São Pedro dos Ferros – Antiga Estação Ferroviária


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

A Antiga Estação Ferroviária foi tombada pela Prefeitura Municipal de São Pedro Dos Ferros-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Pedro Dos Ferros-MG
Nome atribuído: Antiga Estação Ferroviária
Localização: R. Abreu Rios, n° 41 – Centro – São Pedro Dos Ferros-MG

Descrição: A estação de São Pedro de Ferros foi aberta em 1914. Foi ponta da linha por um ano e meio, até a inauguração do trecho que seguia para Matipoó (Raul Soares). Pelo menos até 1980 ainda trafegavam por ali trens mistos, trazendo passageiros para a estação. A estação foi inaugurada em 31 de agosto de 1914. Encontra-se atualmente sem trilhos. Está localizada no Km 517 da Antiga Estrada de Ferro Leopoldina.
Este trecho da Leopoldina na verdade era uma junção de várias linhas isoladas originalmente, construídas em épocas diferentes. O trecho entre Entre Rios (Três Rios e Silveira Lobo foi aberto em 1903 e 1904; o seguinte, até a estação de Guarani, ficou pronto em 1883 e havia sido construído e operado pela Cia. União Mineira, até a entrega à Leopoldina, em 1884; o trecho entre esse ponto e Ligação ficou pronto em 1886, enquanto daí para a frente, até Ponte Nova, foi entregue entre os anos de 1879 e 1886. Entre 1912 e 1926, entregou-se a linha até Matipoó (Raul Soares) e finalmente, em 1931, a linha chegou a Caratinga, de onde não passou. Havia um trem de Barão de Mauá, no centro do Rio de Janeiro, para Caratinga, via Petrópolis, todos os dias, desde que a linha completa foi entregue, em 1931. Sem trens de passageiros desde os anos 80 (em 1980 ainda existiam trens mistos fazendo o serviço de passageiros entre Ubá e Caratinga, vindo de Recreio, na antiga linha-tronco da EFL), a linha foi erradicada em 1994 nos trechos Três Rios-Ligação e Ponte Nova-Caratinga; o trecho intermediário consta até hoje como tendo ‘tráfego suspenso’.
Atualmente o local funciona como depósito agrícola e recebimento de leite dos produtores do Município. Funciona ainda o Escritório local da FUNASA. Não é realizada nenhuma atividade turística até o momento.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Em 1849, chegaram às terras que, mais tarde, vieram a pertencer ao município, os irmãos Silvério, Manoel e José Rodrigues Ferro, que se fixaram com suas famílias na vertente esquerda do rio Santana. Pouco depois, cuidavam eles de separar o patrimônio de uma capela que fizeram erigir sob a invocação de São Pedro. Em torno desta capela, começaram a surgir as pequenas construções, núcleo do futuro arraial. Explica-se, assim, a origem do povoado e do respectivo nome, homenagem aos fundadores, os irmãos Ferro, e ao orago da capela. Em 1980, já o povoado gozava de importância suficiente para ser elevado a distrito e, em 1943, foi o antigo distrito, que pertencera sucessivamente a Ponte Nova e a Rio Casca, emancipado, criando-se o atual município de São Pedro dos Ferros.
Em outro relato, em complementação, O Distrito de São Pedro dos Ferros começou a ser examinado sob o ponto de vista político a partir de 1886. Nesse ano, a situação administrativa do distrito já estava evidenciada, sendo o seu primeiro representante em Ponte Nova, o cidadão Antônio Alves de Carvalho, que tornou-se chefe do Executivo escolhido pelos membros do Conselho Distrital criado em 1892.
Tempos depois, na gestão política de Francisco Martins Pinheiro, São Pedro dos Ferros passou a pertencer ao município de Rio Casca por força da Lei Estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911.
A emancipação político-administrativa data de 31 de dezembro de 1943, Decreto-Lei nº 1.058. O médico Luiz Martins Vieira foi o primeiro prefeito.
Em épocas distantes, bem antes desta zona ser habitada, alguns forasteiros tentaram apoderar-se da mesma fazendo ali as primeiras abertas em plena mata virgem. Imaginavam eles, sendo os primeiros a cultiva-la, conquistariam o direito de posse. Porém, a conquista foi difícil, visto que, tais aventureiros só permaneciam aqui no período da seca, época propícia ao cultivo. Nas chuvas de verão, era comum o aparecimento de doenças tropicais, principalmente o impaludismo (malária). Com o fim da estiagem, fazia-se o plantio das terras anteriormente preparadas. Em seguida, esses aventureiros retornavam aos seus lares, aguardando a nova temporada-a-colheita-ficando as terras entregues ao domínio soberano dos índios aqui existentes, Purís, e dos animais selvagens. Os Purís, segundo relatos existentes, eram inofensivos, medrosos, indolentes. Alimentavam-se basicamente de raízes, frutas silvestres, pesca e caça. Com o surgimento da agricultura próximo às aldeias, passaram a alimentar-se exclusivamente das roças dos agricultores, reduzindo substancialmente a colheita. Conseqüentemente, os forasteiros não mais voltaram aqui com o intuito agrícola.
De um lugar denominado “Freguesia do Arrepiado”, vieram os irmãos Rodrigues Ferro Manoel, Silvério e José, com o objetivo de colonizar as terras (“Córrego São Pedro”) cedidas pelo governo do Estado. Apesar de semi-analfabetos, os irmãos Ferro eram muito inteligentes e empreendedores e aqui chegando trataram de doar 10 alqueires de terras ao núcleo colonial fundado no local em 1849. Daí em diante, começaram a aparecer os primeiros ranchos e pequenas casas de telhas. Desejando homenagear os irmãos-benfeitores, os habitantes decidiram dar uma nova denominação ao povoado: “São Pedro dos Ferros”.
Fonte: IBGE.

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