Uberlândia – Casa da Cultura
A Casa da Cultura foi tombada pela Prefeitura Municipal de Uberlândia-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Uberlândia-MG
Nome atribuído: Casa da Cultura
Localização: Praça Cel. Carneiro, nº 89 – Bairro Fundinho – Uberlândia-MG
Decreto de Tombamento: Lei 4.217/1985
Descrição: Além de ser um dos mais importantes patrimônios históricos de Uberlândia, a Casa da Cultura é um espaço aberto à comunidade e utilizado pelos artistas para desenvolver diversos projetos culturais como recitais, apresentações, lançamentos de livros, exposições de arte e ações educativas nas galerias.
A Casa da Cultura foi construída no bairro Fundinho, entre 1920-1924, por Américo Zardo, um dos primeiros italianos radicados na cidade.
O projeto arquitetônico da residência foi inspirado em um palacete paulista que o Coronel Eduardo Marquez (Intendente Municipal, na época), conheceu em uma de suas viagens a São Paulo, de onde trouxe fotografias e desenhos.
Em 1932, o Coronel vendeu o imóvel para o Senhor João de Oliveira Guimarães que o repassou, no ano de 1937, ao Dr. Laerte Vieira Gonçalves. O médico realizou adaptações no imóvel para que funcionasse como uma Casa de Saúde e Maternidade.
Em 1961, o imóvel foi alugado para ser uma Delegacia Regional de Polícia e, em 1972, a Casa abrigou a Superintendência Regional da Fazenda.
No ano de 1984, o governador Tancredo Neves doou o imóvel ao município para que fosse criada a Casa da Cultura, que foi inaugurada em 1985, depois de ser restaurada e tombada como Patrimônio Histórico Municipal.
Após anos sem atividades, em 2005, durante o primeiro mandato do prefeito Odelmo Leão, a Casa da Cultura passou por uma completa revitalização e minucioso processo de restauração.
Em 2007 foi novamente aberta e entregue à comunidade e toda classe artística, para receber e fomentar projetos culturais.
Entre 2018 e 2019, o imóvel passou por um novo processo de restauração no piso, esquadrias e manutenção da pintura.
A partir de 2020, a Casa da Cultura passa a expor uma parte significativa do acervo de obras de arte da Secretaria Municipal de Cultura, que são as gravuras.
A coleção inclui gravuras em metal, xilogravuras e serigrafias, de artistas de renome nacional, como Cícero Dias, Babinski e Henrique Lemes, dentre outros.
A Casa da Cultura resiste ao tempo e se impõe, ligada às reminiscências do ontem e antenada ao processo interativo do hoje.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: A Fazenda São Francisco foi sede da Sesmaria de João Pereira da Rocha, o primeiro morador a fixar residência nesta região no início do século XIX, por volta de 1818. A cidade de Uberlândia se formou em terras desmembradas desta família.
Por volta de 1835, chegaram os irmãos Luiz, Francisco, Antônio e Felisberto Carrejo, que compraram de João Pereira da Rocha as terras para formar as respectivas propriedades: Olhos D’Água, Lage, Marimbondo e Tenda. Ainda hoje elas permanecem na zona rural do município.
Felisberto Alves Carrejo construiu em sua fazenda uma tenda de ferreiro para abrigar as suas atividades profissionais, por isso, sua propriedade ficou conhecida por “Tenda”. Apesar das benfeitorias feitas no local, Felisberto transferiu sua residência para 10 alqueires de terra de cultura, nas imediações do Córrego Das “Galinhas” (Avenida Getúlio Vargas), adquiridos de Dona Francisca Alves Rabelo, viúva de João Pereira da Rocha. Nesta ocasião, esta porção de terra, atualmente Bairro Tabajaras, já era habitada por um pequeno número de pessoas.
Uberlândia é uma cidade que, como muitas, nasceu no entorno de uma capela. Como símbolo de uma comunidade que se pretendia organizada e civilizada, os moradores pediram ao Bispado a permissão para a construção de uma Capela Curada, a ser dedicada à Nossa Senhora do Carmo. Desta forma, construída em adobe e barro nas suas formas mais simples em termos arquitetônicos, ela foi idealizada em 1846.
Para viabilizar a sua construção, os procuradores da obra entraram em entendimento com D. Francisca Alves Rabelo e dela adquiriram, pela quantia de quatrocentos mil réis, cem alqueires de terras de cultura e campo, entre os Córregos Das Galinhas e São Pedro. Todo o Patrimônio foi doado a Nossa Senhora do Carmo e, atualmente, corresponde à parte central da cidade de Uberlândia. O Arraial recebeu então o nome de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro de Uberabinha. Nas proximidades do lugar escolhido para a construção da capela, havia um caminho denominado de “Estrada Salineira”, foi às margens deste caminho que se formou o primitivo núcleo urbano.
Quando o Arraial passou à sede do Distrito, a estrada recebeu o nome de Rua Sertãozinho, posteriormente Rua Tupinambás e, atualmente, denomina-se Rua José Ayube. Como o cotidiano das pessoas era pontuado pela vida religiosa, a Capela abrigava à sua volta uma faixa de terreno que ficou conhecido como “Campo Santo”, nele foram sepultados os primeiros habitantes da Vila.
As raízes da cidade estão em um bairro conhecido hoje por Fundinho. As pequenas e tortuosas ruas que entrecortavam o arraial se formaram ladeadas pela sequência de casas, quintais e antigos muros que emprestaram à geografia urbana o seu sentido.
Por volta de 1861, pouco tempo após sua inauguração, a capelinha foi ampliada e transformou-se na Matriz de Nossa Senhora do Carmo, abrigando até 1941 as principais atividades religiosas da cidade. Em 1943, após a inauguração da imponente Matriz de Santa Terezinha na Praça Tubal Vilela, ela foi demolida e, em seu lugar, foi construído um prédio para abrigar a Estação Rodoviária.
Fonte: Prefeitura Municipal.