São Gonçalo do Pará – Igreja Matriz de São Gonçalo


Imagem: Prefeitura Municipal

A Igreja Matriz de São Gonçalo foi tombada pela Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Pará-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Pará-MG
Nome atribuído: Matriz de São Gonçalo
Localização: Praça JK – R. Bonfim – São Gonçalo do Pará-MG

Descrição: A Matriz de São Gonçalo do Amarante traz em sua arquitetura elementos do estilo barroco, construída entre os anos de 1751 a 1755, segundo a história oficial do município e segundo registros da Arquidiocese de Mariana. Seu construtor foi José Oliveira da Costa e sua equipe especializada em construção de igrejas, a equipe era formada por dois carpinteiros, três pedreiros, um pintor, um mestre de obras e alguns serventes, a maioria a ocupar essa função eram escravos. Sua estrutura física é formada por paredes de adobes, apertados em traves de aroeira.  Não possui grandes ornamentos de ouro, sua beleza se encontra na simplicidade e nos detalhes tanto na alvenaria quanto no trabalho em madeira. Já entre suas principais características barrocas, destacam-se as portas com relevo  almofadado, janelas e portas com verga em forma alteada. Há a presença de coro e tribuna, ambos possuem em seu parapeito balaústres torneados em madeira. No altar-mor, há trabalho com certos detalhes em madeira.

Na metade do templo, há dois altares laterais com aspecto de oratório protegidos por uma vidraça, trazendo cada um na parte superior uma grande e bela imagem de Nossa Senhora de Lourdes e de São José. Duas outras imagens merecem ser mencionadas, ambas esculpidas em madeira: o padroeiro São Gonçalo do Amarante e  Nossa Senhora das Dores.

Próximo à porta principal há um para vento ornado de vitrais coloridos. Na parte superior desse para vento está escrito em latim “Domus Dei” casa de Deus…  Há duas torres, uma das quais abriga um enorme sino e outro menor. Na parte externa da mesma torre funciona um relógio.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A criação do povoado de São Gonçalo do Pará teve ligação muito estreita com os surtos revolucionários dos mineradores da  Capitania de Minas Gerais, em 1717. Filipe de Freitas Mourão, português, faiscador de ouro, trabalhava nas minas de Pitangui na época colonial. Por estar envolvido em movimentos revolucionários contra a cobrança de impostos sobre ouro, fugiu junto com sua esposa, Estefânia de Mourão Bravo. Subiram em direção à nascente do rio Pará e encontraram com portugueses fugitivos de Vila Rica (Pero Gonçalves de Amarante e Estácio Campos de Borgonha).

Filipe de Freitas foi convidado pelos portugueses para ser capataz de escravos. Dava ordens nos garimpos e nas roças; depois, saía em busca de vestígio de ouro. Ele e alguns escravos enveredaram pelas matas próximas ao rio Pará explorando o terreno, chegaram a um ribeirão cujas terras onde ficavam suas margens eram boas para o cultivo de plantações. Deram ao lugar o nome de ribeirão dos Morais. Construíram ranchos de pau-a-pique com reboco e recobertos de sapé.

Terminadas as construções no ribeirão, para lá se transferiram em 18 de dezembro de 1723. Entronizaram numa capela recém-construída a imagem de São Gonçalo do Amarante, que traziam em suas bagagens. Era o santo a quem os portugueses tinham uma grande devoção.

Filipe prolongou suas andanças, levando consigo escravos, e chegou a um local com uma grande reserva de madeira de lei. Neste local, iniciaria a formação do primitivo arraial, que futuramente levaria o nome de São Gonçalo do Pará. Em 1735, deram por encerradas todas as construções, inclusive de uma capela com a imagem de São Gonçalo do Amarante. Houve a sugestão de se chamar este local de Pará Acima. Filipe de Freitas afirmou ter feito uma parada naquele local, perto das margens do Rio Pará, quando viera de Pitangui; por isso, o povoado receberia o nome de Paragem do Pará em 7 de setembro de 1735.

De 1751 a 1755, uma nova igreja foi construída no mesmo local da antiga capela, com estilo barroco. Em 1750 o povoado passou a se chamar São Gonçalo do Pará, fazendo referência ao Rio Pará, o mesmo que trouxe os fundadores e hoje é linha divisória do atual município. Em 1870, o arraial de São Gonçalo do Pará foi feito distrito de Pitangui e anexado a Vila de Nossa Senhora da Piedade (Atual Pará de Minas).

Finalmente, a emancipação política veio a ser realizada em 1º de janeiro de 1949.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *