Pará de Minas – Igreja Nossa Senhora das Graças
A Igreja Nossa Senhora das Graças, de Pará de Minas-MG, foi construída de 1947 a 1958, e é atualmente o templo religioso mais antigo da cidade.
Prefeitura Municipal de Pará de Minas-MG
Nome atribuído: Igreja Nossa Senhora das Graças
Localização: Bairro Nossa Senhora das Graças – Pará de Minas-MG
Laudo técnico
Estado de Conservação
Descrição: Construída de 1947 a 1958, a Igreja Nossa Senhora das Graças em Pará de Minas resguarda a singularidade de ser atualmente o templo religioso mais antigo de Pará de Minas. Sua edificação foi iniciativa do Vigário Padre José Viegas da Fonseca, contando com os préstimos incansáveis de José Odorico de Aguiar e do pedreiro Job Viegas Viana. O engenheiro responsável foi o Dr. Antônio do Carmo Pinheiro e o projetista foi José Moreira Mendonça. O nome da igreja foi escolhido logo após o misterioso aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora das Graças em meio aos tijolos, durante sua construção. Ao ver a imagem, ouvir o relato do acontecido e discutir com os presentes, Padre Viegas concluiu que “a casa é dela” e a igreja passou a ser de Nossa Senhora das Graças. Padre Libério, figura muito querida na região, chegou a Pará de Minas em 1965 e muito contribuiu para que a igreja se tornasse um ponto de romaria de fiéis, que vinham em busca de suas bênçãos. Em 17 de abril de 1966, a igreja passou a pertencer à recém criada Paróquia de São Francisco. A edificação religiosa na parte alta da cidade possui na fachada principal escadaria que sugere aspecto monumental, com forma cônica em planta, conduzindo de forma convidativa o fiel frequentador à portada de acesso com marco reentrante encimado por arco ogival composto por duas folhas de madeiras geometricamente almofadadas, tudo centrado em relação à fachada principal. O volume obtido é suavemente compacto com modesta alusão neogótica, na busca de depuração do estilo numa simplicidade art déco, resultando ecleticamente forma objetiva com densidade volumétrica. A única torre que arremata o todo volumétrico se dispõe centrada em relação à fachada frontal e se desenvolve em base quadrada, encimada por cobertura de alvenaria, conformando uma pirâmide aguda encimada por cruz latina, tencionando as tendências neogóticas ao longo das paredes de sustentação das quais são aritmeticamente compostas por esquadrias metálicas de pequenas janelas nas quatro faces da torre e que permitem a propagação do som ao badalar do sino, doado gentilmente pelo Governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Milton Campos. As fachadas, apesar da simplicidade estilística, privilegiam a fachada frontal, onde além da portada ogival centrada, único acesso frontal da Igreja, sobre a qual eleva demarcação protuberante que se estreita ascendentemente até atingir a torre central, de forma estilizada, definindo janela centrada com peitoril estilizado com moldura neoclássica, correspondentemente ao coro interno da nave da Igreja, ao lado da qual, um pouco abaixo, estão inseridas duas laterais, também com peitoril estilizado, longilíneas, de arco ogival, compondo triangulação que rodeia a portada principal. Na torre central encontra-se o relógio, ornato de referência da comunidade. As fachadas laterais possuem duas portas bilaterais, de madeira, com postigo de vidro e bandeira fixa de forma ogival. A Igreja Nossa Senhora das Graças repousa harmoniosamente no alto da Rua Nossa Senhora das Graças, no bairro de mesmo nome.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: O topônimo Pará, segundo opinião do indianólogo Batista Caetano de Almeida e do engenheiro Teodoro Sampaio, significa rio volumoso, caudal, e colecionador de águas, sendo “de Minas” apenas um aditivo destinado a distinguir o município mineiro do Estado do Pará.
Os primórdios da povoação que deu origem à atual cidade do Pará de Minas remontam aos fins do século XVII, quando, em intenso movimento, dirigiam-se para as Minas de Pitangui as “bandeiras paulistas”. No roteiro que acompanhava os rios, lançavam-se os audazes aventureiros em busca do ouro, deixando trilhas aos pósteros.
Em um desses caminhos, nos territórios que se estendem entre os rios Paraopeba e São João, surgiu um ponto de pouso, às margens do ribeirão do Paciência e, nesse local, entre muitos outros, fixou-se o mercador português de nome Manoel Batista, alcunhado o “Pato-Fôfo”, que deliberou, mais tarde, abandonar o comércio que mantinha com os bandeirantes paulistas e explorar uma fazenda existente nas margens do Paciência. Seu apelido, segundo tradição, originou-se do fato de ter aquele português, que era muito gordo, a vaidade de querer passar por homem de grandes posses.
Manoel Batista foi, assim o desbravador da região e um dos seus primeiros moradores, tendo resultado dos seus esforços a construção da primeira capela local, que, em sua homenagem, foi cognominada “Capela de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo” (corrutela de Pato Fôfo). Também o arraial que começou a se formar no local chamou-se, inicialmente “Arraial do Patafufo”.
Fonte: IBGE.
MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
IBGE
Prefeitura Municipal