Poços de Caldas – Palace Hotel


Imagem: Google Street View

O Palace Hotel foi tombado pela Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG
Nome atribuído: Palace Hotel
Localização: Praça Dr. Pedro Sanches – Poços de Caldas-MG
Processo de Tombamento: Processo de Tombamento n° 02/P1

Descrição: Com construção iniciada anteriormente, o Palace Hotel só chegou a ser utilizado para tal fim em 1.930, após sofrer reformas e adquirir o mobiliário necessário ao seu funcionamento. Suas fachadas, envoltas por belos jardins, são guarnecidas por varandas que permitem desfrutar a paisagem local. Desenvolve-se em quatro níveis, em partido retangular, vazado por poços que permitem ventilação e iluminação naturais aos ambientes. O nível térreo, de modo geral, é composto por bares, piscina térmica, salas para jogos, café, refeições e de tv, serviços e jardim de inverno. O primeiro e segundo pavimentos são basicamente divididos em quartos, apartamentos , suítes e serviços. O último pavimento, existente somente no corpo central do edifício, é composto por quartos mais nobres, suítes presidenciais e seus serviços. Internamente, o Palace Hotel distingue-se por ainda manter elementos artísticos e mobiliário originais como a escultura em mármore executado por Botinelli localizada no jardim de inverno , o lavatório do bar, o conjunto de cadeiras da sala de frios, os lustres da sala de jogos , as bandeiras que seguem o mesmo estilo das utilizadas nas Termas , etc.

Eduardo Pederneiras dizia que :
“-Tenho sob a minha direção os seguintes trabalhos: A reforma do atual Palace Hotel, construído e não acabado, há poucos anos, verdadeiro monstro de arquitetura, encravado entre dois edifícios já existentes, em estilo, muito diversos que formam um conjunto muito desagradável. O Palace-Hotel será transformado em sua fachada e no seu interior. Do estilo atual, próprio para quartel, passará a ter o agradável aspecto dos hotéis da Suíça, com bonitas sacadas em balanço, jardineiras floridas, largos alpendres sustentados por arcadas graciosas, enfim terá o estilo apropriado a um hotel de uma cidade de aguas situada na montanha. O seu interior, a começar pela recepção que será muito ampla, comunicando-se com o grande salão de jantar e com o salão de festas, terá todo ele uma decoração sombria e elegante. Os salões com grandes janelas darão para frente do hotel onde sedes cortinará um belíssimo parque.
Fonte: @patrimoniospocosdecaldas.

Descrição: O Palace Hotel tem uma longa e memorável história para contar. Inaugurado na década de 30, o prédio foi construído como parte de um conjunto arquitetônico composto ainda por Palace Casino e Thermas Antônio Carlos. O projeto grandioso e cheio de bom gosto, que foi idealizado pelo arquiteto carioca Eduardo Pederneiras, prometia transformar Poços de Caldas em uma das maiores e mais frequentadas estâncias hidrominerais das Américas.
Todo o processo de construção foi de uma rapidez surpreendente, mesmo com alguns desacordos pelo caminho. Realizada em duas etapas, a obra teve início com Cia. Melhoramentos, empresa responsável por diversas construções no período de desenvolvimento de Poços de Caldas. Mais tarde, pela falta de recursos, a companhia acabou falindo e a execução foi assumida e concluída pelo Governo de Minas Gerais por ordem do então Governador Antônio Carlos.
Com a cidade tomada pelo glamoroso clima europeu e as roletas de jogos a todo vapor, o Palace Hotel abriu as portas e já nasceu como um dos maiores e mais luxuosos hotéis de toda a região. De início, foi repassado à iniciativa privada sendo arrendado por Vivaldi Leite Ribeiro, mas, após um grave desentendimento com o novo Governador Benedito Valadares, Ribeiro foi obrigado a desocupar com todo seu mobiliário, o hotel em apenas 48 horas. Com isso, em 1937, o prédio retornou às mãos do Estado e permaneceu fechado pelos próximos dois anos.
Em 1939, o Palace voltou à ativa sob o comando estatal e, a partir daí, passou a receber inúmeras personalidades ilustres como Chefes de Estado da América Latina, artistas célebres e muitos outros. O Presidente Getúlio Vargas também era visto constantemente circulando pelos luxuosos corredores do hotel acompanhado de sua esposa, Sra. Darci Vargas, que vinha à cidade sulfurosa com frequência para se tratar com as águas medicinais.
Pouco mais de uma década depois, em 1950, o Palace Hotel foi dado em arrendamento pelo período de dez anos às Indústrias Theophilo Cunha. Mais tarde, em 1960, com a criação da Hidrominas, o estabelecimento voltou ao comando do Estado no o Governo de Magalhães Pinto e assim permaneceu até o ano de 1994, quando foi novamente Arrendado, desta vez, assumido pelo Grupo Carlton Plaza, por meio do empresário Paulo Roberto Miguel da Costa. O grupo ainda hoje permanece administrando o hotel, preservando toda a cultura e beleza arquitetônica que envolve o esplêndido lugar.
Em 1989 o Palace Hotel foi tombado pela Constituição do Estado de Minas Gerais, ano em que outros conhecidos complexos do país como Araxá e Serra do Curral, passaram pelo mesmo processo. Atualmente, é reconhecido como um legítimo Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Poços de Caldas pelo que carrega uma belíssima história contada pelo glamour da época em que foi construído.
Fonte: Site do hotel.

