Santa Maria do Suaçuí – Lagoa do Vapabuçú
A Lagoa do Vapabuçú foi tombada pela Prefeitura Municipal de Santa Maria do Suaçuí-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Santa Maria do Suaçuí-MG
Nome atribuído: Lagoa do Vapabuçú (>2ha)
Localização: Santa Maria do Suaçuí-MG
Descrição: A lagoa localiza-se próxima ao espigão da Serra do Espinhaço, na bacia do médio rio Doce e o curso d’água mais próximo é o ribeirão Vermelho. O clima é temperado e a vegetação é de floresta com espécies típicas da Mata Atlântica (vegetação secundária em regeneração) e capim colonião (pastos). O solo é arenoso, bem conservado nas margens, mas apresenta erosão nos topos dos morros, devido ao desmatamento. Espelho d’água com mais de 110ha, natural, com água transparente e fundo arenoso, possui paisagem contemplativa. Encontra-se a 282m de altitude. Citada na literatura e conhecida desde o tempo dos bandeirantes, é tida como o local onde Fernão Dias Paes Leme adquiriu a febre e pode deslumbrar-se com a “serra resplandecente” (Itaberabuçu).
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.
Histórico do município: O desbravamento da região onde esta situado o município de Santa Maria do Suaçuí certamente que foi feito por bandeirantes, pois, segundo Lendas das Terras Mineiras, Fernão Dias Pais Leme, das margens da lagoa Vapabussu se extasiara ao contemplar a “Serra Resplandescente”.
Existe uma lenda entre os habitantes do distrito de Poaia, segundo a qual, Pais Leme, enterra uma porção de ouro e pedras preciosas, entre palmeiras e uma rocha de cristal. Alguns aventureiros lograram alcançar em pequenos botes a margem oposta do majestoso lago, constatando a existência de grandes rochas de cristal, mas em vão tentaram encontrar o tão cobiçado tesouro.
A lagoa de Vapabussu fica a 15 quilômetros da vila de Poaia e a 57 quilômetros da cidade de Santa Maria do Suaçuí.
O arraial de Santa Maria, seu primitivo nome, teve início por volta de 1865, contando 3 casas com cobertura de telha e 6 outras cobertas de palmeira ou sapé.
O capitão Ramalho Pinto, testemunha ocular dos primórdios históricos da atual Santa Maria do Suaçuí, relata no seu diário que os primeiros habitantes do povoado foram: Camilo dos Santos, primeiro doador das terras para a criação d o distrito de Santa Maria de São Félix, Fortunato Chaves, Ana Alves de Oliveira, Francisca Maria da Costa, Manuel Felipe, Meofaldo Floriano, Inhambu e outros. Segundo faz crer, todos eles teriam se dedicado a atividades temporárias, pois, em maioria eram criminosos foragidos da justiça.
Os escritos do capitão Ramalho, que data m de 1865, dizem ainda que, mais tarde surge no povoado um grupo de italianos com suas harpas e “instrumentos exóticos”, tocando e dançando para ganhar dinheiro. Dentre eles, destacava-se o de nome José Baratti que morreu alguns anos depois.
Existia um pouco abaixo do arraial de Santa Maria, um aldeamento de índios botocudos, já quase civilizados, que surgiam sempre na povoação com o objetivo de vender os produtos de suas lavouras, principalmente milho e feijão.
Nessa época pertencia o arraial ao município de Minas Novas. De quando em vez surgia em Santa Maria, o Padre Francisco da Luz, Vigário de Capelinha das Graças, fazendo pregações religiosas e batizando o povo. Em sua companhia vinha, quase sempre, o subdelegado de polícia, coronel Jesuíno Gomes da Silva, trazendo objetos de mascateação, próprios para “enganar os tolos”.
Muito se fala daquele tempo da grande lagoa do Vapabussu e na riquíssima “Serra Resplandescente”, hoje lavra do Cruzeiro.
O distrito de Santa Maria de São Félix foi criado em 1870, segundo uma fonte, e em 1876, de acordo com outra.
Elevação do distrito à categoria de município, com o nome de Santa Maria do Suaçuí, ocorrida em 1923, foi, dentre outros, um dos fatores que contribuíram decisivamente para o progresso da comuna.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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