Salto da Divisa – Conjunto paisagístico das Cachoeiras do Tombo da Fumaça


Imagem: Iepha

A formação geológica das Cachoeiras do Tombo da Fumaça no rio Jequitinhonha demorou milhares de anos para se constituir como marco natural.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Conjunto paisagístico das Cachoeiras do Tombo da Fumaça
Localização: Salto da Divisa-MG
Resolução de Tombamento: 11/08/1999
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico
Livro do Tombo Histórico, das Obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos

Descrição: A formação geológica que permitiu o aparecimento das Cachoeiras do Tombo da Fumaça no rio Jequitinhonha demorou milhares de anos para se constituir como marco natural. Estavam situadas em região ocupada até o início do século XX, por uma série de etnias indígenas, do tronco linguístico Macro-Gê, denominadas genericamente de botocudos. O conjunto de corredeiras era um lugar simbólico de referência para a ocupação da região do Jequitinhonha devido ao entrave que significou à navegação e transporte de mercadorias.
Nos primeiros anos do século XIX, o Ouvidor de Porto Seguro instalou um quartel nas imediações do Salto com o intuito de garantir a ocupação e navegação do rio Jequitinhonha bem como inibir o contrabando e ataques indígenas. Entorno do quartel do Salto surgiu a partir de 1808, o povoado denominado Salto Grande atual Salto da Divisa. O rio Jequitinhonha se divide em duas partes: rio de pedra e rio de areia. O trecho onde se situa as corredeiras configurava o ponto extremo do rio de pedras. O afunilamento causado pelos rochedos, obrigando grande volume d’água a seguir pelo estreito corredor, formava uma série de corredeiras e cachoeiras que assombravam os observadores pela violência e beleza. Em 27 de abril de 1998, o prefeito Joaquim Abagaro de Oliveira por meio da lei municipal n.° 080/98, declarou a Cachoeira do Tombo da Fumaça e adjacências coma área de paisagem natural notável.
Em meados do século XIX, foi elaborado o projeto intitulado “Plano de uma parte do Rio Grande de Belmonte ou Jequitinhonha para servir à sua canalização na Província da Bahia” que previa a construção de eclusas que canalizariam o rio Jequitinhonha e permitiriam a navegação de Belmonte até Salto da Divisa. Esse projeto não foi executado. Posteriormente, em 1999, contrariando o tombamento estadual e a proteção municipal foi concedida Licença de Instalação da Usina de Itapebí no Estado da Bahia, determinando a submersão das cachoeiras, importante referencial histórico e paisagístico da cidade e do Estado de Minas Gerais.
Fonte: Iepha.

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