Dois Irmãos – Casa Kolling 2


Imagem: Google Street View

A Casa Kolling foi tombada pela Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS
Nome Atribuído: Casa Kolling
Localização: Av. São Miguel, n° 555 – Dois Irmãos-RS
Decreto de Tombamento: Portaria municipal de tombamento n° 116/2003, de 11 de abril de 2003.
Observação: Funcionava como escola.
Fonte: Equipe iPatrimônio.
Ficha de inventário – Compac

Importância: O bem se destaca por apresentar valor nas seguintes Instâncias:
1 – Instância Cultural: Enquanto referência histórica; pelo valor de antiguidade; pelo valor tradicional para a comunidade e pelo valor de referência coletiva;
2 – Instância Morfológica: Valor arquitetônico: pela qualidade formal, Valor pela referência historiográfica; Valor pela raridade formal; Valor como elemento referencial na paisagem urbana;
3 – Instância Funcional: Compatibilização com a estrutura urbana e pela permanência dos usos originais nas estruturas existentes.
4 – Instância Técnica: Valor pelo risco de desaparecimento e Valor pelo bom estado de conservação;
5 – Instância Paisagística: Valor pela compatibilização com a paisagem urbana; Valor pelo conjunto de unidades – estruturação do cenário da quadra e Valor como elemento referencial.
6 – Instância Legal: legislação de preservação em nível municipal (Lei de Tombamento e Zoneamento em Plano Diretor).
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Descrição: A casa pertenceu ao casal Antonio Kolling e Guilhermina Becker Kolling, que tiveram oito filhos – Carlos Nicolau, Rosa Hilda, Aloisio (que foi ecônomo da Sociedade Atiradores), Bruno, Lucia, João Albino, Urbano e Frederico Hugo. No período de 1959 a 1963 foi realizado o inventário de desmembramento das terras e as irmãs Rosa Hilda e Lucia permaneceram com as edificações. O imóvel que ficou de propriedade de Lucia era a edificação da antiga cozinha da residência, e a mesma recebeu para que cuidasse de seus pais já idosos. Ali estava também instalado um quarto de costura, pois Antonio exercia o ofício de Alfaiate. Posteriormente foi vendida para Nilo Boettcher e quando da construção do atual edifício que se encontra ali a casa foi demolida.
A edificação que existe até hoje originalmente possuía sala, três quartos e um quarto no sótão, havia também um corredor de passagem que ligava aos fundos. Após ser de propriedade de Rosa Hilda, a mesma vendeu para Jorge Kirst na década de 1970, nesta época a edificação teve fins comerciais: na sala da frente havia o estúdio do “Foto Dois Irmãos” e foi aberta uma porta na fachada lateral para a instalação de uma barbearia.
O último proprietário vendeu para a Construtora que realizou o empreendimento que existe até hoje.
Heriberto Kolling relata que na propriedade de seus avós havia um galpão com estrebaria para que as pessoas deixassem os seus cavalos quando vinham às missas, e aqueles que vinham a pé traziam outros calçados para trocarem, lavando seus pés ali. Também todos os seus tios desempenhavam a função de agricultores, pois o lote de cerca de 33 hectares que fazia divisa com a Picada dos Nabos (atual Sapiranga) eram cultivadas parreiras e hortas com diversas leguminosas, que eram até vendidas para visitantes de Porto Alegre e região.
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Histórico do município: Município integrante do Vale do Rio Feitoria, afluente do Rio Caí, sua história está ligada à colonização alemã no Estado, parte da antiga Colônia de São Leopoldo, instalada em 1824. Dois Irmãos recebeu os primeiros colonos a partir de 1825, entre eles Pedro Baum e família, lavrador e sapateiro, do Hunsrück.
A leva mais significativa de colonos imigrantes que ocuparam parte dos 249 lotes da “Linha Grande de Dois Irmãos”, foi a dos ex-náufragos do navio Cecília. O veleiro partiu do porto de Hamburgo em 1827 e surpreendido por uma tempestade no Canal da Mancha. Parcialmente destroçado, o navio com seus passageiros foi abandonado por seu capitão e pela marinhagem, ficando sem rumo até ser encontrado por um barco inglês que o conduziu para Plymouth, na Inglaterra. Aí permaneceram por cerca de dois anos, aguardando a definição de seus destinos. Aportaram no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1829, dia de São Miguel. Conta a tradição que em homenagem ao Arcanjo estabeleceram essa data como seu marco fundante. Até hoje ela é comemorada no “Michelskerb”, Kerb de São Miguel.
Em 1832 os colonos católicos inauguraram a capela em honra a São Miguel. O lugar onde foi erguido o templo é, provavelmente, o mesmo onde a partir de 1869 foi construído o outro, com traços góticos, concluído em 1880, que hoje se encontra a Antiga Igreja Matriz de São Miguel, tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Prefeitura Municipal


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