Morro da Garça – Casa de Cultura do Sertão


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

O Casarão à R. Boaventura Pereira Leite, nº 44 foi tombado pela Prefeitura Municipal de Morro da Garça-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Morro do Pilar-MG
Nome atribuído: Casarão rua Boaventura Pereira Leite nº 44
Outros Nomes: Casa de Cultura do Sertão
Localização: R. Boaventura Pereira Leite, nº 44 – Morro da Garça-MG

Descrição: Foi no paroquiano do Padre Joaquim da Silveira, no período de 1878 a 1916, que Morro da Garça alcançou sua maior prosperidade, nessa época foi construída a atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Dentre os vários feitos do Padre, pode-se destacar a construção do Casarão no final do século XIX.
Segundo Padre João Batista Boaventura Leite, logo a ordenação do Padre Joaquim José da Silveira, em 1874, o patrimônio de ordenação foi constituído pela compra de uma casa, efetuada pelo mesmo. A escritura de compra e venda descreve: “Morada de casas no Arraial de Morro da Garça deste termo, cuja casa divide com Dona Florência Ribeiro da Silva, e por outro lado com Manoel Ferreira dos Santos, fazendo frente ao largo da Matriz, cuja venda faz pela quantia…”.
No lugar dessa casa foi construído o Casarão em posição de destaque, na esquina da Rua Boaventura Pereira Leite com a Rua Deputado Manoel Pereira da Silveira, em frente à Praça de São Sebastião. Segundo relato de moradores, o Casarão era composto por “baldrame de estacas e escadarias de pedras tapiocanga, com o tempo e a modernização as ruas foram aterradas para receber calçamento, desaparecendo então as estacas”.
Mais tarde, o Casarão foi vendido a José Natalino Pereira Leite que era casado com Servita Celuta Leite. A venda/armazém tinha imenso balcão de madeira, além de prateleiras revestindo a parede de fundo onde eram comercializados gêneros alimentícios e artigos diversos tais como: tecidos, roupas, perfumes, etc. Essa “venda” era ponto de encontro de homens daquele tempo. Existia também nessa época um anexo na fachada da Rua Deputado Manoel Pereira da Silveira com alguns cômodos que se prolongavam até a esquina da Rua Antônio Soares.
Durante o período em que o Casarão era propriedade da Sra. Servita Celuta Leite, foi habitado por moradores diversos, enquanto seu ponto comercial passou por vários donos. Em 1986, foi vendido para a Prefeitura Municipal de Morro da Garça na gestão do Prefeito Sr. José Antônio de Oliveira, que o comprou para instalação da Creche Municipal, nomeada Creche Casulo “Tia Noca”, em homenagem à sua falecida esposa, que muito fez em benefício de toda população local.
Nessa época, o Casarão encontrava-se em péssimo estado de conservação, porém foi reformado para se adequar ao novo uso. Foram construídas novas instalações sanitárias e, nos fundos, uma varanda com área de serviço e banheiros. O anexo que se prolongava até a Rua Antônio Soares foi demolido, passando o terreno a ser fechado com cercas de estacas. As maiores intervenções ocorridas foram o interior da edificação, já a parte externa conservou as mesmas características.
Em 01 de novembro de 2008, o Casarão passou a abrigar a Casa da Cultura do Sertão. O Casarão passou por uma nova readequação sem interferir no bem tombado, foi construído um anexo semi-aterrado no solo, de maneira a não obstruir as visadas do bem ou intervir negativamente nas mesmas.
Além disso, é importante ressaltar que a intervenção realizada valorizou e enriqueceu o bem tombado através da criação de espaços lúdicos e agradáveis e do dialogo entre o antigo e novo criado pelo contraste entre os materiais utilizados na construção do Casarão e do anexo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A Casa de Cultura, é uma casa antiga que passou por reforma que a modernizou, mas deixando-a ainda com aspecto sertanejo, local onde acontecem oficinas, encontros, exposições, rodas de conversas, enfim, é o coração cultural do sertão. Nesta casa conta-se a história de uma mulher que deixou a sua marca em nossa cidade. Ana Firmina dos Santos, popularmente conhecida como Ana Simoa. Mulher de fibra “trabalhadeira” e com o tempo conheceu o poder da oração e começou a orar para as pessoas. No Morro foi uma novidade. Todas as crianças eram orientadas se visse o Jipe e se fosse Ana Simoa no volante, saíssem da rua, porque era perigoso, mas nunca aconteceu nenhum acidente. Pessoa com Ana Simoa marcou a nossa época, com sua, coragem, fé, idealismo e muita alegria. Visite a Casa da Cultura do Sertão, encante-se com a exposição permanente das “Mulheres do Sertão: Um jeito simples de enxergar o mundo”. Todo lugar tem uma história para contar.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: O povoamento do município começou com o caminho dos boiadeiros que vinham da Bahia com destino as Minas de Sabará, estendendo ai suas fazendas de criar gado. Tem suas referencias históricas em 1778, com a Fazenda da Garça; porém conclui-se que seja mais antiga, uma vez que segundo a tradição, a Capela Nossa Senhora das Maravilhas ali existente foi construída em 1720 (demolida em 1950) e em torno da qual teve inicio o Arraial de Morro da Garça. O povoado passa a ser distrito de Curvelo em 1832. A emancipação se deu em 30 de dezembro de 1962, com a Lei Estadual nº 276 e sua instalação, realizada em 1º de março de 1963.
O território do município, incrustado na microrregião do Médio Rio das Velhas, teve como habitantes pioneiros os vaqueiros e colonos vindos da Bahia, São Paulo e outras capitanias, bem como descendentes de portugueses. Logo que chegaram, instalaram sítios e fazendas nascendo uma povoação ao pé de um morro, próximo à Fazenda da Graça. Entre os primeiros moradores há registro apenas dos Cardosos, chefiados por Matias Cardoso, oriundos de terras paulistas.
Com inúmeros sítios dedicando-se à exploração agrícola proporcionando à multiplicação das lavouras, e algumas fazendas operando com a criação de bovinos, a conquista do solo se processou de maneira relativamente rápida, tendo a comunidade um desenvolvimento cadenciado, baseado nas riquezas agropecuárias.
Ao chegarem os primeiros moradores da Bahia, se instalaram em terras da Fazenda da Garça. Daí avistou um ″morro″ ao pé do qual havia um local próprio para se edificar uma povoação, originando-se daí o topônimo municipal. A denominação Morro da Garça se deve à existência de uma elevação rochosa, a mais alta da região, na qual existiam muitas garças.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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