Natal – Antiga Ponte de Igapó
A Antiga Ponte de Igapó, em Natal, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.
Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Antiga Ponte de Igapó
Localização: Presidente Costa e Silva, n° 195 – Igapó – Natal-RN
Data de Tombamento: 30/07/1992
Descrição: A Antiga Ponte de Ferro de Igapó foi uma construção muito importante do ponto de vista econômico para a Natal do início do século XX. Ela teve o papel de facilitar a ligação do comércio da capital com o interior do Rio Grande do Norte, quando da continuação da construção de uma linha férrea para transporte de mercadorias como açúcar e algodão.
Esse comércio, no século XIX era feito a partir do Rio Potengi, com as embarcações partindo de Natal e passando pelas cidades que o margeavam. A construção da linha férrea e consequentemente da ponte, de “resultaram de uma escolha deliberada da elite políticoadministrativa da província, a partir de 1889, do estado do Rio Grande do Norte, no sentido de reforçar o papel de Natal como capital, ao integrá-la com o interior” (TEIXEIRA, 2015). A ponte foi desativada em 1970, quando da construção de outra ponte, mas de concreto, que comportaria o fluxo de veículos automotivos.
Nos dias de hoje, a Antiga Ponte de Igapó continua presente na visão de quem faz o translado entre as duas porções territoriais de Natal separadas pelo Rio Potengi – em outras palavras, da conhecida Zona Norte em direção às outras regiões da cidade e vice-versa.
Ela serve, entretanto, atualmente apenas de ilegal trampolim e de outdoor para faixas de propaganda dos mais variados produtos e serviços e, aparentemente, não aparece muito nas preocupações de quem por ela passa todo dia. Suas condições estruturais estão bem prejudicadas pelo tempo e é possível indagar, quando “como quem não quer nada” olhamos com mais atenção para ela, porque não há ações para sua preservação.
Fonte: Cicera Fernandes.
Histórico: Conhecida como Ponte do Potengi, foi inaugurada em 20 de abril de 1916. A ponte de aspecto elegante media a extensão total de 550 metros, sendo, na época, a maior ponte do Norte e Nordeste do Brasil. Sua superestrutura metálica comportava nove vão de 50 metros, e um vão de 70 montados sobre colunas, sólidas e resistentes. Permaneceu a ponte sendo utilizada, durante mais de 50 anos, como único elo de ligação entre a Capital e os municípios do norte do Estado.
Fonte: NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. 2. ed. Natal: Global Print Editora Gráfica LTDA, 2012. 197 p.
Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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Cicera Fernandes