Alagoa Grande – Centro Histórico


Imagem: Iphaep

O Centro Histórico de Alagoa Grande, na Paraíba, foi tombado por sua importância histórica e cultural para o Estado.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Centro Histórico de Alagoa Grande
Localização: Alagoa Grande-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 8.312, de 06/11/1979

Descrição: Alagoa Grande, é em sua essência, um espaço de resistência, luta e força. Berço da arte, cultura e
história, esse município centenário teve origem nas terras conhecidas como “Sertão do Paó”, em cujas
proximidades teriam habitado indígenas Cariris no início do século XVIII. A conquista do território se deu
por meio de entradas procedentes do Litoral e do Sertão. A partir de então, foram instaladas, em 1620, as
primeiras casas e fazendas à margem da Lagoa do Paó, que daria nome ao município.
Ainda na segunda metade do século XVIII, o núcleo foi consolidado, com as concessões de terras dadas
a Domingos da Rocha e Isidoro Pereira Jardim, os dois primeiros proprietários e considerados os fundadores
do município. No entanto, embora povoada desde 1847, o Distrito surgiu apenas em 1861, tendo como
padroeira Nossa Senhora da Boa Viagem. Em 1864 se desmembrou da cidade de Areia. Em 1865 foi instalada
como Vila, mas apenas em 27 de março de 1908, foi é elevada à categoria de cidade de Alagoa Grande.
A cidade preservou, ao longo dos anos, características originais do período Colonial na Paraíba, o que
lhe permitiu ter o seu Centro Histórico delimitado e protegido desde 2002, por meio do Decreto n.º 23.551.
Atualmente, o município faz parte de um conjunto de Centros Históricos protegidos pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – Iphaep, por conservar sua memória edificada,
permitindo que atuais e futuras gerações tenham acesso à sua História, marcada pela luta e resistência do
seu povo. Atuante em relação à História da Paraíba, o município fez parte da conhecida Revolta do Quebra-Quilos (1874-1875).
Economicamente, a região se destacou no século XIX não diferente de outros municípios do Estado,
visto que se desenvolveu por meio da agricultura baseada na cana-de-açúcar e mão de obra escrava,
deixando as marcas da opulência dessa época nos casarões coloniais no Centro da cidade.

A chegada da ferrovia é um marco do desenvolvimento da cidade, impulsionando o crescimento
econômico. Outro ponto de destaque foi a instalação da Usina Tanques, que contribuiu economicamente ao
aumentar a produção dos derivados da cana de açúcar. A partir do momento que a economia crescia, os seus
registros se fizeram presentes, nos casarões que simbolizam a grandeza do município e constituem a
formação da cidade. Dentre as construções imponentes, destacamos: a Igreja Matriz de Nossa Senhora de
Boa Viagem e o Teatro Santa Ignez, o terceiro mais antigo da Paraíba. A Escadaria do Cruzeiro do Sul é
mais um dos inúmeros patrimônios culturais do município, visto que no alto da escadaria é possível
contemplar a cidade. Para além do patrimônio edificado, material, de pedra e cal, Alagoa Grande é um espaço
de personalidades como a sindicalista Margarida Maria Alves e o músico Jackson do Pandeiro, ícones da
história de luta e resistência social e polıtica.
Alagoa Grande destaca-se com belezas naturais, artísticas e culturais, proporcionando ao município
um grande potencial turístico histórico e ecológico. Dessa forma, integra, a Rota Cultural Caminhos do
Frio. Além de um clima agradável, contempla seus visitantes com cultura, artesanato, gastronomia e pontos
turísticos, como a Casa de Margarida Maria Alves, a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Boa Viagem, o
Engenho da Cachaça Volúpia, Memorial Jackson do Pandeiro, Teatro Santa Ignez, Subida ao Cruzeiro de
Alagoa Grande e Monumento Jackson do Pandeiro.
Fonte: Iphaep.

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Iphaep
Manasses Freitas Cabral


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