Porteirinha – Antiga Prefeitura Municipal
A Antiga Prefeitura Municipal de Porteirinha-MG, atual Casa da Memória, foi tombada por sua importância histórica para a cidade.
Prefeitura Municipal de Poté-MG
Nome atribuído: Antiga Prefeitura Municipal
Localização: Praça Getúlio Vargas, nº 37 – Porteirinha-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 588/2002 Retificado pelo Decreto n° 1132/2015
Uso atual: Casa da Memória
Dossiê de Tombamento
Descrição: Edificação construída por volta de 1905, por Manoel Patrício de Souza Gomes, apelidado Nezinho, sendo morada da família até, provavelmente, 1955. Nesse ano a casa passa a ser a sede da prefeitura municipal de Porteirinha, que desde a elevação de Porteirinha à município funcionava na praça da Bandeira (atualmente no local está erguida a casa de nº 93C.
[…]
Edificação que por suas características enquadra-se na arquitetura do período colonial. Desenvolve-se em um partido retangular de um único pavimento disposto no alinhamento da via pública.
O sistema construtivo é uma estrutura autônoma de madeira. Possui cobertura em quatro águas de telhas curvas, tipo capa e bica, sobre estrutura de madeira. Apresenta, ainda, beiral encachorrado arrematado por lambrequim em madeira.
Fonte: Dossiê de Tombamento.
Histórico do município: Pequena clareira no coração das matas que separavam a vila de Mato Verde do município de Monte Azul, bem como do povoado de Riacho dos Machados, servia de pouso aos que vinham do nordeste e do sertão baiano, procurando encurtar a trilha que levava à terminal da estrada de ferro, em Sabará. Uma brecha entre os altos troncos, de um lado e de outro da clareira, lhe servia de acesso. Era como porteiras. Os que para ali se dirigiam em busca de pouso se referiam ao local como Porteirinhas.
Os prováveis primeiros habitantes foram os tropeiros Severino dos Santos, José Cândido Teixeira, Galdino Teixeira, José Antônio da Silva, João Soares, João de Deus, João Pereira e José Miguel, que aqui chegaram nos primórdios do século XVIII. Vieram à cata de ouro. Cessada a febre do metal, tornaram-se senhores de grandes extensões de terras e escravocratas poderosos.
Dedicavam-se à lavoura, empregando os escravos em suas propriedades. As terras estavam nos lugares denominados Gorutuba e Serra Branca. Chamaram ao aglomerado São Joaquim da Porteirinha.
A localização da sede do município se deve ao fato de ser esta a parte que possui melhores terras de cultura e também por ser caminho aberto aos municípios vizinhos.
Há outra versão sobre os primeiros anos da vida da comuna. Alguns habitantes de Nossa senhora da Conceição de Jatobá internaram-se pelos sertões adjacentes e à margem direita do rio Mosquito ergueram as primeiras casas do povoado de São Joaquim da Porteirinha. Isto nos primeiros anos após a proclamação da República. É mais aceita, entretanto, a primeira das versões, supondo-se que, em verdade, nos primeiros anos após a proclamação da República, outros moradores viessem de localidades mais próximas para a povoação já formada, em busca de melhores terras de cultura.
Fonte: IBGE.