macedo Soares
Maricá – Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo
FOTOS:
- Imagem: Prefeitura Municipal
- Imagem: Prefeitura Municipal
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MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
A casa da nossa Padroeira, está necessitando de uma limpeza externa.