Pilar – Engenho Corredor


Imagem: Prefeitura Municipal de Itambé-PB

No Engenho Corredor, em Pilar-PB, nasceu o escritor José Lins do Rego Cavalcanti, no dia 3 de julho de 1901.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Engenho Corredor, Casa de Purgar, Casa Grande, Engenho, Casa de Morador e Depósito
Localização: Engenho Corredor, s/n – Pilar-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 20.137, de 02/12/1998

Descrição: José Lins do Rego Cavalcanti nasceu no dia 3 de julho de 1901, no Engenho Corredor em Pilar, PB, faleceu em 12 de setembro de 1957 no Rio de Janeiro, RJ. Filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti, foi criado no engenho Corredor, de propriedade do avô materno, esse o criara devido à morte precoce da mãe.

O romancista, jornalista e cronista, José Lins do Rego ingressou no Internato Nossa Senhora do Carmo aos oito anos e lá permaneceu por três anos. Por volta dos 17 anos teve contato com obras de Raul Pompéia e Machado de Assis.

Em 1919, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e passou a escrever uma coluna para o jornal “Diário da Paraíba”, se formou em 1924. Nesse período, ampliou seus contatos com o mundo literário. No ano de 1924 casou-se com Filomena Masa Lins do Rego, em 1925 tornou-se promotor em Manhuaçu (MG), já em 1926 mudou-se para Alagoas onde se tornou fiscal de bancos e de consumo.

Em Alagoas teve contato com diversos escritores como Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz. Publicou seu primeiro livro em 1932, Menino de Engenho, que se tornou grande sucesso, posteriormente publicou Doidinho (1933). Após o sucesso de suas publicações, o editor José Olympio lhe propôs uma edição de 10 mil exemplares para o próximo romance.

Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a escrever para jornais e foi secretário da Confederação Brasileira de Desportos (1945 – 1954). No ano de 1936, publicou Histórias da Velha Totonha, seu único livro infantil. Suas obras começaram a ser traduzidas em vários idiomas. O romance Fogo morto (1942) é reconhecido como sua obra-prima.

O escritor consagrou-se como romancista da decadência dos senhores de engenho e como mestre do regionalismo. Em 1953, publicou seu último romance: Cangaceiros. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras em 1956, nesse mesmo ano publicou Meus Verdes Anos (livro de memórias). Morreu em 1957, aos 56 anos, vítima de um problema hepático.

Suas principais obras são: Menino de Engenho (1932); Doidinho (1933); Bangüê (1934); O Moleque Ricardo (1935); Usina (1936); Pureza (1937); Pedra Bonita (1938); Riacho Doce (1939); Água-mãe (1941); Fogo Morto (1943); Eurídice (1947); Cangaceiros (1953); Meus Verdes Anos (1953); Histórias da Velha Totonha (1936); Gordos e Magros (1942); Poesia e Vida (1945); Homens, Seres e Coisas (1952); A Casa e o Homem (1954); Presença do Nordeste na Literatura Brasileira (1957); O Vulcão e a Fonte (1958); Dias Idos e Vividos (1981).
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: O povoamento do atual Município foi iniciado em fins do século XVII, encontrando ali os holandeses, em 1630, fazendas de criação de gado.
Em 1670, Jesuítas, acompanhados pelos índios Cariris, fundaram um colégio. Em torno do mesmo, formou-se o povoado, cuja população era constituída principalmente de garimpeiros, que para ali se deslocavam em busca do ouro existente.
Em 1758, o Governo da Metrópole, sentindo a falta de braços para a lavoura, determinou a suspensão da indústria aurífera, transformando-se, então, a cana-de-açúcar, na principal atividade econômica da região.
A produção de açucareira trouxe grande prestígio para Pilar, em virtude dos inúmeros engenhos distribuídos pelas várzeas e baixios do território, tanto que, em 1859, teve a honra de receber a visita do Imperador D. Pedro II, hospedado no solar do Barão de Maraú, onde recebeu grandes homenagens.
Fonte: IBGE.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Matildes Demetrio dos Santos


3 comments

  1. Victor Hugo Adler Pereira |

    Bom dia!
    Sou professor universitário de Literatura Brasileira na UERJ.
    Realizo pesquisa sobre a obra e a trajetória artística e intelectual de José Lins do Rego.
    Gostaria de visitar o Engenho Corredor ainda este ano (se possível, ainda em agosto ou em setembro).
    É possível fazer essa visita? Está aberto ao público?

    1. Luiz Lianza |

      Bom dia, Victor. Tenho o contato do pessoal que administra o Engenho Corredor, no município de Pilar na Paraíba. O Engenho está quase todo recuperado e tem recebido visitas de estudantes. Se ainda estiver interessado, mande uma mensagem.

      Luiz Lianza

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