Paraguaçu – Antiga Caixa d’Água


Imagem: Google Street View

A Antiga Caixa d’Água, de Paraguaçu-MG, foi erigida com uma camada de 10cm de concreto armado para suportar a pressão do líquido mantido nos reservatórios.

Prefeitura Municipal de Paraguaçu-MG
Nome atribuído: Antiga Caixa d’Água
Localização: Av. Dom Bosco, n° 402 – Centro – Paraguaçu-MG

Descrição: O Dr. Pedro Quintino da Fonseca foi um paraguaçuense que, graduado pela Ohio Northern University em 1921, realizou grandes obras em Paraguaçu e por toda a região. Apenas para citar algumas, foi o responsável pela caixa d’água de Elói Mendes, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida e a Usina Hidrelétrica da região (Serrania). O grande diferencial do feitio da Caixa d’Água de Paraguaçu foi a utilização de uma espessa camada de concreto armado – cerca de 10 centímetros de espessura – para conseguir suportar a pressão do líquido mantido nos reservatórios. Esse destaque se faz necessário uma vez que tal material não era difundido à época na região e muitas especulações circularam na cidade fadando a tarefa ao fracasso uma vez que, segundo o pensamento local, assim que fossem inundados os reservatórios as paredes rapidamente cederiam.
Na obra da Caixa d’Água de Paraguaçu, executada em 1926, Pedro Quintino contou com o apoio dos trabalhos do artífice João Rissieri Rosa. Este último, italiano de origem que ainda criança veio para o Brasil, também trabalhou em outras importantes edificações do município, tais como a Igreja Matriz e diversas residências espalhadas pelo centro urbano.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Os índios da tribo “Mandibóias”, que significa “cobra enrolada para o bote”, do grupo tupi-guarani, de nação cataguás, foram os primeiros habitantes do lugar denominado Sertões de São Sebastião, onde futuramente despontaria o Município de Paraguaçu.
Os aborígenes não eram antropófagos, porém, valentes e vingativos, e viviam às margens dos rios Sapucaí e Dourado. A presença dos silvícolas neste lugar foi oficialmente registrada no ano de 1597 por Martim Corrêa de Sá, que percorreu nossa região naquela época, juntamente com Henry Baraway e Antony Kniwet.
Em 1790, foram cedidas duas sesmarias, sendo uma para Agostinho Fernandes de Lima Barata e sua esposa Joana Maria de Oliveira, e outra, ao Capitão Manoel Luiz Ferreira do Prado e sua esposa Tereza Maria de Jesus, ambas localizadas às margens dos rios Sapucaí, Dourado, Machado e do Ribeirão Sossegado, atualmente denominado de Ribeirão do Carmo, onde hoje se constituem as cidades de Paraguaçu e Fama.
O sesmeiro Agostinho Fernandes de Lima Barata, natural de Portugal, da cidade de Góes, Bispado de Coimbra, povoou e cultivou rapidamente suas terras, prestando um dos maiores benefícios ao lugar, ao abrir os caminhos para povoados vizinhos como Elói Mendes (então denominado Morro Preto da Mutuca), Varginha (então denominado Espírito Santo das Catanduvas), Machado (então denominado Santo Antônio do Machado) e Alfenas (Então denominado São José e Dores de Alfenas). Agostinho Barata foi pioneiro ao adquirir e transportar de São Paulo para Paraguaçu-MG a maquinaria destinada à montagem de um engenho em sua propriedade na Fazenda da Mata (atual bairro da Mata), o que consignou enorme evolução da sesmaria pelas grandes lavouras de cana-de-açúcar existentes, pois, somente em 1885 é que a cafeicultura foi introduzida em nosso município.
Em 1805, as terras das sesmarias começaram a ser divididas através das cessões de glebas aos interessados, criando aqui o Curato, por exigência do Juiz de Sesmarias de São João Del Rei, responsável pelas sesmarias da região sul mineira.
O Bispo Dom Mateus de Abreu Pereira, Bispo de São Paulo naquela época, é considerado o edificador da cidade de Paraguaçu pelo seu incondicional apoio e suas exigências quanto à aquisição de terrenos para o patrimônio público, e quanto à construção da capela e do cemitério, para que os habitantes não mais precisassem de realizar batizados, casamentos, sepultamento de seus mortos e missas em Douradinho; decisões pelas quais o lugarejo adquiriu a sua autonomia mínima.
O casal Maria Rosa de São José e Amaro José do Vale doaram as terras necessárias à formação do patrimônio, com a lavratura definitiva da escritura realizada em 17 de outubro de 1825, cuja cópia foi arquivada na Cúria da Diocese de Guaxupé-MG. O Ex-Prefeito Oscar Ferreira Prado , recebeu uma cópia da mencionada escritura de Dom Hugo Bressane de Araújo, Bispo Diocesano da Campanha-MG.
Em 1810 foi iniciada a construção da primeira capela no arraial, onde hoje localiza-se a Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
Texto: Itamar Rodrigues Araújo
Fonte: Prefeitura Municipal.

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