Monte Alegre de Minas – Casarão da Família Vilela Parreira
O Casarão da Família Vilela, em Monte Alegre de Minas-MG, foi construído no estilo colonial brasileiro, com forma simples, grandes portas e janelas e cobertura com beirais alongados.
Prefeitura Municipal de Monte Alegre de Minas-MG
Nome atribuído: Casarão da Família Vilela Parreira
Localização: Praça Nicanor Parreira, n° 30 – Centro – Monte Alegre de Minas-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 3964/2009
Descrição: Imóvel misto residencial/comercial, construído no estilo colonial brasileiro, com forma simples sem afastamentos frontais ou laterais, grandes portas e janelas e cobertura com beirais alongados. Constituída de um único pavimento térreo, a edificação esta implantada em um grande terreno com declividade da frente para o fundo.
A estrutura do edifício é formada por vigas e pilares de madeira (aroeira e angico) e as fundações de pedra tapiocanga e vigas baldrame de aroeira. As paredes são de taipa de mão (pau-a-pique) e adobe, separando, na ala residencial, um conjunto de vários dormitórios, salas, corredores, cozinha, etc.
As portas elevadas, de suportes laterais alargados e espessos com travejadores que os encimam e as janelas do mesmo porte e estilo, pontuam e retratam o estilo arquitetônico colonial. A cobertura originalmente de telhas de barro coloniais moldadas e queimadas artesanalmente, foi em parte substituída por telhas tipo francesa, por volta da década de 1930. O forro e o piso são de tábuas de madeira em toda a casa, exceto o piso da cozinha.
Os barrotes afincados ao solo distribuem-se simetricamente por toda a área inferior da construção, formando um porão residual em consequência do declive natural do terreno.
O pátio interno, com cerca de 300 m² de área, é revestido por lajotas rústicas de pedra gnaisse, em formato poligonal.
A fachada é composta de grandes portas e janelas distribuídas simetricamente, o corpo da casa e disposto em “L” com um grande pátio interno, traz fielmente as características do estilo colonial brasileiro que perdurou até meados do século XIX.
A ala residencial da edificação sempre foi utilizada para este fim, nela tendo residido o seu construtor até sua morte, em 1907. Atualmente, são os descendentes de Antônio Fernandes Vilela que, proprietários do imóvel por sucessão, ali residem.
Originalmente o cômodo comercial, com cerca de 200 m² de área útil, era utilizado como loja de gêneros diversos, administrada pelo proprietário do imóvel. Posteriormente, a partir de 1925 e por cerca de 30 anos, instalou-se ali uma farmácia do sucessor de Antônio Fernandes Vilela de Andrade.
Na década de 1930, em parte da referida ala não residencial do prédio, também funcionavam serviços administrativos da Prefeitura Municipal e, posteriormente, os Correios e Telégrafos da União, além de comércio particular (IPAC – nº 01/2005).
Fonte: Iphan.
Bens móveis e integrados: Conjunto de três Cadeiras Coloniais
Canapé
Cama Maria Antonieta
Mesa elástica
Penteadeira
Guarda Roupa
Buffet
Cadeira de Balanço
Relógio de Pêndulo
Fonte: Iphan.
Histórico do município: Mais ou menos no início do século XIX, em 1820 possivelmente, pelas terras onde hoje se localiza o município de Monte Alegre de Minas passava uma picada, ligando as terras de São Paulo com as de Goiás.
Diz-se que uma família cujo chefe era Martins Pereira, em trânsito para Goiás, teve um dos seus membros seriamente enfermo, o que o obrigou a permanência no local.
Fervorosos devotos de São Francisco de Chagas, fizeram ao Santo a promessa de doarem uma gleba de terras para fundação de uma Igreja em sua honra, caso obtivesse a cura do familiar doente.
Alcançada a graça, cumpriram a promessa feita, com a colaboração de duas outras famílias: os Gonçalves da Costa e os Martins de Sá.
Fundou-se dessa forma o arraial que recebeu o nome de Monte Alegre, visto encontrar-se no alto de um monte com vistas excelentes.
A Paróquia tem por orago, São Francisco de Chagas.
Fonte: IBGE.
FOTOS:
- Imagem: Ipac