Paraguaçu – Modo de Fazer Licor e Doces de Marolo
O Modo de Fazer Licor e Doces de Marolo foi registrado pela Prefeitura Municipal de Paraguaçu-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Paraguaçu-MG
Nome atribuído: Modo de fazer Licor e Doces de Marolo (Saberes)
Localização: Paraguaçu-MG
Livro de Registro dos Saberes
Descrição: O modo de fazer do licor e dos doces de marolo no município de Paraguaçu, Minas Gerais, por seu valor histórico e cultural, está registrado pelo decreto n° 94, de 11 de dezembro de 2009. Ficando, portanto, inscrito no livro de Registro de Saberes, segundo o número 001, e sujeito à proteção especial, de acordo com a Lei Municipal de 16 de outubro de 2009. Tornando, assim, as receitas do licor e do doce de marolo patrimônio imaterial do município.
O licor de marolo é uma bebida artesanal produzida há um século no município de Paraguaçu. É tido como um dos souvenirs mais procurados por viajantes e por paraguaçuenses, que costumam presentear amigos em suas viagens. É também um dos responsáveis pela manutenção do valor do fruto no município de Paraguaçu e região.
O doce de marolo é elemento típico da produção artesanal de Paraguaçu. Famoso por seu sabor característico, esse doce contribui ainda para a associação da cidade ao fruto, transmitida de geração em geração entre as famílias produtoras. O doce guarda segredos em seu processo de fabricação, o que lhe confere uma aura toda especial. Pode ser indicado como um dos responsáveis pela divulgação da associação Paraguaçu-marolo fora dos limites do município.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Os índios da tribo “Mandibóias”, que significa “cobra enrolada para o bote”, do grupo tupi-guarani, de nação cataguás, foram os primeiros habitantes do lugar denominado Sertões de São Sebastião, onde futuramente despontaria o Município de Paraguaçu.
Os aborígenes não eram antropófagos, porém, valentes e vingativos, e viviam às margens dos rios Sapucaí e Dourado. A presença dos silvícolas neste lugar foi oficialmente registrada no ano de 1597 por Martim Corrêa de Sá, que percorreu nossa região naquela época, juntamente com Henry Baraway e Antony Kniwet.
Em 1790, foram cedidas duas sesmarias, sendo uma para Agostinho Fernandes de Lima Barata e sua esposa Joana Maria de Oliveira, e outra, ao Capitão Manoel Luiz Ferreira do Prado e sua esposa Tereza Maria de Jesus, ambas localizadas às margens dos rios Sapucaí, Dourado, Machado e do Ribeirão Sossegado, atualmente denominado de Ribeirão do Carmo, onde hoje se constituem as cidades de Paraguaçu e Fama.
O sesmeiro Agostinho Fernandes de Lima Barata, natural de Portugal, da cidade de Góes, Bispado de Coimbra, povoou e cultivou rapidamente suas terras, prestando um dos maiores benefícios ao lugar, ao abrir os caminhos para povoados vizinhos como Elói Mendes (então denominado Morro Preto da Mutuca), Varginha (então denominado Espírito Santo das Catanduvas), Machado (então denominado Santo Antônio do Machado) e Alfenas (Então denominado São José e Dores de Alfenas). Agostinho Barata foi pioneiro ao adquirir e transportar de São Paulo para Paraguaçu-MG a maquinaria destinada à montagem de um engenho em sua propriedade na Fazenda da Mata (atual bairro da Mata), o que consignou enorme evolução da sesmaria pelas grandes lavouras de cana-de-açúcar existentes, pois, somente em 1885 é que a cafeicultura foi introduzida em nosso município.
Em 1805, as terras das sesmarias começaram a ser divididas através das cessões de glebas aos interessados, criando aqui o Curato, por exigência do Juiz de Sesmarias de São João Del Rei, responsável pelas sesmarias da região sul mineira.
O Bispo Dom Mateus de Abreu Pereira, Bispo de São Paulo naquela época, é considerado o edificador da cidade de Paraguaçu pelo seu incondicional apoio e suas exigências quanto à aquisição de terrenos para o patrimônio público, e quanto à construção da capela e do cemitério, para que os habitantes não mais precisassem de realizar batizados, casamentos, sepultamento de seus mortos e missas em Douradinho; decisões pelas quais o lugarejo adquiriu a sua autonomia mínima.
O casal Maria Rosa de São José e Amaro José do Vale doaram as terras necessárias à formação do patrimônio, com a lavratura definitiva da escritura realizada em 17 de outubro de 1825, cuja cópia foi arquivada na Cúria da Diocese de Guaxupé-MG. O Ex-Prefeito Oscar Ferreira Prado , recebeu uma cópia da mencionada escritura de Dom Hugo Bressane de Araújo, Bispo Diocesano da Campanha-MG.
Em 1810 foi iniciada a construção da primeira capela no arraial, onde hoje localiza-se a Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
Texto: Itamar Rodrigues Araújo
Fonte: Prefeitura Municipal.
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