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O Palácio Itamaraty, em Rio de Janeiro-RJ, foi encomendado pelo português Francisco José da Rocha, comerciante de café e pedras preciosas. Projeto de José Maria Jacinto Rabello.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Palácio Itamaraty
Localização: Av. Marechal Floriano, nº 196, Centro – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 158-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 8, de 20/07/1938
Uso Atual: Museu Histórico e Diplomático do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro.

Descrição: O Palácio Itamaraty, construído no século passado, foi encomendado pelo Barão e depois Conde de Itamaraty, o cidadão português Francisco José da Rocha, comerciante de café e pedras preciosas. O projeto de construção é atribuído ao Arquiteto José Maria Jacinto Rabello, suas linhas neoclássicas apresentam fachada sóbria, apurada, com dupla ordem de vãos com vergas de plena volta, apresenta no sobrado sacadas corridas e guarda-corpo de serralheria e é encimada por platibanda com vasos que substituíram as primitivas estátuas, flanqueada de dois terraços com balaustrada de pedra de lioz, usada também nos portais, pilastras e cornijas.
O interior do Palácio, apesar das adaptações, apresenta-se com todas as características dos grandes solares do século passado, saguão de acesso ao prédio, que tem dois pavimentos, é decorado com mármores róseos; em suas dependências internas, salões nobres decorados, alguns tetos ricamente estucados apresentam motivos decorativos ligados ao estilo neoclássico: grifos, quimeras, cornucópias, liras, e providos de mobiliário, telas e demais alfaias de grande apuro. A cúpula e o lanternim que encimam a escadaria principal, são um exemplo raro, desse tipo de construção, em residência civil.
Nos fundos da edificação, contornando o grande lago aí existente, foram dispostas construções várias. Em 1889, o prédio foi vendido ao Governo Republicano, servindo à Presidência da República até 1897. Depois, passou a sediar o Ministério das Relações Exteriores até 1960 quando de sua transferência para Brasília. Obras de ampliação foram executadas em 1902, e outras em 1927-1930, quando foi alterado o terraço dos fundos e o salão de banquetes e construído o edifício para biblioteca, mapoteca e auditório, com fachada tratada segundo a ordem jônica.
Atualmente foi transformado, parcialmente, em Museu. No Palácio Itamaraty viveu e faleceu o Barão do Rio Branco. O prédio conservou ainda, o mobiliário e o requinte dos tempos, em que aí funcionava a sede de nossa diplomacia. Sua biblioteca, documentos manuscritos e mapas constituem também, acervo representativo de nosso patrimônio cultural.
Fonte: Iphan.

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