São Gotardo – E. M. Conselheiro Afonso Pena


Imagem: Rafael Pessoa Londe

A E. M. Conselheiro Afonso Pena foi tombada pela Prefeitura Municipal de São Gotardo-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Gotardo-MG
Nome atribuído: Escola Municipal Conselheiro Afonso Pena
Localização: Praça São Sebastião – São Gotardo-MG

Descrição: A praça São Sebastião possuía um grande adro no entorno da matriz, onde foram se instalando ao redor as principais instituições e monumentos da cidade como a primeira escola primária do município, o Grupo Escolar Afonso Pena; o antigo colégio de freiras franciscanas, a Escola Normal Municipal, atual Prédio Amarelo; o cruzeiro de aroeira construído em 1873, patrimônio histórico tombado; e as duas palmeiras plantas por Frei Paulino, não mais presentes na praça.
Fonte: Rafael Pessoa Londe.

Perímetro de tombamento: No entorno da praça há a presença de dois edifícios e um bem religioso tombado que são o Prédio Amarelo (DECRETO N. 057 /2001), a Escola Estadual Conselheiro Afonso Pena (DECRETO N. 61/1999) e a Cruz de madeira (DECRETO N. 062 / 1999) remanescente da antiga igreja localizada na praça. […]
O perímetro de tombamento da Escola Municipal Cel. Afonso Pena se constitui a partir da linha poligonal com início da fachada do Banco Real, quase esquina com a Travessa Alberto Assunção, segue até p2, que coincide com o início da casa Oliveira, quase esquina com a Rua Gerson Duarte Coelho, vai até p3, que coincide com início da fachada do imóvel da Sra. Dora (em frente ao Sindicato) a uns 3m da Praça 14 de julho, vai até o p4 perpendicular a p3, a uns 6 metros da fachada do Fórum, volta até p1.
O perímetro engloba fachadas e altimetrias importantes para se manter a ambiência e as visadas e possui a forma de um retângulo.
Fonte: Rafael Pessoa Londe.

Histórico do município: Nos primórdios do século XIX, Antônio Valadares e Domingos Pereira Caldas, saindo da região de Pitangui em busca de terras de cultura, fixaram-se às bordas da Mata da Corda. O primeiro estabeleceu-se próximo ao atual “Córrego Confusão” e o segundo aposseou-se de terras a quatro léguas de distância do primeiro, no lugar hoje denominado “Campos Domingos Pereira”

Em 1836, proveniente do Arraial de Carrancas, Joaquim Gotardo de Lima e Leonel Pires Camargos, vêm residir no local em que hoje se acha a cidade de São Gotardo, em terrenos de Antônio Valadares. Joaquim Gotardo, adquirindo prestígio ali era, em 1º de agosto de 1837, nomeado Inspetor Interino de Quarteirão. O núcleo populacional cresceu em torno da propriedade de Gotardo e passou a chamar-se “Arraial da Confusão”. Até 1852, chegaram ao Arraial da Confusão, estabelecendo-se nele ou nos arredores, as seguintes pessoas, e quase todas se tornaram no local, tronco de famílias que viriam a desempenhar importante papel no crescimento e desenvolvimento da nova comunidade: José Lopes Ribeiro, Gabriel e Francisco Rodrigues Ribeiro, José Manoel Fonte Boa, Padres João Paulino e Antônio Estevam, uns provenientes de Cajuru, outros vindos de Santo Antônio da Pedra; Gabriel Resende, de Lagoa Dourada; Bernardo Ladeira, de Formiga e Francisco Cunha.

Em um artigo sobre a cidade e o município de São Gotardo, de autoria do Padre José Batista dos Santos, publicado no Semanário “A Luz”, da cidade de Luz, vê-se o nome de “São Sebastião do Pouso Alegre da Confusão”, havendo diante da explicação da origem dos dois nomes. a possibilidade de ter o lugar recebido, ao mesmo tempo, os nomes de “Confusão” e “São Sebastião do Pouso Alegre”.

O território pertenceu primitivamente, ao bispado de Pernambuco. Por volta de 1855, passou ao bispado de Mariana, dando-se, nessa ocasião, o falecimento do Padre João Paulino, ocupando o seu lugar o Padre João Gonçalves de Freitas, que se tornou o primeiro vigário do Povoado.

A povoação que até 1862 pertencia à paróquia de Santo Antônio dos Tiros, foi neste mesmo ano, por Dom Antônio Ferreira Viçoso, elevada à categoria de Paróquia de São Sebastião. Em 1864 começou a ser construída, com a ajuda do povo, a primeira igreja-matriz, no local onde fora erigida a primeira capela. Em 19 de julho de 1872 foi criada a freguesia, sendo, neste mesmo ano, substituído o antigo vigário, padre João Gonçalves de Freitas, por Padre Antônio Teixeira do Carmo.

Em 1873 foi construído o primeiro cemitério do município, no local onde se ergue a atual matriz, que é a segunda.

A vila de São Sebastião do Pouso Alegre teve seu topônimo mudado em 27 de agosto de 1885, para vila de São Gotardo, em memória de Joaquim Gotardo de Lima, considerado o fundador da cidade que, ao que parece, não viveu no lugar pelo resto de sua vida. Não se tem notícia de terem ficado, no município descendentes dele. Tendo pertencido inicialmente ao município de Pitangui, a vila passou deste o município de São Francisco das Chagas do Campo Grande, e depois para o de Abaeté, sendo novamente transferido, em 11 de novembro de 1890, para o município de Carmo do Paranaíba.

Em 1911, com a criação do município de Rio Paranaíba a vila de São Gotardo passou a jurisdição da nova comuna. Em 18 de setembro de 1914, a sede do município de Rio Paranaíba, que ficava na povoação de São Francisco das Chagas do Campo Grande, passando o município a ter este topônimo. A vila de São Gotardo passou a ter foros de cidade em 10 de setembro de 1925.
Fonte: Prefeitura Municipal.


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