Dois Irmãos – Casa Konrath


Imagem: Google Street View

A Casa Konrath foi tombada pela Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS
Nome Atribuído: Casa Konrath
Localização: Av. São Miguel, n° 1619 – Dois Irmãos-RS
Decreto de Tombamento: Portaria municipal de tombamento n° 116/2003, de 11 de abril de 2003.
Ficha de inventário – Compac

Importância: O bem se destaca por apresentar valor nas seguintes Instâncias:
1 – Instância Cultural: Enquanto referência histórica; pelo valor de antiguidade; pelo valor tradicional para a comunidade e pelo valor de referência coletiva;
2 – Instância Morfológica: Valor arquitetônico: pela qualidade formal, Valor pela referência historiográfica; Valor pela raridade formal; Valor como elemento referencial na paisagem urbana;
3 – Instância Funcional: Compatibilização com a estrutura urbana e pela permanência dos usos originais nas estruturas existentes.
4 – Instância Técnica: Valor pelo risco de desaparecimento e Valor pelo bom estado de conservação;
5 – Instância Paisagística: Valor pela compatibilização com a paisagem urbana; Valor pelo conjunto de unidades – estruturação do cenário da quadra e Valor como elemento referencial.
6 – Instância Legal: legislação de preservação em nível municipal (Lei de Tombamento e Zoneamento em Plano Diretor).
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Descrição: A Casa Konrath teve como primeiro proprietário o agricultor Balduíno Konrath casado inicialmente com Idalina que faleceu em 1908 logo após o nascimento de duas filhas gêmeas. Larissa Weber, sobrinha neta de Balduíno, relata que sua avó Hulda Konrath Holler passou a cuidar destas meninas após o fato, zelando por seus cuidados e criação. Posteriormente, Balduino casou com Clementina com quem teve mais quatro filhos. Balduíno era muito conhecido na comunidade, sendo uma referência na resolução ou intermediação de problemas que surgiam na época. O lote original da edificação possuía vários hectares, tendo seu limite na localidade de Picada Verão, havia plantação de diversas culturas além de uma atafona que produzia farinha de mandioca, também utilizavam de uma cisterna.
A edificação foi construída no ano de 1922, conforme visualizamos em sua fachada, e segundo o relato de Larissa Weber Balduino morou nela até falecer, no ano de 1967. Os segundos proprietários foram Waldo Konrath e herdeiros, que colocaram o imóvel para locação de moradia e posteriormente a casa permaneceu por alguns anos desocupada e à venda.
Foi então que o casal Larissa Weber e Darci Lothar Weber adquiriram e realizaram uma reforma, onde realizaram algumas modificações como a escada que dá acesso para o sótão, originalmente ela era mais íngreme; foram substituídos piso e forro, onde identificou-se a existência de um poço de água inativo no primeiro cômodo, as telhas foram lavadas. Larissa relata que na edificação havia três quartos, sala e sala de jantar, também uma edificação que constituía a cozinha, mas que era isolada da casa principal e estava nos fundos da mesma.
Atualmente a edificação é alugada pela Prefeitura Municipal de Dois Irmãos e é conhecida popularmente como “Casa Rosa”, ali se encontram as instalações da reserva técnica do Museu Histórico Municipal e de arquivos do Departamento de Cultura, entre outras instalações.
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Histórico do município: Município integrante do Vale do Rio Feitoria, afluente do Rio Caí, sua história está ligada à colonização alemã no Estado, parte da antiga Colônia de São Leopoldo, instalada em 1824. Dois Irmãos recebeu os primeiros colonos a partir de 1825, entre eles Pedro Baum e família, lavrador e sapateiro, do Hunsrück.
A leva mais significativa de colonos imigrantes que ocuparam parte dos 249 lotes da “Linha Grande de Dois Irmãos”, foi a dos ex-náufragos do navio Cecília. O veleiro partiu do porto de Hamburgo em 1827 e surpreendido por uma tempestade no Canal da Mancha. Parcialmente destroçado, o navio com seus passageiros foi abandonado por seu capitão e pela marinhagem, ficando sem rumo até ser encontrado por um barco inglês que o conduziu para Plymouth, na Inglaterra. Aí permaneceram por cerca de dois anos, aguardando a definição de seus destinos. Aportaram no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1829, dia de São Miguel. Conta a tradição que em homenagem ao Arcanjo estabeleceram essa data como seu marco fundante. Até hoje ela é comemorada no “Michelskerb”, Kerb de São Miguel.
Em 1832 os colonos católicos inauguraram a capela em honra a São Miguel. O lugar onde foi erguido o templo é, provavelmente, o mesmo onde a partir de 1869 foi construído o outro, com traços góticos, concluído em 1880, que hoje se encontra a Antiga Igreja Matriz de São Miguel, tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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