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A Ermida do Senhor Bom Jesus do Monte foi a primeira Igreja da cidade de São Lourenço-MG. Em 1891, foi erguido o Cruzeiro e celebrada a primeira Missa.

Prefeitura Municipal de São Lourenço-MG
Nome atribuído: Ermida do Senhor Bom Jesus do Monte
Localização: R. Dr. Antônio Carlos, s/n – Centro – São Lourenço-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 4.693/2012

Descrição: A capela está situada dentro do parque das Águas e segundo a história começou a ser erguida em 1892 e concluída 9 anos depois. Nela foi celebrada a primeira missa na cidade e encontra-se no altar a primeira foto do Santo Sudário, que foi oferecido pela cidade de Turin, Itália. Normalmente a capela está sempre fechada e somente é aberta para a realização de missas a cada dia 06 do mês. O acesso é através de uma longa escadaria. Em seu interior, há pinturas de artistas como Maria Klesse, Afonso Engling, Lerez Heilmyer e Henz Schuler. Na década de 70 recebeu a réplica do Santo Sudário da cidade de Turim, na Itália. Essa réplica, que está acondicionada em nichos, é um Bem Móvel Tombado. A construção chama atenção pela beleza e simplicidade. Em 1973, Frei Osmar Dirk’s, então Paróquia de São Lourenço, realizou a restauração da Ermida, sendo seu altar um tronco de cedro, arte da própria natureza.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Descrição: Uma grande riqueza encontra-se entre as árvores, no alto de uma montanha, a Ermida do Senhor Bom Jesus do Monte. Traz esse nome fazendo jus a sua localização (ermida – lugar ermo), sendo a preferida daqueles que desejam se recolher em oração, repouso e silêncio.
A pequena Igreja se faz grande ao pensarmos em seu valor histórico, cultural e religioso. Ela foi a primeira Igreja da cidade de São Lourenço. No dia 10 de agosto de 1891, dia do padroeiro, foi erguido o Cruzeiro e celebrada a primeira Missa pelo Cônego Antônio Gomes de Faria Nogueira que, na época era Vigário de Carmo do Rio Verde (antigo nome da cidade de Carmo de Minas). A colocação dessa grande Cruz, como de costume, preparava o local onde seria construída a Ermida.
A construção foi concluída em 1903, pelos operários da Companhia de Águas, que era de propriedade da família Veiga, e pelo construtor Manoel Alves Esteves, conhecido como Manoel Espanhol.
Francisco Luiz da Veiga doou a primeira imagem do padroeiro. Uma imagem de origem francesa.
Em 1973, Frei Osmar Dirks, então Vigário da Paróquia de São Lourenço, realizou a restauração da Ermida, sendo seu altar um tronco de cedro, arte da própria natureza. Os trabalhos de pintura foram realizados pelos artistas Irmy Maria Klesse, Afonso Engling, Hilário Ferreira, Lerez Heilmyer e Henz Schuler, todos convidados por Frei Osmar.
Uma tradição bonita e significativa é que todos os anos, no dia 31 de julho, a imagem de nosso padroeiro é levada da Ermida para a Basílica, dando início à “Festa de Agosto”, como é chamada a tradicional festa que acontece todos os anos para celebrar o santo padroeiro, São Lourenço Mártir.
Devido a seu valor histórico, cultural e arquitetônico, a Ermida foi tombada através do Decreto Municipal nº 4.693 de 28 de novembro de 2012.
Dona Teresinha Villela, importante moradora e curadora da história de nossa cidade, fala da importância desse patrimônio em sua vida. Foi ela quem lutou para que a Ermida passasse a ser da Paróquia de São Lourenço. A Ermida foi doada pela Nestlé à Paróquia no dia 27 de novembro de 2007.
“Fui visitar o Livro Tombo da Igreja, eu achei o meu batizado lá. Com três meses, fui batizada. O nome está certinho, o nome dos meus pais, está tudo certinho. Meus pais casaram lá. Então, eu já tenho 85 anos (…) fiquei muito satisfeita. A Ermida pra mim é muito importante, muito mesmo! Nem sei dizer até que ponto. Ali foi o palco de muita coisa. (…) O Santo Sudário foi o primeiro a vir para o Brasil”, relatou-nos dona Teresinha.
