Barra do Piraí – Fazenda São Luiz da Boa Sorte


Imagem: Inepac

A Fazenda São Luiz da Boa Sorte em Barra do Piraí-RJ foi tombada por sua importância cultural para a cidade.

INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Fazenda São Luiz da Boa Sorte. Rodovia Lucio Meira BR-343, km85, Barra do Piraí
Localização: Rodovia Lucio Meira BR-343, km85 – Barra do Piraí-RJ
Tombamento Provisório: 30/12/2008
Processo de Tombamento: E- 18/1.868/2008

Descrição: A Fazenda São Luiz da Boa Sorte localiza-se às margens da BR-393 e do Rio Boa Sorte. A casa-sede fica muito próxima à rodovia e foi construída em um grande platô, elevado cerca de 5m em relação ao seu entorno, dominando, desta forma, a visão de grande parte da fazenda.
Do jardim em frente à construção, descemos por uma escadaria de pedra em dois lances até a alameda de palmeiras imperiais, simetricamente plantadas à frente da entrada principal, atualmente não utilizada, que cria uma atmosfera majestosa e monumental.
Na lateral direita encontramos um açude bastante degradado; edificações que correspondem a um estábulo; silo; galpão de rações e máquinas; currais e piquete para bovinos; além de vestígios arqueológicos em cantaria. Na lateral esquerda estende-se uma longa faixa com várias edificações, como casa de hóspede; casa de morador; currais; piquetes; uma grande construção correspondente a um haras e, por último, a Capela de São Luiz, a casa paroquial e ruínas correspondentes à sede de outra fazenda, provavelmente a antiga Fazenda São Luiz.
Uma construção típica da segunda metade do século XIX, com um pavimento sobre porão alto semi-enterrado, possuindo planta retangular com pátio interno central, a descoberto. O acesso é feito através de uma escada dupla central, pela qual é possível acessar o patamar de entrada e um avarandado protegido por caixilharia de vidraças com desenho elaborado. Nesse local, observamos o belo jardim na frente da casa e parte da paisagem do entorno, bem como a rodovia BR-393. A partir da varanda tem-se acesso às partes sociais da casa e à circulação das partes íntimas.
Seqüente ao acesso principal, temos uma sala central principal, ladeada por corredores que funcionam como circulações. O corredor ao fundo permite o acesso ao pátio e à ala esquerda; o corredor à esquerda permite o acesso a três salas; e o corredor à direita possibilita o acesso às salas que ladeiam um corredor lateral e a parte de serviços ao fundo.
Pelas plantas pesquisadas nos arquivos do INEPAC – croquis do Sr. Silva Telles –, percebemos que a planta sofreu algumas modificações, internas e externas, quanto à configuração espacial. Atualmente, a casa passa por reformas, que modificarão a função de alguns cômodos e seus fluxos.
Os beirais possuem cachorros simples, com terminações em peito de pombo nas extremidades.
Os vãos de portas e janelas apresentam esquadrias em verga reta, porém com uma variação de modelos de esquadrias muito grande. Nas janelas da fachada principal, folhas duplas com guilhotinas e a folha superior em vidro trabalhado com seus caixilhos em arco pleno. Na fachada lateral esquerda, folhas externas duplas com guilhotinas e folhas internas enrelhadas. Na fachada lateral direita, folhas externas com duplas guilhotinas, e folhas internas almofadadas (no pavimento superior) e almofadadas (no pavimento térreo). Nas janelas voltadas ao pátio interno há folhas externas em guilhotina com folhas internas enrelhadas (lado esquerdo) e almofadadas (lado direito).
As portas do pavimento superior, tanto as externas quanto as internas, possuem bandeiras com vidro trabalhado e folhas almofadadas. A porta principal apresenta folhas de madeira e vidro, e as portas-balcão na fachada lateral direita são guarnecidas por gradil em ferro trabalhado. As portas do pavimento térreo são enrelhadas, com exceção de duas no lado esquerdo da fachada principal.
Como elementos decorativos e ornatos a mencionar, destacam-se as colunas na fachada, que foram modificadas quanto à forma e aos materiais, bem como a escada principal.
A casa-sede sofreu uma série de modificações ao longo dos anos, o que dificulta uma leitura apurada dos sistemas construtivos e dos materiais utilizados na construção. Pode-se afirmar, pelo encontrado na edificação ou nas ruínas e vestígios ao longo da propriedade, que o embasamento original era em baldrame de pedras, as estruturas verticais e horizontais (esteios, barrotes e madres) em madeira, e os vãos em pau-a-pique, recebendo esquadrias (portas e janelas) em madeira — tabuadas e almofadadas.
O piso interno era em tabuado de madeira e apenas o pátio interno recebeu lajes de cantaria, bem como o chafariz (bica), todo executado em cantaria. As telhas tipo capa e canal com caimento em duas águas possuem beirais acachorrados protegidos por cimalha lisa em estuque.
Fonte: Inepac.

CONJUNTO:
Barra do Piraí – Fazenda Espuma
Barra do Piraí – Fazenda Ponte Alta
Barra do Piraí – Fazenda Ribeirão Frio
Barra do Piraí – Fazenda São Luiz da Boa Sorte
Itaperuna – Fazenda São Domingos
Paraíba do Sul – Fazenda Maravilha
Paraíba do Sul – Fazenda Santo André
Rio das Flores – Fazenda da Forquilha
Valença – Fazenda Santa Rita
Valença – Fazenda Santo Antônio do Paiol
Valença – Fazenda São Paulo
Valença – Fazenda Vista Alegre

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Inepac


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