Pombal – Antiga Cadeia Pública


Imagem: Alessandre Ferreira dos Santos

A Antiga Cadeia Pública, em Pombal-PB, foi tombada por sua importância cultural para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Antiga Cadeia Pública
Localização: Pombal-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 22.914, de 03/04/2002
Uso Atual: Casa da Cultura Senador Ruy Carneiro

Descrição: A “cadeia Velha” de Pombal, hoje denominada “Casa da Cultura Senador Ruy Carneiro” teve sua edificação iniciada entre os anos de 1847 e 1848, como é possível constatar através dos relatos do Engenheiro Francisco Pereira da Silva, que “cumprindo ordem do Comendador Francisco Carneiro de Campos, Presidente da Província da Paraíba,” visitou a Vila de Pombal em 1848 e fez o seguinte relato noticiando obra que estava sendo executada. “(…) Tem a Vila uma cadeia principiada (apenas os alicerces das paredes mestras estão respaldados na flor da terra).” (SEIXAS, 2004, p.418).
[…]

[…] a cadeia da Vila de Pombal que teve sua construção iniciada nesse intervalo em 1847, entre os anos em que foi criada a primeira constituição em 1824 e os anos em que foi realizado o suposto levantamento em 1868, essa já pode ter sido construída sob essa nova perspectiva, seguindo o que estava escrito na constituição vigente. É possível que tenha ocorrido dessa forma porque, mesmo diante das más condições apresentadas pelo relatório em que se encontravam a maioria das cadeias nessa época do império, os mesmos relatos demostram que na província da Paraíba existia uma situação mais favorável em relação às outras cadeias existentes em outras regiões. “A província da Paraíba tinha cinco cadeias em condições não tão ruins.” (DE SOUZA, 2010, p.4). E mesmo não deixando claro quais eram essas cadeias e quais delas estavam em melhores condições de uso, mesmo assim, isso pode representar um resultado expressivo, diante da má condição da maioria das prisões que foram avaliadas.
Fonte: Alessandre Ferreira dos Santos.

Descrição: A cidade de Pombal localiza-se no alto sertão da Paraíba, foi o primeiro núcleo de populacional da região, o qual deu origem a outros núcleos habitacionais. Na velha cidade, entre outros marcos históricos, destaca-se a Velha Cadeia que mantêm ainda suas linhas arquitetônicas, denunciando em nosso tempo, a introdução de um marco da era imperial no alto sertão paraibano. Alicerçada no ano de 1848, famosa porque concentrava presos perigosos do Estado e cangaceiros da década de 20, a Velha Cadeia não abriga mais presos, mas uma instituição denominada de Casa da Cultura. Em suas celas de parede largas e piso de tijolos rústicos passaram muitos criminosos que marcaram época: Donária dos Anjos, que durante a seca de 1877, segundo a própria, “para não morrer de fome”, matou uma criança e comeu sua carne. O bandido “Rio Preto”, que se dizia, tinha um pacto com o diabo. “Era curado de bala e faca, no seu corpo os punhais entortariam as pontas e as balas passariam de raspão”. Ferido á bala, “Rio Preto” morreu dentro da velha cadeia. Outro preso famoso foi Chico Pereira, que após a morte de seu pai se fez um dos grandes chefes do cangaço no sertão da Paraíba. Os fanáticos pretos das “Irmandade dos Espíritos da Luz”, chefiados por Gabriel Cândido de Carvalho, também tiveram sua participação na história da velha cadeia.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Em 1695, o capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo, se encontrava no sertão das Piranhas, no lugar conhecido como Arraial do Pinhancó, na tentativa de fundar uma povoação. O grande impedimento eram os índios tapuias, tribos Tarairiús – Curemas e Panatis, que habitavam a região.
Teodósio, em 1697, viajou a capital da Província e solicitou ao governador Manoel Soares de Albergaria, soldados, mantimentos, armas e munições para expulsar os índios do lugar. Atendido, Oliveira Ledo retornou e consegue “bom sucesso” frente aos indígenas, e funda em 27 de julho de 1698, a Povoação de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Pinhancó (Pombal); há 309 anos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Alessandre Ferreira dos Santos


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