Belém – Reservatório Elevado em Estrutura Metálica [DEMOLIDO]


Imagem: Marina Fonseca Ramos

O Reservatório Elevado em Estrutura Metálica, em Belém, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Belém: Área Portuária, Edifício-Sede da CDP, Reservatório Elevado em Estrutura Metálica e Monumento a Pedro Teixeira
Localização: Reduto e Campina – Belém-PA
Data de Tombamento: 15/06/2000

Descrição: Durante o Governo de Paes de Carvalho, a Comissão de Saneamento do Estado encomendou à usina metalúrgica da empresa “Boudet, Donon & Cia”, de Paris, a fabricação em ferro fundido do reservatório que abasteceria de água os bairros da Campina e Cidade Velha. O projeto da obra ficou sob responsabilidade do fabricante.
A localização escolhida para a construção do reservatório foi o ponto mais elevado dos bairros da Campina e Cidade Velha na cota de 11 metros, como pode ser observado no mapa de Edmund Compton levantado em 1881.
Após a definição do local da construção, o governo promoveu a desapropriação dos prédios localizados na área escolhida, sendo desde a escavação da fundação feita de acordo com as plantas vindas de Paris. A primeira parte da encomenda chegou em 1900, pelo navio a vapor “Valesia”, vindo da França, com “702 volumes, pesando 206:585 quilos”.
Posteriormente, outros volumes descarregaram em Belém, vindos nos navios “Croatia” e “Hungaria”, com 890 volumes e pesando 234:904 quilos.
Em 1901, com o fim do governo de Paes de Carvalho, todo o material importado, até aquele ano, permaneceu por tempo considerável no porto da cidade. O governo de Augusto Montenegro iniciou em 1902 e em dezembro de 1904 foram retomados os estudos para a montagem do reservatório. Em janeiro de 1905, teve início o serviço de alvenaria, e em fevereiro de 1906 começou a montagem do Reservatório, orçada em 291:882$000. Em mensagem do governador Augusto Montenegro dirigida ao Congresso Legislativo do Pará em 7 de setembro de 1905, informa:
Em Dezembro de 1904 começaram-se os trabalhos das fundações do reservatório da rua Lauro Sodré, canto da travessa 1º de Março. começando-se pelo alargamento das escavações, que não estavam concluídas: em janeiro deu-se início ao serviço de alvenaria que está concluído, restando agora dar-se começo a montagem dos próprios reservatórios para o que mandei fazer o respectivo orçamento. Gastou-se nas fundações do tanque da travessa 1º de Março a quantia de 84:800$000 e 4.215 barricas de cimento que o Governo forneceu.
Além das peças encomendadas da França, Augusto Montenegro encomendou um gradil com um portão monumental de Glasgow, na Escócia, dos fabricantes Walter Macfarlane & Cia “para dar um aspecto ainda mais atraente e grandioso ao conjunto”. O engenheiro Inocêncio Holanda de Lima foi o responsável pela organização do orçamento e planos de construção e o engenheiro Francisco Bolonha pela direção do serviço.
Fonte: Marina Fonseca Ramos.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

CONJUNTO:
Belém – Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Belém
Belém – Edifício-Sede da CDP
Belém – Reservatório Elevado em Estrutura Metálica
Belém – Monumento a Pedro Teixeira

MAIS INFORMAÇÕES:
Marina Fonseca Ramos


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