Histórico do município: A história de Poços de Caldas começou a ser escrita a partir da descoberta de suas primeiras fontes e nascentes, no século XVIII. As águas raras e com poder de cura foram responsáveis pela prosperidade da cidade quando as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros, que passaram a se dedicar à criação de gado. Na época, 1818, a região onde hoje se situa Poços de Caldas pertencia ao capitão José Bernardes Junqueira. Quando o senador Joaquim Floriano Godoy declarou de utilidade pública os terrenos junto aos poços de água sulfurosa, determinou também a desapropriação do local. O próprio capitão se encarregou de doar 96 hectares de suas terras para a fundação da cidade. O ato foi assinado no dia 6 de novembro de 1872, data em que se comemora o aniversário de Poços de Caldas.

Desde 1886 funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas. Ela se servia da água sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Em 1889 foi fundado, por Pedro Sanches, outro estabelecimento para o mesmo fim, captando água da Fonte Pedro Botelho. Ali, a água sulfurosa subia até os depósitos por pressão natural. O balneário não existe mais. Em seu lugar foram construídas, no final dos anos 20, as Thermas Antônio Carlos, um dos mais belos prédios da cidade.

Em outubro de 1886, Poços recebeu o Imperador Dom Pedro II. Ele veio acompanhado da imperatriz Tereza Cristina para a inauguração de um ramal da Estrada de Ferro Mogiana. Três anos depois a cidade foi desmembrada do distrito de Caldas e elevada à categoria de vila e município. Seu nome tem relação com a história da família real portuguesa. Na época em que foram descobertos os poços de água sulfurosa e térmica, a cidade de Caldas da Rainha, em Portugal, já era uma importante terma utilizada para tratamentos e muito frequentada pela família real. Caldas possui o mais antigo hospital termal em funcionamento no mundo, desde o século XVI. Como as fontes eram poços utilizados por animais, veio o nome Poços de Caldas.

Na década de 40, era dos cassinos, Poços recebia a visita da aristocracia brasileira, que frequentava os salões do Palace Casino e do Palace Hotel. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época, mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.

Entre os artistas que passaram pelo Palace Casino naquela época estiveram Silvio Caldas, Carmem Miranda, Orlando Silva e Carlos Galhardo. Estiveram também em Poços de Caldas personagens ilustres como Rui Barbosa, Santos Dumont, o poeta Olavo Bilac e o romancista João do Rio. Entre os políticos, o interventor de Minas Gerais durante o Estado Novo, Benedito Valadares e o presidente Juscelino Kubitschek, entre outros, foram também presenças constantes.

A proibição do jogo, em 1946, e a descoberta do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo na cidade. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado e os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas a fase ruim foi superada com a mudança de foco no turismo. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração da cidade. Além disso, a cidade abrigou várias indústrias, impulsionando a economia.
Fonte: IBGE.

FOTOS:

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MAIS INFORMAÇÕES:
Site do hotel


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