Paraguaçu – Paraguassú Hotel
O Paraguassú Hotel, em Paraguaçu-MG, foi tombado por sua importância histórica para a cidade.
Prefeitura Municipal de Paraguaçu-MG
Nome atribuído: Paraguassú Hotel
Localização: Praça Oswaldo Costa, n° 211-217 – Centro – Paraguaçu-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 99, de 27/11/2019
Descrição: –
Fonte: Prefeitura Municipal
Descrição: Curioso fato histórico e também lendário está ligado à História de Paraguaçu. Referimo-nos à existência da Igrejinha do Leva Tapas, localizada no Parque dos Pinheiros, ao lado esquerdo da Avenida Dr. Domingos Conde, no sentido saída da cidade. A Igrejinha lá edificada e existente até nossos dias, não existe por acaso, mas em função de um acontecimento ocorrido naquele lugar.
Hoje, a construção e seu respectivo terreno é considerado Bem do Patrimônio Cultural do Município de Paraguaçu, cujo tombamento denominando-o como Sítio Histórico Leva Tapas, por força do Decreto Municipal Nº 15/2002, de 04 de abril de 2002, foi baixado pelo Prefeito Evandro Barbosa Bueno, sendo este o primeiro bem imóvel de reconhecimento cultural em nossa cidade.
Como lenda, conta-se que quem passava por lá, levava tapas, principalmente à noite; devido ao evento que ali aconteceu; daí a denominação do lugar como Leva Tapas.
Como fato histórico, registra-se no tempo a existência de um romance entre uma jovem de nome Ana Palhão, carinhosamente tratada de Aninha, e um cigano de nome Amâncio Diegues, cujo desfecho teve um final triste e lamentável, que abalou a população do lugar e da região, inclusive, dizem ter influenciado o nome de nossa localidade, quando passou a denominar-se Carmo dos Tocos da Escaramuça ou Carmo da Escaramuça. Manoel Palhão, pai de Aninha, sentindo manchada a honra da família Palhão pelo romance entre ela e Diegues, principalmente porque a filha havia fugido em companhia do cigano violinista e de seu grupo, reuniu mais de dez homens bem armados para atacar o grupo de ciganos que estavam acampados naquele lugar, por considerar aquela gente como gente mal vista ou por próprio preconceito da época. Os homens armados atacaram o grupo de ciganos, que já estavam partindo do Carmo, incendiando seus carroções, atacando-os com foices e tiros, dizimando o bando. Dentre os mortos estavam Aninha e o namorado Diegues, que involuntariamente causaram toda a tragédia, ficando denominada a chacina de escaramuça dos ciganos. Partindo daí, a suposta mudança do nome do lugar para Carmo da Escaramuça ocorreu em virtude do fato acontecido.
Texto: Itamar Rodrigues Araújo
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Os índios da tribo “Mandibóias”, que significa “cobra enrolada para o bote”, do grupo tupi-guarani, de nação cataguás, foram os primeiros habitantes do lugar denominado Sertões de São Sebastião, onde futuramente despontaria o Município de Paraguaçu.
Os aborígenes não eram antropófagos, porém, valentes e vingativos, e viviam às margens dos rios Sapucaí e Dourado. A presença dos silvícolas neste lugar foi oficialmente registrada no ano de 1597 por Martim Corrêa de Sá, que percorreu nossa região naquela época, juntamente com Henry Baraway e Antony Kniwet.
Em 1790, foram cedidas duas sesmarias, sendo uma para Agostinho Fernandes de Lima Barata e sua esposa Joana Maria de Oliveira, e outra, ao Capitão Manoel Luiz Ferreira do Prado e sua esposa Tereza Maria de Jesus, ambas localizadas às margens dos rios Sapucaí, Dourado, Machado e do Ribeirão Sossegado, atualmente denominado de Ribeirão do Carmo, onde hoje se constituem as cidades de Paraguaçu e Fama.
O sesmeiro Agostinho Fernandes de Lima Barata, natural de Portugal, da cidade de Góes, Bispado de Coimbra, povoou e cultivou rapidamente suas terras, prestando um dos maiores benefícios ao lugar, ao abrir os caminhos para povoados vizinhos como Elói Mendes (então denominado Morro Preto da Mutuca), Varginha (então denominado Espírito Santo das Catanduvas), Machado (então denominado Santo Antônio do Machado) e Alfenas (Então denominado São José e Dores de Alfenas). Agostinho Barata foi pioneiro ao adquirir e transportar de São Paulo para Paraguaçu-MG a maquinaria destinada à montagem de um engenho em sua propriedade na Fazenda da Mata (atual bairro da Mata), o que consignou enorme evolução da sesmaria pelas grandes lavouras de cana-de-açúcar existentes, pois, somente em 1885 é que a cafeicultura foi introduzida em nosso município.
Em 1805, as terras das sesmarias começaram a ser divididas através das cessões de glebas aos interessados, criando aqui o Curato, por exigência do Juiz de Sesmarias de São João Del Rei, responsável pelas sesmarias da região sul mineira.
O Bispo Dom Mateus de Abreu Pereira, Bispo de São Paulo naquela época, é considerado o edificador da cidade de Paraguaçu pelo seu incondicional apoio e suas exigências quanto à aquisição de terrenos para o patrimônio público, e quanto à construção da capela e do cemitério, para que os habitantes não mais precisassem de realizar batizados, casamentos, sepultamento de seus mortos e missas em Douradinho; decisões pelas quais o lugarejo adquiriu a sua autonomia mínima.
O casal Maria Rosa de São José e Amaro José do Vale doaram as terras necessárias à formação do patrimônio, com a lavratura definitiva da escritura realizada em 17 de outubro de 1825, cuja cópia foi arquivada na Cúria da Diocese de Guaxupé-MG. O Ex-Prefeito Oscar Ferreira Prado , recebeu uma cópia da mencionada escritura de Dom Hugo Bressane de Araújo, Bispo Diocesano da Campanha-MG.
Em 1810 foi iniciada a construção da primeira capela no arraial, onde hoje localiza-se a Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
Texto: Itamar Rodrigues Araújo
Fonte: Prefeitura Municipal.
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