Oliveira – Santuário Nossa Senhora Aparecida


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

Por iniciativa de Monsenhor Leão Medeiros Leite surgiu a capela construída num ‘ranchinho de sapé’, que deu origem à igreja, hoje, Santuário de Nossa Senhora Aparecida de Oliveira-MG.

Prefeitura Municipal de Oliveira-MG
Nome atribuído: Santuário Nossa Senhora Aparecida
Localização: Praça Miguel Madeira, s/n – Bairro Aparecida – Oliveira-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 2082/2004

Descrição: A história do Santuário Nossa Senhora Aparecida de nossa cidade revela ideais, coragem, e a união de forças de pessoas simples, trabalhadoras e de fé.
A história da organização eclesiástica de Oliveira vem do próprio caminho em direção a Goiás, com o primeiro povoamento e a consequente construção do primeiro templo religioso à criação da freguesia (1832), até 1921, enquanto pertenceu à Arquidiocese de Mariana.
Com a criação da Diocese de Oliveira em 20 de agosto de 1941, pelo Papa Pio XII, e sua constituição pelo Núncio Apostólico, Dom Bento Aloísio Mazzela, em 29 de Junho de 1942, a vida eclesiástica, na cidade, passou a ter nova motivação, com grande participação popular nos empreendimentos realizados pela Igreja, em especial, pela iniciativa do Monsenhor Dom José (bispo nomeado para a Diocese) e Dom Leão, seu irmão e coadjutor.
Em meados da década de 1940 a Diocese já contava com 16 paróquias, espalhadas nos diversos municípios que a constituíam, e iniciava um crescimento natural, tendente a acompanhar a evolução populacional sempre afeito a contar com orientação espiritual. Restava, pois, que a Diocese começasse a sua caminhada, que viria, com altos e baixos para que se tornasse, realmente, o Cristo Encarnado no meio do povo.
Foi por iniciativa de Monsenhor Leão Medeiros Leite, irmão de Dom José, que surgiu a capela construída num ‘ranchinho de sapé’, que deu origem à igreja, hoje, Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Essa iniciativa aconteceu em meados da década de 1940 e teve seu começo narrado, de maneira singela pelo jornal “Vida Diocesana”: “Um dia foi Cerradinho… e só Cerradinho. Chegou um homem e quis que fosse mais que isto… lutou e conseguiu. Mons. Leão Medeiros Leite, lá pelos anos 40, num ranchinho de Sapé, acolheu a Mãe de Deus que ali fez morada. Depois o povo gostou e ‘construiu uma linda’ casa para Mãe Maria, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Oliveira, o único assim dedicado em Minas Gerais. Em 1950, o Papa Pio XII deu a bênção apostólica para este Santuário. Está num quadro pendurado nas paredes da Sacristia. É glória, é vitória, é alegria”.
A pequena Capela foi erguida pelo coletor estadual Miguel Madeira, monsenhor Leão Medeiros Leite e membros da comunidade que levaram na cabeça o material para a construção. A devoção se propagou para Oliveira, no gesto simples do Monsenhor Leão e foi confirmada em importância, em 15 de agosto de 1993, pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco Barroso Filho, com o Decreto de criação da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida. O imóvel do Santuário Nossa Senhora Aparecida foi tombado pelo Município através do Decreto nº 2082 de 04.04.2003.
Desde a criação da Paróquia e até os dias atuais, foram sacerdotes e pregadores da palavra: Padre Miguel Angelo de Freitas Ribeiro 1993/2001, Padre Adenir dos Santos 2001, Padre José Maria de Oliveira Silva 2001/2002, Padre Marcos da Cunha Santos 2002/2003, Padre Márcio César Ferreira 2003, Padre Alexandre Pereira da Silva 2003, Padre Donizete Antônio de Souza 2003/2011, Padre José Maria de Oliveira Silva 2011/2016 e Padre Rogério Victor Azevedo a partir de 2016. O Santuário foi ampliado em majestoso tempo e tornou-se lugar de romaria de toda a região. Sua edificação é imponente, muito bela, em formato basilical e admirada pela qualidade de suas linhas. A praça foi totalmente reformada pela Prefeitura Municipal para as comemorações do Jubileu “300 anos de Bençãos e de Graças”.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: “Oliveira é filha de uma encruzilhada”. Essa é a primeira frase do capítulo I do livro História de Oliveira, escrito durante três anos e publicado em 1961 pelo itaunense Luís Gonzaga da Fonseca. Na sequência, o autor complementa: O que equivale a dizer que ela é filha da sua própria geografia: um entroncamento de caminhos provocou, pelo comércio e pelo cultivo do solo, o aparecimento do lugar (FONSECA, 1961, p. 17).
Até boa parte do século XVII, essas terras, que hoje fazem parte da região Oeste de Minas, eram ocupadas pelos índios Carijós que, na sequência histórica, foram desalojados pelas tribos Cataguás (ou Cataguáses) que por ali permaneceram até a chegada do primeiro “homem branco”, o bandeirante Lourenço Castanho Tanques que violentamente expulsou aquela tribo por volta de 1670.
Tanques partiu de São Paulo na trilha do bandeirante Fernão Dias, mas, em certa altura de sua marcha, desviou-se para o Oeste rumo às ricas plagas goianas. A este caminho, que mais tarde também viria a ser desbravado por outros bandeirantes, como Bartolomeu Bueno Anhanguera, foi dado o nome de “Picada de Goiás”.
