Rio das Flores – Fazenda da Forquilha


Imagem: Inepac

A Fazenda da Forquilha em Rio das Flores-RJ foi tombada por sua importância cultural para a cidade.

INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Fazenda da Forquilha, Rodovia RJ-135, 4º Distrito, Abarracamento, Rio das Flores
Localização: Rodovia RJ-135, 4º Distrito, Abarracamento, Rio das Flores – Barra do Piraí-RJ
Tombamento Provisório: 30/12/2008
Processo de Tombamento: E- 18/1.868/2008

Descrição: O tipo de ocupação predominante, em que a casa-sede “fechava um dos lados de um grande espaço quadrangular em torno do qual agrupavam-se também dependências – senzala, tulha, engenho e as oficinas”1, pode ser confirmada através dos remanescentes construídos do período do café, de acordo com as seguintes observações: existência de engenho e tulha, constituídos por um único bloco retangular e casa-sede formada por um sobrado no eixo da fachada.
1.MIRANDA, A. R., CZAJKOWSKI, J. Fazendas – Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

O bloco tulha-engenho está disposto em uma das laterais dos terreiros de secagem do café. Esses terreiros estão distribuídos à frente da casa-sede, em número de três, em seqüência e no mesmo nível. Hoje, cobertos por um gramado. Não se sabe a localização exata da antiga senzala, não havendo indícios desta no local.
O sítio em questão está localizado à margem da estrada que liga Rio das Flores à Paraíba do Sul, sendo possível desta avistar a fachada frontal da casa-sede. O conjunto está implantado num vale, tendo um ribeirão de mesmo nome da fazenda cortando esta.
Podemos observar a existência de dois acessos: o principal está paralelo à antiga tulha e o outro destina-se à casa-sede, passando pela antiga escola, hoje desativada, e casa do administrador. À esquerda da casa-sede encontramos uma piscina desativada, à direita, uma pequena residência térrea e, aos fundos, afastada da casa-sede, uma casa de colono com telheiro à frente.

De acordo com a análise arquitetônica das casas-sede divididas em cinco categorias, extraída do livro: Fazendas – Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial, de autoria de Alcides da Rocha Miranda e Jorge CZAJKOWSKI, a casa-sede da Fazenda Forquilha se assemelha ao quarto tipo: “casas de um pavimento com o sobrado ao centro da fachada, ocupando uma área menor que a do térreo – tem uma longa genealogia urbana. Sua origem está certamente nos sobrados coloniais com dois andares e camarinhas ou torreões elevados. Nas cidades a popularidade do gênero, a partir de meados do século XVIII, é atestada não só pelos inúmeros prédios que ainda estão de pé em todo o Brasil como pelas descrições e ilustrações dos viajantes estrangeiros do século passado. Essa popularidade se explica talvez pelo perfil aristocrático que resulta da ênfase dada ao corpo central, cujo volume mais alto transforma os corpos mais baixos, mesmo que rudimentares, em alas laterais.”
A casa-sede apresenta estrutura autônoma de madeira de seção quadrada com embasamento em pedra e vedações em tijolos de barro cozidos. Não foram realizadas prospecções. Assim, essas constatações devem-se a observações na estrutura autônoma de madeira, na alvenaria de embasamento em pedra aparente e nos trechos sem argamassa de revestimento.
De acordo com informações históricas a casa-sede é do final do século XIX, construída em substituição a uma mais antiga, tratando-se de uma jóia do romantismo.
O acesso principal ao interior da casa-sede se dá pela escada localizada no centro da fachada frontal, outros acessos foram modificados posteriormente, como escadas localizadas nas fachadas laterais e fundos.
O corpo central, assobradado, é definido por um frontão triangular coberto por um telhado de duas águas com acabamento de lambrequins em madeira, que se repetem em cada ala lateral, em menores dimensões, na parte térrea que compõe a fachada frontal. Esses pequenos frontões se repetem nas fachadas laterais, sendo que o frontão triangular localizado no extremo direito na fachada lateral esquerda foi retirado, sendo substituído pelo prolongamento do telhado de uma água que cobre o pavimento térreo. O mesmo ocorreu com a fachada lateral direita. Os tímpanos dos frontões triangulares apresentam decorações em estuque pintadas em azul, sendo encimados por acrotérios. O frontão triangular central possui em seu tímpano exuberante decoração em estuque com guirlandas e motivos florais, tendo ao centro, encimando a data de 1880, um relógio com mostrador branco e números romanos.
Fonte: Inepac.

CONJUNTO:
Barra do Piraí – Fazenda Espuma
Barra do Piraí – Fazenda Ponte Alta
Barra do Piraí – Fazenda Ribeirão Frio
Barra do Piraí – Fazenda São Luiz da Boa Sorte
Itaperuna – Fazenda São Domingos
Paraíba do Sul – Fazenda Maravilha
Paraíba do Sul – Fazenda Santo André
Rio das Flores – Fazenda da Forquilha
Valença – Fazenda Santa Rita
Valença – Fazenda Santo Antônio do Paiol
Valença – Fazenda São Paulo
Valença – Fazenda Vista Alegre

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Inepac


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