Rio de Janeiro – Prédio da Light
O prédio principal da LIGHT, no Rio de Janeiro-RJ, foi inaugurado em 1911. Sua linhas arquitetônicas mesclam o clássico e o moderno.
PHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Bloco I integrante do conjunto edificado, situado na Av. Marechal Floriano, nº 168 (Prédio da Light)
Localização: Av. Marechal Floriano, nº 168 – Rio de Janeiro-RJ
Número do Processo: 1146-T-1985
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 525, de 13/06/1988
Uso Atual: Centro Cultural da Light
Descrição: No início deste século, mais precisamente em 1904, um grupo de capitalistas canadenses, que já atuava em São Paulo no final do século XIX, no setor de energia elétrica, tendo como representante no Brasil, Alexandre Mackenzie, fundou em Toronto a Rio de Janeiro Light and Power. Com aprovação do Governo Federal e da Prefeitura, a “LIGHT” (como ficou conhecida pela população) inaugurou seus serviços na cidade em 1907 atendendo às necessidades de iluminação urbana e doméstica.
Aos serviços de eletricidade, a Light agregou também aqueles de transportes, antes concedidos às companhias de Carris Urbanos, São Cristóvão e Vila Isabel que administravam os serviços de bonde. Mais tarde incorporou também a Companhia Jardim Botânico.
O prédio principal da LIGHT foi inaugurado em 1911, na então Rua Larga, atual Avenida Marechal Floriano, tendo sido projetado pelo escritório americano F. S. Pearson, com sede em Nova York. Sua linhas arquitetônicas mesclam o clássico, traduzido nos grandes vãos falsas colunas, balaustradas e outros elementos decorativos visíveis em sua fachada, e o moderno na sua estrutura de ferro, linhas simples e acabamento metálico nas esquadrias. Quase todo o material utilizado na obra foi importado dos Estados Unidos da América.
Edificação de estrutura metálica, de três pisos, sua frontaria é revestida no térreo, por cantaria e nos dois andares superiores por elementos de cerâmica cor de areia. Esse revestimento cerâmico forma colunas, pilastras, entablamento, balaústres, pináculos, conferindo à frontaria caráter neoclássico. Marcando a fachada, quatro grupos de duplas colunas ladeadas nos dois extremos por duas robustas pilastras, suportam a extensa cimalha corrida. Todo o conjunto da edificação é característico do período do ecletismo arquitetônico. Duas grandes reformas alteraram o projeto original: na primeira, em 1936, parte do saguão utilizado como acesso à garagem de bondes transformou-se no saguão principal e recebedoria para atendimento ao público, e a segunda, em 1970, quando um mezanino foi construído aproveitando o pé direito do andar térreo para acomodar dependências de escritório, já utilizadas nos dois outros andares do prédio.
O prédio principal, tombado pelo IPHAN em 1988, é, hoje, parte integrante do centro cultural existente na instituição que, ao longo do tempo, agregou também os serviços de fornecimento de gás e telefonia, antes de serem nacionalizados e transformados em empresas.
Fonte: Iphan.
FOTOS:
- Imagem: Google Street View
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- Imagem: Iphan-RJ
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Site da instituição
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