A Picada de Goiás era um atalho para as terras goianas que, em longos trajetos e com diversas encruzilhadas fazia, no século XVIII, a ligação de quatro importantíssimas capitanias: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Para rechaçar os aquilombados, os governantes de Minas Gerais, além de organizarem tropas de combate, foram retalhando em sesmarias o Campo Grande, concedendo-as aos abridores de caminhos e aos conquistadores daquelas terras. Tudo isto ocorreu por volta de 1752, ou seja, as verdadeiras tentativas de colonização do território oliveirense ocorreram setenta e seis anos depois da passagem do primeiro “homem branco” pela região.
Segundo Luís Gonzaga da Fonseca (1961), não se pode precisar a data que o topônimo “Oliveira” veio substituir o antigo nome “Campo Grande da Picada de Goiás”. Outra coisa que não se pode determinar, com absoluta certeza, é a origem deste atual nome da cidade.
A Picada de Goiás era um atalho para as terras goianas que, em longos trajetos e com diversas encruzilhadas fazia, no século XVIII, a ligação de quatro importantíssimas capitanias: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Este importante caminho ganhou suas honras ao levar diversos homens à exploração do ouro, inicialmente em Tamanduá (hoje Itapecerica) e depois em Paracatu. Em meados do século XVIII, estas regiões eram abastadas do rico mineral e com os exploradores, vinham pela Picada de Goiás escravos, alimentos e utensílios para subsidiar a mineração.
A colonização do território, que mais tarde constituiria o município de Oliveira, prende-se a um conflito desencadeado no oeste mineiro, em meados do século XVIII. Esse conflito, que durou anos e custou várias vidas (principalmente as dos homens negros), passou para a história com o nome de “Conquista do Campo Grande”.
Entendia-se por Campo Grande toda a região ocidental, compreendida entre o Rio das Mortes (cuja nascente encontra-se na cidade de Santos Dumont, na Serra da Mantiqueira) e as cabeceiras do rio São Francisco, indo até bem próximo dos sertões da Farinha Podre (hoje a cidade de Uberaba).
Dentro desta região, Oliveira era conhecida como “Campo Grande da Picada de Goiás” ou “Campo Grande da Travessia de Goiás ou ainda “Caminho Novo de Goiás” pois se localizava, de fato, na travessia, em um atalho para aqueles que se dirigiam às terras goianas (FONSECA, 1961).
Segundo Fonseca (1961), em terras hoje oliveirenses encontravam-se grandes concentrações de ex-escravos foragidos, e foi a partir do combate entre esses rebelados e os “homens brancos” que surge a colonização do território.
Para rechaçar os aquilombados, os governantes de Minas Gerais, além de organizarem tropas de combate, foram retalhando em sesmarias o Campo Grande, concedendo-as aos abridores de caminhos e aos conquistadores daquelas terras. Tudo isto ocorreu por volta de 1752, ou seja, as verdadeiras tentativas de colonização do território oliveirense ocorreram setenta e seis anos depois da passagem do primeiro “homem branco” pela região.
Segundo Luís Gonzaga da Fonseca (1961), não se pode precisar a data que o topônimo “Oliveira” veio substituir o antigo nome “Campo Grande da Picada de Goiás”. Outra coisa que não se pode determinar, com absoluta certeza, é a origem deste atual nome da cidade.
A origem mais difundida está amparada na religiosidade; o nome Oliveira surgiu em homenagem à santa católica “Nossa Senhora da Oliveira”. Em Portugal, Nossa Senhora da Oliveira era invocada como padroeira dos oficiais confeiteiros, carpinteiros de carruagem e de carros em geral. Erguida a igreja em honraria à santa (por volta de 1785), no interior da matriz foi escrita a seguinte frase em latim: Quase oliva speciosa in campis. Esta frase significa “como a Oliveira no campo dos belos lugares”, o que fazia uma relação do belo cenário paisagístico natural com a santa portuguesa.
Pertencente à antiga comarca do Rio das Mortes, Oliveira passou por vários processos até chegar ao seu formato municipal atual. Após a sequência histórica que vimos, resumidamente, nas seções anteriores, por volta de 1785 o padre Bonifácio da Silva Toledo era o representante da Capela de Oliveira. Em 1798, o padre português Francisco de Paula Barreto inaugura o Curato de Oliveira que, posteriormente, por ele seria dirigido. Neste período, a região já possuía significativa quantidade de fazendas, onde a maioria dos habitantes do Curato residiam, mas aos domingos a população se encontrava no núcleo para participarem da missa dominical obrigatória (SAINT-HILAIRE, 1975).
Em 1832, Oliveira é elevada – pelo decreto de 14 de julho do mesmo ano – à condição de Paróquia, sendo a ela filiados os Curatos de Nossa Senhora da Aparecida do Cláudio e de Nossa Senhora do Carmo da Mata (atualmente Cláudio e Carmo da Mata). Esses dois Curatos farão parte das primeiras células constitutivas do futuro município de Oliveira.
Após seis anos (1838), Oliveira assume o patamar de Freguesia, mas, sem delongas, no dia 16 de março de 1839, Oliveira é elevada à categoria de Vila, pela lei provincial 134. A partir daí, ela assume sua municipalidade tendo sua primeira câmara municipal eleita no mesmo ano.
De acordo com os dados de emancipações extraídos de Furtado (2003), Oliveira emancipou-se do então município de Tiradentes em 1938 assumindo, geograficamente, ampla forma espacial.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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