Sirinhaém – Convento de Santo Antônio


Imagem: Site da instituição

O Convento de Santo Antônio, em Sirinhaém-PE, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Convento de Santo Antônio
Outros Nomes: Convento de Sirinhaém; Residência de São Francisco
Localização: R. São Francisco, s/n – Sirinhaém-PE
Número do Processo: 145-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 140, de 08/07/1940
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 286, de 08/07/1940
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Governo do Estado de Pernambuco
CEC-PE – Conselho Estadual de Cultural de Pernambuco
FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco

Nome atribuído: Convento de Stº Antônio – Sirinhaém
Livro do Tombo: LIVRO Nº II – EDIFÍCIOS E MONUMENTOS ISOLADOS

Descrição: As obras do Convento de Santo Antônio, em Sirinhaém, Pernambuco, remontam à data de 10 de maio de 1630, a pedido dos moradores do local e em terras doadas pela viúva Magdalena Pinheyra em escritura de 7 de maio de 1630. Outras terras foram mais tarde doadas, por escritura de 17 de julho de 1631, e em 20 de janeiro de 1633, pela mesma família.
Sua construção foi interrompida com a chegada dos holandeses ao local, em 1635, quando já possuía de forma definida o corpo da igreja, mas sem a galilé (hoje inexistente) e elementos decorativos. Ficou desabitado até 1649, quando as obras foram retomadas e os frades retornaram ao convento. A reconstrução foi um processo de reformas até meados do século XVIII. Sua fachada original era semelhante à de Ipojuca, com frontispício apoiado na galilé reentrante, com três arcos de pedra lavrada na frente e um arco de cada lado. Em 1700, fundouse
a Ordem Terceira que não constituiu capela própria.
Com a proibição da admissão de noviços nas casas religiosas, em 1855, por parte do Império, o convento entrou em decadência. A torre sineira desabou em 1880, comprometendo o frontispício e a galilé, que foram demolidos e reconstruídos. No ano seguinte, tais obras foram paralisadas e, em decorrência, os telhados desabaram e a igreja ficou quase em ruína.
Em 1893, presume-se que tenha ocorrido o abandono do convento até 1908, quando frades alemães ali se restabeleceram, e fizeram reparos, tais como a criação de celas individuais por meio de divisórias, e reconstrução da fachada, em 1912, para substituir a original demolida em 1880. Essa nova fachada manteve a divisão inicial em três pavimentos. Retiraram a galilé entaipando os vãos laterais, deixando o vão central como porta principal. Uma cimalha reta, marca o segundo pavimento, com as três janelas do coro em arco pleno e com folhas envidraçadas. No terceiro pavimento há um frontão com nicho. Os pináculos e a cruz são simples e geometrizados. Os sinos estão em um compartimento acima da portaria. Nas décadas seguintes construíram uma caixa d’água, banheiros, escada próxima ao claustro, aplicaram piso em ladrilho hidráulico e forraram a nave da igreja, mantendo a integridade do convento (2).
O Convento de Sirinhaém é formado por um conjunto de blocos adaptados à topografia do terreno, construído de alvenaria em pedra e argamassa, com cercaduras em pedras lavradas (cantaria), marcando os vãos de portas, janelas e arcos, arremates de canto e ilhargas nos cunhais e pilastras. Azulejos do século XVIII decoram a nave da igreja, capela-mor e capela da portaria. Nos pisos, tijolerias e ladrilhos hidráulicos marcam a época dos ambientes. Possui forma de quadrilátero, com o claustro em tijoleria no centro, e paredes caiadas. Arcadas de ordem toscanas, encimada por outra galeria mais baixa, de ordem jônica, rodeiam o claustro, que articula os espaços do térreo com a entrada para a igreja de nave única e azulejada, sacristia, sala do lavabo, celas do primeiro pavimento, refeitório, cozinha, e escada para o segundo pavimento. Acima da porta principal fica o coro. Quatro tribunas semi entaipadas dão para a nave, onde dois óculos ajudam a iluminar o ambiente. O arco cruzeiro separa a nave da capela-mor, que também possui tribunas, duas de cada lado. A capela-mor está ornada com azulejos. A sacristia transversal, atrás da igreja e de largura da nave central, possui acesso pela capela-mor e pelo claustro. Seu piso é em tijoleria, e um lavatório de mármore de lioz se faz presente (2).
Fonte: Ana Maria Moraes Guzzo.

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Ana Maria Moraes Guzzo


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