Vila Bela da Santíssima Trindade – Arraial São Francisco Xavier


Imagem: Projeto Fronteira Ocidental

O Arraial São Francisco Xavier, na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade-MT, foi tombado por sua importância cultural.

SEC – Secretaria de Estado da Cultura do Mato Grosso
Nome Atribuído: Arraial São Francisco Xavier
Localização: Serra de São Vicente, entre os municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda – Vila Bela da Santíssima Trindade-MT
Resolução de Tombamento: Portaria n° 030/2007, de 18/7/2007

Descrição: O Arraial São Francisco Xavier, faz parte de um conjunto de onze arraiais implantados pelos portugueses no século XVIII. Sendo este localizado na Serra de São Vicente no município de Vila Bela da Santíssima Trindade na região do Alto Guaporé, totalizando-se uma área de tombamento de aproximadamente 1.006,391 m² (hum milhão seis mil trezentos e noventa e um metros quadrados) entre áreas das ruínas mais entorno para preservação. A procura pelos bandeirantes de gentios para prear e a busca por metais preciosos, levou-os cada vez mais para o interior do país chegando à região que hoje pertence ao estado de Mato Grosso, sendo um dos últimos movimentos bandeirantes do final do século XVI, os arraiais ali localizados serviram pra expandir as fronteiras lusas aos domínios que deveriam pertencer aos espanhóis pelo Tratado de Tordesilhas. O povoamento do interior da Colônia fixou nas terras os paulistas que vinham do Planalto de Piratininga, sofrendo com doenças como maleita, febres, com as intempéries climáticas, ataques indígenas entre outras. O Arraial de São Francisco Xavier foi uma das bases de exploração da região, atribuí-se a Luis Rodrigues Villar, importante morador de Cuiabá o Patrocínio pela expedição que chegou naquela região e ao nome dado.
Hoje apresenta rico material arqueológico, testemunho das diversas fases pela qual passou o Arraial. A preservação das ruínas propiciará a futuras gerações o retorno ao passado histórico e à realidade de tal época, contribuindo assim para o conhecimento e a valorização da rica história do nosso estado.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: Fernando Paes de Barros e seu irmão Arthur, partindo de Cuiabá, seguiram em rumo Oeste da Província no século XVIII, buscando a descoberta de novos monchões, juntamente com outros mineradores que, além de descontentes com o pouco resultado do trabalho em Cuiabá, sentiam-se lesados nos seus interesses pela ganância da Coroa Portuguesa. Seguindo sempre a mesma direção, penetraram no Vale do Guaporé, onde anteriormente estivera Manoel Bicudo, grande preador dos índios parecis, que lhe abriu caminho, pois, suas pegadas foram seguidas pelos novos aventureiros que “Alcançaram o Planalto dos Parecis”, já devastado pelos seus predecessores, meteram peito, além, à floresta com que toparam, na fralda Sudo-Oeste, entre o Jaúru e o Guaporé, vararam-na, em picada de “sete léguas de espessura”, que lhes inspirou o nome de MATO GROSSO, dado a região, e foram ter as águas do Sararé e Galera, à chapada, onde os mimou a fortuna, ao rever-lhes maravilhosas pepitas de ouro. Tomadas as medidas administrativas, que se faziam necessárias em casos tais, para logo se constituir o Arraial de Sant’Ana, em seguida, o de São Francisco Xavier e de Nossa Senhora do Pilar, todos na mesma chapada, que o Sararé contorna em apertado semi-círculo. Estavam, assim, lançados os marcos povoadores da região onde, tempos depois, seria edificada a Vila Bela da Santíssima Trindade, que seria mais tarde, a sede da Capitania de mato Grosso e Cuiabá, uma vez que, São Francisco Xavier dariam origem àquela povoação, erguida, algum tempo depois, no sítio denominado de Pouso Alegre, determinado o posterior desaparecimento da localidade fundada por Fernando Paes de Barros.
A grande atividade dos mineradores nas lavras recém-descobertas, despertou a atenção do Governo Português, em virtude de sua situação de fronteira com os domínios dos Castelhanos, que viviam em constantes choques com os Portuguêses, visando ao assenhoreamento de ambas as margens do Rio Guaporé, e para impedir que os Castelhanos
tomassem posse daquela rica região, até então desconhecida. Sua primeira atitude concreta foi a designação de um Capitão General para governar a Capitania de Cuiabá, criada pelo Alvará Régio de 08-05-1748. A escolha recaiu na pessoa de D. Antônio Rollim de Moura Tavares, que a 17-01-1751, assumiu o exercício em Cuiabá.
Trazia Rollim de Moura, severas “Instruções Régias”, assinadas pela própria rainha, em Lisboa, em 17-01-1749. “Suposto entre os distritos de que se compõe aquela Capitania Geral seja o de Cuiabá o que presentemente se acha mais povoado, contudo, atendendo a que no Mato Grosso se requer a maior vigilância, por causa da vizinhança que tem, houve por bem, determinar que a cabeça do Governo se pusesse no mesmo distrito de Mato Grosso, no qual fareis a vossa mais costumada residência”. A demora de Rollim em Cuiabá foi de pouco tempo.
Embrenhando-se pelos sertões, pela mesma trilha deixada por predecessores, alcançou as margens do Rio Guaporé, chegando ao Arraial de São Francisco Xavier, com o firme propósito de cumprir o que era determinado nas Instruções Régias. Rollim Moura, contrariando o desejo dos componentes de sua comitiva, não quis aproveitar o núcleo já formado de São Francisco, preferindo lançar os alicerces da nova Vila, à margem direita do Guaporé no lugar de Pouso Alegre, em 19 de março de 1752.
Fonte: IBGE.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
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Área Tombada – Projeto Fronteira Ocidental
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IBGE
Governo do Estado
Nauk Maria de Jesus


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