Danita e Joaquim Maduro se conheceram em outubro de 2014. Enquanto namorados, falavam em se casar na Ermida, pois procuravam uma igreja “mais intimista, rústica, pequena e aconchegante”, segundo Danita. Pois toda essa natureza do local tem muito a ver com eles, explicou ela, que mora na cidade há quinze anos, nasceu em Pernambuco, mas seus pais nasceram aqui. Joaquim é de família sãolourenciana e se recorda da Ermida desde os tempos de criança, pois estudou na Escola Estadual Dr. Humberto Sanches que fica ao lado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Datam do início do século XIX as primeiras notícias das paragens em que se situa São Lourenço. O primeiro nome que registra a história e o de João Francisco Viana, proprietário de vasta fazenda em terras da freguesia do Carmo de Pouso Alto, Termo de Cristina.
Conhecidas a princípio como ‘Águas do Sítio do Viana’ e ‘Águas da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, próxima ao Rio Verde’, suas virtudes ganharam fama e popularidade; aos poucos, forasteiros instalaram-se nas terras mais altas e as margens da antiga estrada do Carmo do Rio Verde e Pouso Alto, dando começo a povoação.
Depois de 1889, com o falecimento de João Francisco Viana, foram as terras divididas por seus filhos. O comendador Bernardo da Veiga, residente na cidade de Campanha, diretor do jornal Monitor Sul Mineiro e autor do Almanaque Sul Mineiro de 1874, incumbiu um sobrinho, Capitão José Pedro da Costa, de estudar as possibilidades de industrialização das águas, disto resultando a compra das terras de propriedade dos Senhores Manoel Dias Ferraz e Adolfo Schmidt, que concordaram em vender a propriedade ao Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, onde se localizam as fontes e a constituição de uma empresa – a Companhia de Águas Minerais São Lourenço -formada pelo comendador Bernardo da Veiga e seus irmãos Saturnino da Veiga e Ângelo da Veiga (médicos). O nome da empresa prende-se a uma homenagem a memória do tenente-coronel Lourenço Xavier da Veiga, pai dos três irmãos associados.
Iniciaram-se imediatamente os trabalhos de saneamento, drenagem e aterro, surgiram as primeiras ruas, formou-se o esboço da futura cidade.
A 10 de agosto de 1891, dia consagrado a São Lourenço, erigiu-se no ponto mais alto dos terrenos uma grande cruz e em capela improvisada celebrou a primeira missa o cônego Antônio Gomes de Faria Nogueira, vigário de Carmo de Minas. Iniciou-se a construção de uma igreja, que fora primeiramente dedicada ao orago do Bom Jesus do Monte e, após sua conclusão, ao de São Lourenço.
Em 1905, Afonso Noronha França adquiriu o acervo da antiga empresa, introduzindo na exploração de suas águas minerais maquinaria moderna e construindo prédios adequados para engarrafamento, depósitos e oficinas. Construiu também linha de bondes a tração animal até a estação, para transporte da água, aumentada, mais tarde para tráfego de passageiros.
A concessão para exploração das fontes hidrominerais passou a outras empresas e bancos, até a atual Empresa de Águas de São Lourenço S.A., a partir de 1925.
Formação Administrativa A LEI estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, criou o distrito de São Lourenço, integrante do Município de Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas).
Por Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, aquele distrito foi transferido para o Município de Pouso Alto, de cujo distrito adquiriu parte do território.
A emancipação de São Lourenço resultou do Decreto estadual n.° 7.562, de 1.° de abril de 1927. confirmado pela Lei estadual n.° 987, de 20 de setembro do mesmo ano. Entretanto, na divisão administrativa de 1933 figura ainda como distrito do Município de Pouso Alto, embora com autonomia administrativa e a indicação de ser sede da Prefeitura de São Lourenço.
Desde o Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938, o Município aparece com um só distrito.
Fonte: IBGE.

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